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GI<br />
(para Mofana e depois os outros)<br />
Mas vejam, pelo passado revisitado nos sentimos mais tranquilas. Mas<br />
volta aquela sensação... tantas horas, dias, semanas nas drogas exageradas<br />
que comungamos... nas ficções e interações rítmicas divertidinhas, nos<br />
corpos ocasionais... na sedação por fármacos ou se embebedando e<br />
desconcentrando o prumo e nosso eixo; nas festas ou nas fases e<br />
relacionamentos que nos bambearam, você, eu; ficamos emburrados ou<br />
desanimados, ou tudo isso e mais.<br />
GI (cont.)<br />
(para a plateia)<br />
Se amar sem igual nos encarasse em todas ocasiões, cercados de poesia...<br />
humm, mas muitos sequer tiveram contato. “Ah, apenas se teu hálito<br />
estivesse quente, riria muito mais. Assim a coragem, assim estar.”<br />
[Gi termina de falar e fica algo acabrunhada, os outros caminham um tempo e depois<br />
somem após o que foi dito. O palco em silêncio por um minuto. Entra uma música tensa.<br />
A projeção agora mostra a entrada da gruta. O Pai reaparece, vindo da direita.]<br />
PAI<br />
(para a plateia)<br />
Eu volto. Como bom patriarca sigo preocupado com o futuro da minha<br />
família. Toda ela. Mas ao pensar na gruta e nas pessoas que se alistaram<br />
para a descida através da fenda, surda, bem... nada disso me assusta mais,<br />
porque sei do seu propósito. Temos então o novo ar que precisávamos?<br />
[O Pai olha para o seu lado direito e lá está “Sombra do Deserto”, acompanhando tudo o<br />
que ele diz. O Pai sorri para o amigo e recomeça com mais ênfase.]<br />
<strong>Atos</strong> <strong>II</strong> <strong>Beijo</strong> <strong>técnico</strong> (<strong>Adaptação</strong> <strong>teatral</strong>) 122