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68 6 NÚMEROS<br />
21.15<br />
Ar. Ver o artigo <strong>de</strong>talhado sobre esse local, no Dicionário. A referência é<br />
incerta. Talvez esteja em pauta uma cida<strong>de</strong> cuja localização se per<strong>de</strong>u. M as sem<br />
dúvida ficava perto <strong>de</strong> Arnom , a leste do m ar Morto. O sentido do nome tam bém é<br />
<strong>de</strong>sconhecido. Alguns dizem que A r era e i M isna, um a cida<strong>de</strong> na porção norte do<br />
território <strong>de</strong> Moabe, a cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis quilôm etros ao sul <strong>de</strong> Arnom (Núm.<br />
22.36; cf. Deu. 2.9,18).<br />
Visto que esses nom es figuram no livro das G uerras do Senhor, po<strong>de</strong>m os<br />
conjecturar que Israel obteve vitórias nesses lugares, apesar do fato que coisa<br />
algum a é dito sobre batalhas levadas a efeito ali, nas páginas do Antigo Testamento.<br />
21.16<br />
Beer. Há um <strong>de</strong>talhado artigo sobre esse lugar, no Dicionário. No hebraico,<br />
esse nome significa “poço". No Antigo Testam ento, duas localida<strong>de</strong>s são assim<br />
cham adas. Aqui tem os um dos lugares on<strong>de</strong> Israel se acam pou, do outro lado do<br />
ribeiro do Arnom. Ali havia água, e assim Israel conseguiu refrigerar-se em sua<br />
jornada. Talvez se trate do m esm o lugar cham ado Beer-Eiim , em Isaías 15.8, ou<br />
seja, “poço dos heróis” .<br />
Os vss. 16-18 constituem o Cântico do Poço ou Cântico <strong>de</strong> um Poço, outro antigo<br />
fragmento poético. Ver as notas sobre o vs. 14 quanto ao livro Guerras do Senhor.<br />
Quase quatro milhões <strong>de</strong> pessoas viajavam por um <strong>de</strong>serto estéril, e elas teriam toda a<br />
razão <strong>de</strong> se alegrarem se, <strong>de</strong> súbito, topassem com um bom suprimento <strong>de</strong> água. Isso<br />
foi visto como um dom <strong>de</strong> Yahweh, e foi cantado em um poema.<br />
“Tem os aí uma das poucas canções populares dos hebreus que sobreviveram,<br />
e bem po<strong>de</strong> ter-se originado na prática <strong>de</strong> cobrir um poço recém -encontrado,<br />
até que fosse form alm ente aberto pelos chefes da tribo, trazendo seus sím bolos<br />
<strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>, como representantes da tribo toda" (John Marsh, in ioc.).<br />
“Afirm ou-lhe Jesus: ... aquele, porém, que beber da água que eu lhe <strong>de</strong>r,<br />
nunca m ais terá se<strong>de</strong>, para sem pre; pelo contrário, a água que eu lhe <strong>de</strong>r será<br />
nele uma fonte a jo rra r para a vida eterna” (João 4.13,14). Portanto, tem os aí a<br />
tipologia envolvida. V er no Dicionário o verbete intitulado Agua, que inclui os tipos<br />
sim bólicas <strong>de</strong>sse elem ento natural.<br />
21.17<br />
Fonte Tu, <strong>de</strong> toda a bênção,<br />
Vem o canto m e inspirar...<br />
(Robert Robinson)<br />
Então cantou Israel. A letra <strong>de</strong>sse cântico é um dos poucos fragm entos do<br />
antigo cancioneiro popular dos hebreus, o C ântico do Poço (ver o vs. 16). “Tem os<br />
aqui um dos mais antigos cânticos <strong>de</strong> guerra do m undo, em bora não se possa<br />
entendê-lo com facilida<strong>de</strong>, com o é com um ente o caso <strong>de</strong> todas as m ais antigas<br />
com posições, sobretudo sob form a poética” (Adam Clarke, in ioc.).<br />
A própria fonte foi invocada, para que borbotasse em uma “canção” para<br />
glória <strong>de</strong> Yahweh, o Provedor.<br />
“A <strong>de</strong>scoberta foi m uito oportuna, <strong>de</strong>vido à intervenção especial <strong>de</strong> Deus.<br />
Essa parece ser a verda<strong>de</strong>ira interpretação <strong>de</strong> um a cláusula um tanto obscura”<br />
(Jamieson, in ioc.).<br />
As palavras “entoai-lhe cânticos!” po<strong>de</strong>m significar “canta uma resposta". É<br />
que os cânticos antigos eram responsivos, em que alguém dizia algo e outrem<br />
respondia.<br />
Com os seus bordões. Po<strong>de</strong>m os pensar aqui em bengalas ou pendões.<br />
Todavia, alguns pensam que foram preparados instrum entos especiais para escava<br />
r no terreno do <strong>de</strong>serto estéril. E esses instrum entos especiais teriam sido<br />
poeticam ente cham ados <strong>de</strong> “bordões”. M as tam bém é possível que o local do<br />
poço tivesse sido assinalado por m eio dos bordões, e que então outros instrum entos<br />
foram usados para fazer a escavação propriam ente dita.<br />
Uma Proposta <strong>de</strong> R econstituição do Cântico:<br />
Brota, ó poço ! Respon<strong>de</strong>.<br />
(Essas palavras reaparecem em outras<br />
partes do cântico)<br />
O poço, os príncipes o procuraram .<br />
(A resposta).<br />
Os nobres do p ovo o escavaram .<br />
P or m eio <strong>de</strong> um <strong>de</strong>creto,<br />
em suas fronteiras.<br />
(Isso era dito pelo coro)<br />
M ataná. No hebraico, esse term o significa “presente”. Era o nome do quinquagésim<br />
o terceiro lugar on<strong>de</strong> os israelitas se acam param , <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terem saído<br />
do Egito, sob a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> M oisés. Ficava na parle norte do ribeiro do Arnom<br />
(Núm. 21.18,19). Fazia parte do território <strong>de</strong> Seom , rei dos am orreus (ver sobre<br />
eles no Dicionário). O livro <strong>de</strong> N úm eros inform a-nos que a localida<strong>de</strong> ficava entre<br />
Beer e o riacho <strong>de</strong> Naaliel. A localização exata atual, porém, é <strong>de</strong>sconhecida,<br />
embora tenha sido tentativam ente i<strong>de</strong>ntificada com K hirbet el-Mediyineh, que fica<br />
a cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito quilôm etros a nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Dibom.<br />
21.19<br />
Naaliel. No hebraico, “vale” ou “torrente <strong>de</strong> Deus (El)". Esse foi o nome <strong>de</strong> um<br />
dos pontos <strong>de</strong> parada dos israelitas, quando cam inhavam do ribeiro do Arnom a<br />
Jericó. Se esse nome aponta para uma torrente, e não para um vale, então talvez<br />
esteja em foco um dos tributários do ribeiro do Arnom. Seja como for, ficava perto <strong>de</strong><br />
Pisga, ao norte do ribeiro do Arnom, embora a sua localização exata não possa ser<br />
i<strong>de</strong>ntificada.<br />
B am ote. No hebraico, “lugares altos <strong>de</strong> Baal”, um local na Transjordânia<br />
on<strong>de</strong> os israelitas fizeram um a parada. Ficava ao norte do ribeiro do Arnom.<br />
Talvez seja a m esm a localida<strong>de</strong> cham ada Bam ote-Baal (Jos. 13.17). Era um lugar<br />
pertencente aos m oabitas e adquiriu tal nome <strong>de</strong>vido à adoração idólatra que ali<br />
havia. Foi nesse local que o rei Balaque (ver sobre ele no Dicionário) pediu para<br />
Balaão (ver sobre ele no Dicionário) am aldiçoar o povo <strong>de</strong> Israel. A pedra Mesha,<br />
com inscrições que datam <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 830 A. C., assevera que o rei Mesha erigiu<br />
aquele lugar, juntam ente com outros lugares similares, em Dibom, Bezer e Me<strong>de</strong>ba.<br />
Essa cida<strong>de</strong> foi dada à tribo <strong>de</strong> Rúben (Jos. 13.17), como parte <strong>de</strong> sua herança. A<br />
localização exata é d e sconhecid a a tualm ente, em bora seja tentativam ente<br />
i<strong>de</strong>ntificada na m argem oci<strong>de</strong>ntal do platô da Transjordânia, ao cume do monte<br />
Nebo, parte da m o<strong>de</strong>rna K hirbet el-Quweiquyeh.<br />
21.20<br />
Cume <strong>de</strong> Pisga. Há um <strong>de</strong>talhado artigo sobre esse lugar no Dicionário, razão<br />
pela qual não repito aqui as inform ações. No hebraico, “pico” , “cume”, “ponta” . O<br />
lugar (i<strong>de</strong>ntificado apenas tentativam ente) tomou-se famoso e proverbial por ter sido<br />
dali que Moisés contem plou a Terra Prometida, on<strong>de</strong> não lhe foi permitido entrar. Há<br />
um hino, “Doce Hora <strong>de</strong> Oração” , que contém uma alusão poética a esse lugar:<br />
21.18<br />
Um Em preendim ento Divino-hum ano. Hom ens cavaram o poço; m as Yahweh<br />
é que os havia guiado até aquelas águas subterrâneas. Houve a cooperação<br />
entre Deus e os homens, conform e se dá com toda a vida neste m undo. A água<br />
estava ali, m as os hom ens precisavam ser im pelidos a cavar. Israel precisou fazer<br />
o esforço <strong>de</strong> cavar. M as o fruto <strong>de</strong>sse esforço, a água preciosa, foi um presente<br />
<strong>de</strong> Yahweh. V er Tiago 1.17. A ajuda e a graça divina não isentam os hom ens da<br />
necessida<strong>de</strong> do esforço.<br />
A té que, do alto do m onte Pisga<br />
Eu veja m eu lar,<br />
e alce vôo.<br />
D eixarei este robe <strong>de</strong><br />
carne, e alçarei<br />
Para to m ar conta do prêm io<br />
eterno.<br />
(W. W. Walford)<br />
Os príncipes. Ou seja, os lí<strong>de</strong>res das tribos, os setenta cabeças, ou então os<br />
príncipes <strong>de</strong> cada tribo, form ando um total <strong>de</strong> doze. Tam bém po<strong>de</strong>m estar em<br />
pauta pessoas <strong>de</strong>signadas por esses príncipes, para fazerem o trabalho <strong>de</strong> escavação.<br />
O poço foi um em preendim ento do povo todo, e não algum esforço individual.<br />
O Targum <strong>de</strong> Jonathan diz que tudo foi feito “sob a direção do legislador” , ou<br />
seja, Moisés, a figura central por trás da escavação. No entanto, nossa versão<br />
portuguesa, em vez disso, diz “com o cetro” .<br />
Esse pico ficava, ao que parece, a poucas m ilhas a leste do extrem o nor<strong>de</strong>ste<br />
da m argem do m ar Morto, sendo um dos prom ontórios do platô moabita, do<br />
outro lado <strong>de</strong> quem olha <strong>de</strong> Jericó. “ Pelo m enos, Israel parecia estar às vésperas<br />
da invasão e conquista da Terra Prom etida” (Eugene H. Merrill, in Ioc.).<br />
Q ue olha para o d e serto. A lg u m a s tra d u çõ e s p referem tra d u zir aqui<br />
“d e se rto ” com o um nom e p ró p rio , Jesim om . Essa palavra, no hebraico, sig n ifica<br />
“d eserto". Po<strong>de</strong> in d ica r a p e na s a á rea d e sé rtica existente no lugar, sem<br />
q ue h ouvesse ali n e nhum a h a b ita çã o hum ana. S eja com o for, a área referida<br />
ficava em te rritó rio m oabita, a n or<strong>de</strong>ste do m ar M orto. V er no D icio n á rio o