27.07.2018 Views

Comentario de Champlin AT V.1

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

190 GÊNESIS<br />

28.8<br />

Isaque Era a Fonte da Bênção. Em conseqüência, Esaú passou a tentar<br />

agradar a seu pai. Deveria ter feito isso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> anos antes. O fator m ais irritante<br />

era o seu casam ento com m ulheres <strong>de</strong> Canaã. E pensou que, se trouxesse uma<br />

neta <strong>de</strong> Abraão à sua tenda, isso haveria <strong>de</strong> ajudá-lo. V er Gên. 26.34,35 e 27.46,<br />

quanto ao <strong>de</strong>sprazer <strong>de</strong> Isaque e Rebeca diante <strong>de</strong> suas noras por m eio <strong>de</strong> Esaú.<br />

28.9<br />

Ismael. Ver no Dicionário notas expositivas com pletas sobre ele.<br />

Maalate. No hebraico, enferm ida<strong>de</strong>. Era um a das esposas <strong>de</strong> Ismael. Ela era<br />

neta <strong>de</strong> Abraão, tam bém cham ada Basem ate. Ver o artigo sobre ela no Dicionário,<br />

segundo ponto. Ao que parece, Esaú tinha duas esposas, am bas cham adas<br />

Basemate (ver Gên. 26.34 e 36.17). A lguns estudiosos supõem que <strong>de</strong>va ter<br />

havido algum a confusão nos relatos, que duplicaram nom es. M as não há razão<br />

para suporm os que casar-se alguém com duas m ulheres do m esm o nome fosse<br />

algo incomum nos dias <strong>de</strong> poligam ia. M aalate (Basem ate) era irmã <strong>de</strong> Nebaiote<br />

(Gên. 28.9; 36.3). M aalate tornou-se m ãe <strong>de</strong> Reuei, um chefe tribal idum eu (Gên.<br />

36.4,10,13; I Crô. 1.35,37).<br />

Nebaiote. Ver as notas expositivas sobre esse irmão <strong>de</strong> M aalate em Gên.<br />

25.13.<br />

Não sabem os dizer se essa m anobra <strong>de</strong> Esaú fez algum a diferença em sua<br />

situação. Pelo menos, ele foi sábio o bastante para tentar m elhorar a situação que<br />

havia criado, ou que tinha sido criada contra ele por outras pessoas.<br />

Jacó Vai a Betei (28.10-22)<br />

Os críticos crêem que esta seção é uma m istura das fontes inform ativas J e<br />

E. V er o artigo J.E.D.P.fS.), no Dicionário, quanto à teoria das fontes inform ativas<br />

m últiplas do Pentateuco.<br />

Jacó, o enganador e suplantador, teve aprim orada a sua espiritualida<strong>de</strong> por<br />

meio <strong>de</strong>ssa experiência mística em Betei, o seu contato e com unhão com o Anjo do<br />

Senhor. Ver no Dicionário o artigo Anjo. Naquele tempo, não sabem os se a teologia<br />

dos hebreus tinha avançado o bastante para conceber os anjos como seres imateriais.<br />

Pelo menos, porém, havia a crença nos anjos e no fato <strong>de</strong> que pertenciam a outra<br />

dimensão. Também não é claro até que ponto a teologia dos hebreus havia avançado<br />

no que tange ao céu, lugar da habitação <strong>de</strong> Deus, e, a julgar por este texto,<br />

também lugar da habitação <strong>de</strong> outros seres, com o os anjos. Ofereço uma exposição<br />

sobre a crença dos antigos em um céu, em Gên. 11.4. Naturalmente, continuamos<br />

não sabendo muita coisa sobre o céu, em bora o Novo Testam ento tenha acrescentado<br />

alguma informação. V er no Dicionário o verbete cham ado Céu. A falta <strong>de</strong><br />

conhecimentos não po<strong>de</strong> obscurecer o ensino principal do presente episódio: Jacó<br />

obteve maior espiritualida<strong>de</strong> m ediante um a experiência mística. Ver no Dicionário o<br />

artigo chamado Misticismo. Jacó passou por uma elevada experiência espiritual,<br />

que o transformou. Precisamos do toque místico em nossas vidas. Não basta ler a<br />

Bíblia e orar. Precisamos ter acesso à presença divina.<br />

Na experiência <strong>de</strong> Jacó, tem os outra reafirm ação do P acto Abraãm ico. Jacó<br />

já havia recebido o pacto por m eio <strong>de</strong> Isaque (Gên. 28.3,4). M as agora a escada<br />

dos anjos levava-o até a presença m esm a <strong>de</strong> Deus. E ali foi-lhe reassegurado<br />

que tudo quanto fora prom etido a Abraão era agora transferido para ele, e que o<br />

plano divino não haveria <strong>de</strong> falhar. V er Gên. 15.18 quanto a notas com pletas<br />

sobre o Pacto Abraãm ico; e, no Dicionário, ver tam bém o artigo Pactos, em sua<br />

quarta seção.<br />

“Poucas passagens <strong>de</strong> todo o A ntigo Testam ento igualam -se a estes seis<br />

versículos em sua in fluêrcia sobre o pensam ento religioso. A visão <strong>de</strong> Jacó<br />

acerca da escada e dos anjos — quão incontáveis são as alm as que têm sido<br />

ilum inadas ao m editar a esse respeito! Ela reverbera em orações e hinos evangélicos.<br />

Philip Doddridge invocou o<br />

Deus <strong>de</strong> Betei, p o r cuja m ão<br />

Teu povo continua sendo alimentado.<br />

Um dos belos hinos no estilo “negro sp iritu a l” diz com o segue: “S ubim os<br />

pela escada <strong>de</strong> Jacó". E adoradores sem conta têm entoado e continuarão<br />

entoando “ Perto <strong>de</strong> Ti, m eu Deus” . Os que buscam Deus i<strong>de</strong>ntificam -se com o<br />

“peregrino” , quando o sol se pusera, as tre va s tinham <strong>de</strong>scido e ele <strong>de</strong>scansou<br />

a cabeça sobre “ uma pedra” . E <strong>de</strong>sse m esm o pano <strong>de</strong> fundo é que vem a<br />

oração que diz:<br />

Mas em m eus sonhos, eu estava<br />

M ais p erto <strong>de</strong> Ti, m eu Deus, <strong>de</strong> Ti,<br />

Mais perto <strong>de</strong> Ti!<br />

(W alter Russell Bowie, in loc.)<br />

A igreja na qual passei a infância e a juventu<strong>de</strong> cham ava-se Betei, e ali<br />

muitas alm as foram transform adas. Enviou inúm eros pregadores e m issionários, e<br />

durante anos foi a m ais potente luz espiritual em Salt Lake City, no estado <strong>de</strong><br />

Utah. nos Estados U nidos da Am érica.<br />

28.10<br />

De B e rs e b a .. . para Harã. Há notas sobre esses dois lugares, o primeiro no<br />

D icionário; e o segundo em Gên. 25.20, sob Padã-Arã. A viagem era <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

setecentos e cinqüenta quilôm etros, e exigia vinte dias ou mesm o trinta <strong>de</strong> jornada.<br />

Jacó foi por m otivo <strong>de</strong> obediência, conform e vim os no sétimo versículo. Prim<br />

eiram ente ele passaria por Betei, on<strong>de</strong> se encontraria com Deus e seria transform<br />

ado. Ele <strong>de</strong>ixou Berseba, e tam bém os ludíbrios e frau<strong>de</strong>s. Chegou em Harã<br />

com o um hom em novo. A inda teria <strong>de</strong> enfrentar reveses e tribulações. Em várias<br />

ocasiões m ostrou-se um fraco. M as agora estava diferente, tendo sido transform a­<br />

do em um vaso apropriado para tornar-se o progenitor da nação <strong>de</strong> Israel.<br />

Embora a história <strong>de</strong> Jacó seja incluída <strong>de</strong>ntro da toledoth (geração) <strong>de</strong><br />

Isaque, com eçando em Gên. 25.19 e indo até Gên. 35.29, em um sentido real,<br />

tam bém tem os nela a toledoth <strong>de</strong> Jacó, tal com o a toledoth <strong>de</strong> Terá era também a<br />

<strong>de</strong> Abraão (Gên. 1 1.27-22.11). Com esse term o hebraico, o autor sagrado assinalou<br />

as doze seções do livro <strong>de</strong> G ênesis, a prim eira <strong>de</strong>las sem essa palavra.<br />

Portanto, há onze toledoth, que assinalam as divisões m ais gerais do livro. V er a<br />

nota geral em Gên. 2.4 sobre as toledoth.<br />

28.11<br />

Fê-la seu tra v e s s e iro , ou seja, <strong>de</strong> um a pedra. O viajante estava cansado da<br />

viagem . Com a cabeça apoiada sobre um a pedra, dorm iu profundam ente. O sol já<br />

se tinha posto na realida<strong>de</strong>, m as tam bém m etaforicam ente. Seu passado estava<br />

todo para trás. Deus havia preparado uma experiência m uito significativa, que<br />

teria notável influência pelo resto <strong>de</strong> sua vida. Recentem ente li sobre um gran<strong>de</strong><br />

cientista do século XVII que, aos cinqüenta e sete anos, passou por uma experiência<br />

transform adora. Ele fizera gran<strong>de</strong>s contribuições para a ciência. Mas <strong>de</strong><br />

súbito com eçara a ter um a série <strong>de</strong> estranhos sonhos, cada um dos quais procurava<br />

dizer-lhe: “ Este era o seu passado; m as veja quão <strong>de</strong>feituoso foi ele!" Então<br />

o homem caiu em um estado <strong>de</strong> transe por um período <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z horas. E<br />

quase no fim <strong>de</strong>sse período, teve uma visão <strong>de</strong> Jesus, que lhe dizia: “Que vais<br />

fazer com a tua vida?”. A sua velha vida, embora cheia <strong>de</strong> distinção, agora ficava<br />

no passado. Esse homem veio a tornar-se um gran<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r espiritual, cujos ensinos<br />

e escritos ainda exercem influência sobre m ilhares <strong>de</strong> pessoas hoje em dia.<br />

Assim também , o Senhor apareceu a Jacó, em Betei, e lhe disse: “Que vais fazer<br />

com a tua vida?” . E Jacó foi da pedra terrena para a escadaria celestial.<br />

A certo lugar. Assim diz nossa versão portuguesa. Mas o original hebraico<br />

diz “ao lugar” , m ostrando que era um lugar <strong>de</strong>finido, o lugar <strong>de</strong>term inado para ele<br />

receber sua revelação divina, pois estava suce<strong>de</strong>ndo p o r acaso.<br />

Provavelmente, Jacó tinha tencionado chegar à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Luz, a pouco m e­<br />

nos <strong>de</strong> oitenta quilôm etros <strong>de</strong> Berseba, Tinha sido um a jornada e tanto para uma<br />

cam inhada <strong>de</strong> um único dia. Por isso m esm o, teve <strong>de</strong> parar no lugar da revelação.<br />

Estava em algum ponto fora da cida<strong>de</strong>. V er o vs. 19.<br />

Já era sol-posto. Trata-se <strong>de</strong> uma bela provisão divina quando o sol se põe<br />

em algum a parte <strong>de</strong> nossa vida, para po<strong>de</strong>r surgir no horizonte, projetando os<br />

seus raios sobre um novo com eço e trazendo um Novo Dia.<br />

John Gill (m loc.) manifestou pena <strong>de</strong> Jacó. Ele po<strong>de</strong>ria ter apanhado um resfriado,<br />

dormindo sobre aquela pedra. Mas concluiu que, em todas as coisas, Jacó estava<br />

<strong>de</strong>ntro da providência divina. Ver no Dicionário o artigo intitulado Providência <strong>de</strong> Deus.<br />

28.12<br />

E sonhou. Sem som bra <strong>de</strong> dúvida, alguns sonhos são <strong>de</strong> natureza espiritual.<br />

Há muitos níveis <strong>de</strong> sonhos, alguns superficiais e outros profundos. Sonhar é uma<br />

dádiva divina, e po<strong>de</strong>m os apren<strong>de</strong>r m uita coisa através dos sonhos, e isso em<br />

muitas ocasiões, m esm o que não todas as noites. Mas precisam os apren<strong>de</strong>r sua<br />

linguagem e seus sím bolos. No Dicionário, apresento um artigo <strong>de</strong>talhado sobre<br />

os Sonhos. Os jovens têm visões; os velhos têm sonhos (Atos 2.17). Há sonhos<br />

que valem com o visões, e am bas essas coisas prom ovem a nossa espiritualida<strong>de</strong>.<br />

É significativo que os sonhos e as visões usem os m esm os símbolos.<br />

Uma escada, cujo topo.., O s pagãos tinham construído uma torre por meio da<br />

qual haviam tentado chegar ao céu. Mas fracassaram. Ver Gên. 11.1-9. Pela graça <strong>de</strong><br />

Deus, Jacó sonhou com uma escada, e ela levava ao céu. Era a escada <strong>de</strong> Deus, em<br />

contraste com a torre feita pelos homens. O lugar on<strong>de</strong> Jacó teve sua experiência<br />

ficava perto do alto <strong>de</strong> um cume, ao norte da mo<strong>de</strong>rna Beitin, local da antiga Betei.<br />

A tin g ia . Os anjos do S enhor subiam e <strong>de</strong>sciam por ela. Havia com unicação<br />

entre o céu e a terra. Isso ensinava que Deus se fez accessível para nós.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!