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Comentario de Champlin AT V.1

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5 7 2 LEVfTICO<br />

23.40<br />

Tal com o os sacerdotes tinham <strong>de</strong> ser hom ens sem <strong>de</strong>feito (Lev. 21.17) e os<br />

anim ais sacrificados precisavam ser perfeitos (Lev. 22.20), assim tam bém os<br />

ramos usados durante essa festa precisavam ser tirados <strong>de</strong> árvores formosas,<br />

precisavam ser ram os <strong>de</strong> árvores frondosas. Eram perm itidos ram os <strong>de</strong> várias<br />

espécies vegetais: palm eiras, salgueiros e ram os <strong>de</strong> várias árvores frondosas,<br />

para que form assem um dossel espesso. Nos dias do segundo tem plo, as norm as<br />

vigentes especificavam que, se os ram os tivessem sido tirados <strong>de</strong> “árvores<br />

incircuncisas” (Lev. 19.23) ou <strong>de</strong> prim ícias im undas (ver Núm. 18.11,12), ou se<br />

exibissem algum a form a <strong>de</strong> <strong>de</strong>feito, seu uso estaria vedado. Os ramos <strong>de</strong> árvores<br />

frondosas querem dizer árvores cuja folhagem cobre abundantem ente os galhos.<br />

A versão caldaica, entretanto, diz aqui m urteira.<br />

Vos alegrareis. Originalmente, porque a colheita fora abundante; p o steriormente,<br />

tanto por essa razão com o tam bém por estarem lem brando a re<strong>de</strong>nção <strong>de</strong><br />

Israel da servidão egípcia, após o que os filhos <strong>de</strong> Israel <strong>de</strong>sfrutaram segurança e<br />

abundância no <strong>de</strong>serto, em face da providência <strong>de</strong> Yahweh. V er os vs. 43, mais<br />

adiante. Essa alegria era expressa por meio <strong>de</strong> cânticos, danças, louvor, cerimonial<br />

música instrumental, leituras, agitação <strong>de</strong> ram os, gritos <strong>de</strong> Hosana etc. Estrabão<br />

<strong>de</strong>screveu festejos sim ilares entre os pagãos (Geografia 1,10, par. 322), o que<br />

tam bém fez Plutarco (Sym pos. 1,1,3).<br />

Tipologia. Ver João 7.38,39 quanto ao equivalente cristão. V er João 1.14<br />

quanto ao evento da encarnação, quando o Logos divino veio arm ar tenda entre<br />

nós.<br />

23.41<br />

Estatuto perpétuo, que envolveria todas as gerações <strong>de</strong> Israel, o que exigia<br />

que a festa dos tabernáculos nunca fosse <strong>de</strong>scontinuada. V er sobre estatuto<br />

perpétuo em Êxo. 29.42 e 31.16. E sobre p elas vossas gerações ver Lev. 3.17 e<br />

16.29. Contudo, em Cristo, a lei do Espírito substituiu todas aquelas coisas que os<br />

hebreus pensavam que nunca cessariam . A epístola aos Hebreus, no Novo Testam<br />

ento, foi escrita a fim <strong>de</strong> m ostrar com o uma palavra só cobre todos os ritos e<br />

sacrifícios, substituindo a todos eles, a saber, “C risto” . Assim , aquelas religiões e<br />

<strong>de</strong>nom inações que pensam que a verda<strong>de</strong> estagnou com elas nunca vão além <strong>de</strong><br />

suas próprias lim itações e incorrem em grave erro. A verda<strong>de</strong> está sem pre am a­<br />

durecendo, <strong>de</strong> acordo com o nosso ponto <strong>de</strong> vista, porquanto nós estam os sem ­<br />

pre crescendo no conhecim ento da verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. A verda<strong>de</strong> é uma aventura,<br />

e não uma realização que se consegue <strong>de</strong> um único golpe. Quando o M essias<br />

veio arm ar tenda entre o Seu povo, a festa dos tabernáculos chegou ao seu<br />

cum prim ento. M as o Logos <strong>de</strong> Deus está sem pre voltando para estar com os<br />

homens, <strong>de</strong> novas maneiras, m ediante novas revelações. Os ju<strong>de</strong>us empregavam<br />

o sétim o m ês do ano para celebrar aquela festa, mas o Logos continua assinalando<br />

novas datas, conferindo-nos novas verda<strong>de</strong>s.<br />

23.42<br />

Todos os israelitas, aqueles que estavam vivendo nos dias <strong>de</strong> M oisés, quando<br />

a festa foi instituída, com o tam bém aqueles que ainda nasceriam , em todas as<br />

gerações subseqüentes, <strong>de</strong>veriam continuar observando a festa. Este versículo<br />

reforça a <strong>de</strong>claração do vs. 41, sobre estatuto perpétuo. Ninguém <strong>de</strong>veria pensar<br />

que essa festa se lim itava aos “tem pos <strong>de</strong> M oisés” . O versículo aponta para todos<br />

os “israelitas nativos” . As crianças pequenas, que não eram capazes <strong>de</strong> resistir<br />

aos rigores da vida ao ar livre, por serem pequenas <strong>de</strong>mais, estavam isentas, mas<br />

não as crianças em geral. A M ishnah isentava as m ulheres em geral (M ishnah<br />

Succah, cap. 2, sec. 6), m as todos os israelitas do sexo masculino, m esm o que<br />

fossem pequenos, tinham <strong>de</strong> participar da festa. Jarchi afirm ou que essa lei incluía<br />

até m esm o os prosélitos.<br />

23.43<br />

Este versículo vincula a festa original da colheita com o êxodo histórico,<br />

quando Israel foi livrado da servidão aos egipcios. A antiga festa da colheita, pois,<br />

assum iu um novo significado quando foi ligada à re<strong>de</strong>nção <strong>de</strong> Israel do Egito. O<br />

agra<strong>de</strong>cim ento por um suprim ento abundante, da parte <strong>de</strong> Yahweh, tornou-se um<br />

agra<strong>de</strong>cim ento específico pela re<strong>de</strong>nção e pela provisão e cuidados protetores<br />

que o povo <strong>de</strong> Israel <strong>de</strong>sfrutou em sua experiência no <strong>de</strong>serto.<br />

Eu sou o S enhor vosso Deus. Essa é uma expressão freqüente do Código<br />

<strong>de</strong> Santida<strong>de</strong> (ver sobre isso na introdução ao capítulo 17 do livro <strong>de</strong> Levítico),<br />

ressaltando algum a <strong>de</strong>claração divina. Foi Yahweh, o Deus <strong>de</strong> Israel, quem <strong>de</strong>terminou<br />

a questão, pelo que era m ister obe<strong>de</strong>cer. Ver sobre essa expressão nas<br />

notas expositivas sobre Lev. 18.30.<br />

O povo <strong>de</strong> Israel, que veio a ocupar segura e felizm ente a terra <strong>de</strong> Canaã,<br />

<strong>de</strong>veria relem brar-se <strong>de</strong> um período passado <strong>de</strong> provisões divinas especiais,<br />

quando seus antepassados estavam em necessida<strong>de</strong>, em perigos diversos,<br />

e strangeiros no <strong>de</strong>serto, quando Yahw eh cuidou <strong>de</strong>les. Oh, Senhor, conce<strong>de</strong>nos<br />

tal graça!<br />

23.44<br />

Vem, ó Fonte <strong>de</strong> toda bênção,<br />

Sintoniza m eu coração,<br />

p ara cantar a tua graça!<br />

Rios <strong>de</strong> m isericórdia, ja m a is cessem ,<br />

Invocando cânticos<br />

e altos louvores.<br />

(R obert Robinson)<br />

Este capítulo 23 <strong>de</strong> Levítico term ina assegurando-nos que Moisés, o mediador<br />

entre Deus e o povo <strong>de</strong> Israel, havia cum prido o seu <strong>de</strong>ver, tendo transm itido<br />

tudo quanto lhe fora or<strong>de</strong>nado dizer aos filhos <strong>de</strong> Israel (ver o vs. 2). Cabia a<br />

Israel pôr em prática todos os com plicados estatutos e m andam entos que o Senhor<br />

havia <strong>de</strong>terminado.<br />

C apítulo Vinte e Quatro<br />

Direções para o Tabernáculo e para o A cam pam ento (24.1-23)<br />

Lei acerca das Lâm padas (24.1-4)<br />

P ro sse g u e o C ódigo <strong>de</strong> S a n tid a d e (caps, 17-26). V er sobre esse código<br />

na in tro d u çã o ao ca p ítu lo 17 <strong>de</strong> L e vítico. O c a p itu lo à nossa fre n te nos dá as<br />

vá ria s re g ra s que g o ve rn a va m a q u e stã o do a ze ite d as lâm padas do s a n tu á ­<br />

rio; a q u e stã o so b re os p ães da p ro p o siçã o ; um re g istro <strong>de</strong> um a b lasfêm ia<br />

co m e tid a ; a lei da re ta lia çã o , a le x ta lio n is ; e um a co n clu sã o . P ortanto, e n ­<br />

c o n tra m o s a qui vá ria s re g ra s m is ce lâ n e a s sobre rituais e sobre ética. Em<br />

harm onia com o e stilo lite rá rio do a u to r sa g ra d o , a m aio r p arte do ca pítulo<br />

reitera ite n s que já tin h a m sid o v e n tila d o s em o u tra s parte s do livro. A le g is ­<br />

lação foi dada em co n te xto s h is tó ric o s a fim <strong>de</strong> sa tisfa ze r a ce rta s co n d içõ e s<br />

h istó ricas.<br />

24.1<br />

Disse o Senhor. Essa expressão é usada am iú<strong>de</strong> no Pentateuco, a fim <strong>de</strong><br />

introduzir novos m ateriais. E tam bém nos faz lem brar a inspiração divina das<br />

Escrituras. V er Lev. 1.1 e 4.1 quanto a notas expositivas com pletas.<br />

24.2<br />

Fórm ulas <strong>de</strong> C om unicação. M oisés, m ediador entre Yahweh e o povo <strong>de</strong><br />

Israel, entregava a várias pessoas ou grupos <strong>de</strong> pessoas as m ensagens que<br />

recebia. Ora ele se dirigia a Arão; ora a Arão e seus filhos; e ora ao povo <strong>de</strong> Israel<br />

com o um todo. Há oito diferentes fórm ulas <strong>de</strong> com unicação. Ver Lev. 17.2 quanto<br />

a notas sobre essa questão. Neste versículo vem os Moisés entregando uma<br />

m ensagem à inteira congregação <strong>de</strong> Israel, em bora Arão fosse quem m ais precisasse<br />

<strong>de</strong> instruções, por ser o sum o sacerdote e aquele que poria em vigor os<br />

m andam entos <strong>de</strong> Deus.<br />

O c a n d e la b ro . V er o <strong>de</strong>talhado artigo sobre esse assunto, no Dicionário, e<br />

tam bém Êxo. 25.31-40 quanto ao seu <strong>de</strong>sígnio, e Êxo. 37.17-24 quanto à sua<br />

construção.<br />

Azeite. V er no Dicionário o artigo sobre esse elem ento. Ver Êxo. 27.20,21.<br />

Q uanto à fórm ula do azeite <strong>de</strong> unção, ver as notas sobre Êxo. 30.34-38. Os<br />

e le m e n to s d e s sa fórm ula faziam parte das ofertas trazidas pelos príncipes do<br />

povo (ver Êxo. 34.27,28).<br />

L â m pada acesa continuam ente. V er as notas sobre Êxo. 27.20. Nesse<br />

versículo dam os tanto inform ações gerais quanto inform ações sobre os tipos simbólicos.<br />

O Targum <strong>de</strong> Jonathan assegura-nos que m esm o aos sábados a lâmpada<br />

continuava acesa. G arantir isso fazia parte da trabalho dos sacerdotes. A luz<br />

do Espírito <strong>de</strong> Deus é assim sim bolizada. Ver no Dicionário o artigo intitulado<br />

iluminação. O santuário não recebia ilum inação vinda <strong>de</strong> fora, pelo que o can<strong>de</strong>iabro<br />

era a única fonte <strong>de</strong> luz para aquele lugar. Assim tam bém o mundo, o lugar<br />

que é ilu- minado pelo Espírito <strong>de</strong> Deus, fica em trevas sem a ilum inação divina.<br />

A cerca <strong>de</strong> Cristo, é dito que Ele ilum ina a todo homem que vem a este mundo, em<br />

João 1.9.

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