27.07.2018 Views

Comentario de Champlin AT V.1

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4 2 8 ÊXODO<br />

A p rim e ira c o rtin a tin h a 6 ,9 0 m <strong>de</strong> c o m p rim e n to ; e <strong>de</strong> c a d a la d o , h a via<br />

6,90 m. H avia co rtin a s ao longo <strong>de</strong>sses vin te e três m etros, m as os 9,20 m no<br />

m eio foram fe ito s <strong>de</strong> tal m odo que h avia u m a e n tra d a que co n d u zia ao átrio .<br />

H a via a in d a duas o u tra s c o rtin a s ; a s e g u n d a a n te s do L u g ar S a n to , e a te r­<br />

ce ira antes do S anto dos S antos. Já pu<strong>de</strong>m o s d e scre ve r isso nas notas sobre<br />

Êxo. 26.31 e 36.<br />

A s d u a s parte s da c o rtin a <strong>de</strong> 6 ,9 0 m ca d a p a rte (em a m b o s os lados da<br />

entra d a) esta va m penduradas em trê s co lu nas, tal co m o o resto d as co rtin a s,<br />

em b o ra as bases fo ssem fe ita s <strong>de</strong> b ro n ze (vs. 17). As co lu nas fica va m a c e r­<br />

ca <strong>de</strong> 2 ,3 0 m um a da o u tra . H a via um to ta l <strong>de</strong> d e z c o lu n a s na e xtre m id a d e<br />

le ste do ta b e rn á c u lo , o m esm o n úm ero que h a via na sua e x tre m id a d e oeste<br />

(vs. 12).<br />

27.16<br />

Um rep o s te iro <strong>de</strong> vinte côvad o s. T em os aí a prim e ira co rtin a , que dava<br />

entrada para o átrio. Essa cortina ficava apoiada sobre quatro colunas, o m esm o<br />

núm ero que havia na cortina do Santo dos S antos. P ortanto, tem os: 1. A prim eira<br />

cortina (sobre quatro colunas, Êxo. 27.12). 2. A segunda cortjna (sobre cinco colunas,<br />

Êxo. 26.36). 3. A terceira cortina (sobre quatro colunas, Êxo. 26.32). A palavra<br />

hebraica usada para indicar a cortina da entrada do átrio é a m esm a palavra usada<br />

para in d ica r os véus do Lugar S anto e do S anto dos S antos, em b o ra estas<br />

últimas sejam cham adas “véus” , em português. Talvez porque o tecido <strong>de</strong>ssas últim<br />

as fosse m ais fino que o tecido da prim eira. M as no hebraico é usado um vocábulo<br />

diferente para indicar as <strong>de</strong>m ais cortinas do átrio, indicando um tecido m ais<br />

grosseiro (ver o vs. 9). Logo, quando alguém olhava para a extrem ida<strong>de</strong> oriental<br />

podia notar uma diferença na textura e no <strong>de</strong>senho dos tecidos, quando com parados<br />

com a seção do meio (a entrada), e com as duas partes a cada um dos lados<br />

<strong>de</strong>ssa entrada.<br />

Tipos e S im bolism os. A s co rtin a s in d ica va m graus va rie g a d o s <strong>de</strong> acesso,<br />

pois cada uma <strong>de</strong>las servia <strong>de</strong> porta que p e rm itia que alguém por ali entrasse,<br />

com exclusivida<strong>de</strong>. Todo o povo <strong>de</strong> Israel (m as nenhum gentio) podia p e netrar<br />

pela p rim e ira cortina. Os sacerdotes, a ca d a dia, podiam passar pela segunda<br />

co rtin a . M as som ente o sum o sacerdote, e assim m esm o apenas um a vez por<br />

a no, podia e n tra r p ela te rc e ira c o rtin a . V er no D ic io n á rio o ve rb e te ch a m a do<br />

A ce sso , a ce rca <strong>de</strong> com o C risto, em S ua m issão m essiânica, proveu co m pleto<br />

a ce sso a to d o s até ao S an to dos S anto s, ou seja, até à p re se n ça m esm a <strong>de</strong><br />

Deus.<br />

27.17<br />

Todas as colunas. Aqui se fala sobre todas as colunas ao redor do átrio. Essas<br />

colunas eram sessenta: vinte ao norte, vinte ao sul (vss. 10 e 11), e <strong>de</strong>z a oeste e <strong>de</strong>z a<br />

leste (vss. 12,14-16). Mas todas essas colunas eram construídas do m esm o modo, e<br />

dos m esmos materiais. Tinham ganchos <strong>de</strong> prata e bases <strong>de</strong> bronze. As vergas <strong>de</strong><br />

prata (que alguns eruditos cham am <strong>de</strong> varas) serviam para segurar as cortinas às<br />

colunas. As colunas propriamente ditas eram, provavelmente, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> acácia, tal<br />

como as colunas do Lugar Santo e do Santo dos Santos (Êxo. 26.32). Parece que o vs.<br />

10 <strong>de</strong>ste capítulo diz que essas colunas eram <strong>de</strong> bronze, e não <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> acácia; e<br />

os intérpretes ju<strong>de</strong>us não concordam entre si quanto a esse particular. Ver as notas<br />

expositivas sobre aquele versículo. Não aparece a palavra “acácia” naquele versículo,<br />

m as ela po<strong>de</strong> ter sido <strong>de</strong>ixada <strong>de</strong> fora pelo autor sagrado, que assim com eteu um<br />

pequeno esquecimento. Ou então, a palavra bronze aplica-se tanto às colunas quanto<br />

às suas bases.<br />

27.18<br />

O átrio terá cem côvados <strong>de</strong> com prido. As dim ensões do átrio são dadas<br />

aqui. No sistem a m étrico, essas dim ensões são: 23 x 46 m. A altura da cerca em<br />

redor era <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2,30 m, o que significa que a cortina externa do tabernáculo,<br />

que fe ch a va o átrio , era b a sta n te b aixa. No entanto , era a lta o b a sta n te para<br />

im pedir que os curiosos olhassem para <strong>de</strong>ntro do átrio, estando eles do lado <strong>de</strong><br />

fora do mesmo. Em contraste, a altura das pare<strong>de</strong>s internas do Lugar Santo e do<br />

Santo dos Santos era <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 4,60 m.<br />

27.19<br />

Todas as suas estacas. V isto que as tendas não dispõem <strong>de</strong> alicerces, precisam<br />

<strong>de</strong> estacas enfiadas no solo, para lhes darem estabilida<strong>de</strong>. Essas estacas,<br />

postas a intervalos regulares, esticam cordas. Portanto, as tendas ficam cercadas<br />

por estacas e suas respectivas cordas. E é assim que esse tipo <strong>de</strong> estrutura portátil<br />

não requer alicerces.<br />

O fato <strong>de</strong> que todos os vasos do tabernáculo eram feitos <strong>de</strong> bronze tem suscitado<br />

cinco diferentes interpretações:<br />

1. Esse “todos” é absoluto; mas isso contradiz Êxo. 25.38, on<strong>de</strong> lemos que alguns<br />

vasos eram feitos <strong>de</strong> ouro.<br />

2. O termo Io d o s” aplica-se a todos os vasos existentes no átrio.<br />

3. A palavra Io d o s ” aplica-se somente às estacas. Nesse caso, pois, o fraseado é um<br />

tanto capenga, pois o term o “bronze” parece aplicar-se a todos os vasos, e não<br />

apenas às estacas.<br />

4. A referência seria aos utensílios do altar dos holocaustos, pelo que este versículo<br />

seria uma repetição do terceiro versículo <strong>de</strong>ste capitulo.<br />

5. A referência aponta para aqueles utensílios usados para levantar ou <strong>de</strong>smanchar o<br />

tabernáculo, com o os m artelos, as varas, as argolas, as estacas, etc., embora o<br />

autor sagrado não se tenha dado ao trabalho <strong>de</strong> chamar cada item pelo seu nome.<br />

Os intérpretes, antigos e mo<strong>de</strong>rnos, não concordam quanto a essa questão. Mas<br />

ela não tem importância maior.<br />

O Azeite para o C an<strong>de</strong>labro (27.20-21)<br />

O tabernáculo inteiro era resultado das ofertas voluntárias do povo <strong>de</strong> Israel, e<br />

isso incluía os m ate ria is pro vid o s para a constru çã o e até m esm o o azeite para<br />

alim entar as cham as do can<strong>de</strong>labro ou can<strong>de</strong>eiro. A tenda era o tem plo <strong>de</strong> Israel<br />

no <strong>de</strong>serto; e o povo <strong>de</strong> Israel tinha a responsabilida<strong>de</strong> tanto <strong>de</strong> erigi-la quanto <strong>de</strong><br />

mantê-la.<br />

27.20<br />

Lâm pada acesa continuam ente. Ver no Dicionário vários artigos: Luz, a<br />

M etáfora da; Luz, Deus Com o; A zeite (Óleosy, Can<strong>de</strong>eiro. Essa <strong>de</strong>terminação<br />

serve para introduzir o que se segue, as instruções para os sacerdotes, suas<br />

vestes e funções. Um dos principais <strong>de</strong>veres dos sacerdotes era acen<strong>de</strong>r e m anter<br />

lim po o can<strong>de</strong>labro, com suas sete lâm padas. Originalmente, parece que essa<br />

m anutenção se dava diariam ente; m ais tar<strong>de</strong>, porém, as lâm padas eram mantidas<br />

acesas continuamente. Essa continuida<strong>de</strong> é refletida neste versículo, e alguns estudiosos<br />

pensam que assim sucedia mesmo no começo.<br />

O Tipo. O a ze ite é sím b o lo do E s p irito S a n to (João 3.34; H eb. 1.9). C ris ­<br />

to é a Luz do m undo (J o ã o 8 .1 2 ), e o S eu a g e n te é o E sp írito S anto , o Seu<br />

a lte r ego. No ta b e rn á c u lo houve a q u e la ilu m in a çã o so b re n a tu ra l da sh e kin a h<br />

(v e r a re s p e ito no D ic io n á rio ), q u e ilu m in o u o S a n to d os S a n to s. E tam bém<br />

h a via a q u e la luz a rtific ia l fo rn e c id a p e lo c a n d e la b ro , no L u g a r S anto . A gora,<br />

esses d o is lu g a re s to rn a ra m -se um só (M at. 2 7 .50 ,5 1 ; Heb. 9 .6-8; 10.19-21).<br />

A luz do Logos e a luz do E sp írito são um a só luz. O hom em e sp iritu a l a va n ­<br />

ça na lu z que lhe é fo rn e c id a (I J o ã o 1 .7 ). T o d o s os s e re s h u m a n o s são<br />

ilu m in a d os por C risto (João 1.4). Na luz há vida, co n fo rm e vem os nessa m esm<br />

a re fe rê n cia b íb lica . U m a vez ch e io s do E sp írito S anto, a n d am o s em plena<br />

luz (Efé. 5.18).<br />

O can<strong>de</strong>labro, posto no Lugar Santo, indicava o fato <strong>de</strong> que “ Deus está presente”,<br />

e que a Sua presença nos outorga ilum inação espiritual. A glória shekinah,<br />

no Santo dos S antos, significa que o hom em espiritual é alguém que recebe uma<br />

iluminação especial, um acesso m aior a Deus. Ver no Dicionário o artigo intitulado<br />

Acesso.<br />

O azeite era puro, o que indica que a luz <strong>de</strong> Deus é pura, e que os puros são<br />

aqueles que lhe dão acolhida.<br />

27.21<br />

... as c o n s e rv a rã o em o rd e m . O c a n d e la b ro re q u e ria a te n ç ã o p e rm a ­<br />

nente , e a os s a c e rd o te s <strong>de</strong> Isra e l c a b ia e ssa m a n u te n çã o . U m a lei especial<br />

g o ve rn a va e ssa m a n u te n çã o . E ra u m a luz in d is p e n s á v e l, in d ica n d o a santa<br />

ilu m in a çã o divina. E nquanto o ta b e rn á c u lo /te m p lo estive sse em fu n cionam e n ­<br />

to , os s a c e rd o te s d e v e ria m m a n tê -lo . M as c h e g o u o d ia em que o siste m a<br />

fa lh o u ; e, então, co u b e às s in a g o g a s o d e v e r <strong>de</strong> m a n te r essa luz, em m uitos<br />

m ilh a re s d e lu g a re s d ife re n te s , e não em um ú n ic o lu g a r c e n tra l <strong>de</strong> a d o ra ­<br />

çã o . M u ita s m ilh a re s <strong>de</strong> la m p a rin a s e ra m m a n tid a s c o n tin u a m e n te ace sas.<br />

U m a in s titu iç ã o a n tig a tin h a d e s a p a re c id o , m as seus v a lo re s h a via m sido<br />

preservados.<br />

U m a lâ m p a d a a ce s a é o m ais e x c e le n te sím b o lo da p re se n ça e sp iritu a l<br />

e co n tín u a <strong>de</strong> D eus. P ara os h e b re u s , a lu z era o p rim o g ê n ito <strong>de</strong> D eus, porq<br />

u a n to D eus d is se ra : “ H a ja lu z ” . A luz é a m ais tê n u e e m ais im a te ria l substâ<br />

n cia que se co n h e ce , que n e n hu m a fo rm a <strong>de</strong> id o la tria é ca p a z <strong>de</strong> duplicar.<br />

No sa n tu á rio <strong>de</strong> Israel, a luz p re cisa va se r m antida acesa dia e noite, e Josefo<br />

d is se q u e is s o s u c e d ia ta n to no ta b e rn á c u lo q u a n to no te m p lo (A n tiq . iii.7 ,<br />

par. 7). V er as n o ta s em Ê xo. 2 9 .4 2 s o b re a p e rp e tu id a d e do ta b e rn á c u lo e<br />

seus ritos.<br />

Arão e seus filhos. Em outras palavras, o sacerdócio^aarônico, que haveria <strong>de</strong><br />

tomar o lugar do sacerdócio dos primogênitos (Núm. 18.15 ss.). V er no Dicionário o<br />

verbete intitulado Sacerdotes e Levitas. V er as notas sobre Êxo. 25.27,28 quanto a<br />

<strong>de</strong>talhes do trabalho <strong>de</strong> manutenção do can<strong>de</strong>labro, bem como dos utensílios usados<br />

nessa manutenção.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!