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ATO OITO<br />
[O pano sobre enquanto entra a projeção do bar, lá estar a senhora AFLIÇÕES, sentada<br />
em uma cadeira de frente para uma mesa; ela levanta o copo de destilado, joga o líquido<br />
todo para frente. Dessa forma, voa pelos quatro cantos do “bar”. Aflições soca o copo na<br />
mesa e o ressoar é ouvido com bastante ênfase. Então ela fala com a propriedade de sua<br />
idade. Maitê vem a seguir, da direita.]<br />
AFLIÇÕES<br />
(para a plateia)<br />
Melhor perder uma guerra que ser otária atrás de uma máscara<br />
acovardada ditada pelos outros<br />
(pausa) e nem mesmo saber o porquê. Esses são os homens de verdade,<br />
os de coragem e sem remorsos. Mas tem gente que acha que é mais<br />
cômodo lamber o saco de um imperialista ou outro, fazer o quê!? Vai<br />
morar de favor e lavar a privada deles.<br />
Poxaaa!! Preciso de um homem assim para me acompanhar... um que seja<br />
macho e tenha vida própria.<br />
MAITÊ<br />
(para Aflições e a plateia)<br />
Diversas pessoas ficam incógnitas, mas fazem pouco caso do que ela diz.<br />
São seus direitos, mulher.<br />
AFLIÇÕES<br />
(para Maitê)<br />
Você reflexiona, Maitê, é uma mulher desconhecida por muitos apesar de<br />
algumas falas, você havia se apresentado dizendo ser expatriada. Agora eu<br />
também.<br />
[Maitê sorri para Aflições. Entram Donatela, Nana e Magali, vindas da esquerda. Maitê<br />
acena para Nana. Todas se cumprimentam, e isso faz com que simpatizem entre si.]<br />
<strong>Atos</strong> <strong>II</strong> <strong>Beijo</strong> <strong>técnico</strong> (<strong>Adaptação</strong> <strong>teatral</strong>) 63