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ATO DEZ<br />
[Abre o pano e “Sombra do Deserto” já está no palco, ele fala da beirada, pertinho do<br />
público. Não há música ou projeção alguma.]<br />
SOMBRA DO DESERTO<br />
(para a plateia)<br />
Foram os batedores, seguidos de Aflições, Jonh, Mofana, Moborg, a<br />
Baixinha divertida entre outros os que mais desceram pela fenda em<br />
sequência. Tinham palpites e caminhavam se esgueirando e falando<br />
besteiras para passar o tempo, ainda que o ar fosse ficando cada vez mais<br />
débil. Pegamos o gancho de um assunto qualquer deles ali, começando<br />
por Jonh.<br />
[Sai “Sombra do Deserto” pela esquerda enquanto entram os demais atores pela direita.<br />
Nesse momento, a projeção volta trazendo ângulos diferentes da gruta e seu relevo. Os<br />
atores entram ziguezagueando pelo palco.]<br />
JONH<br />
(para o Gentil)<br />
Te digo, Gentil, no meu país não é tão diferente assim, há tanta falta de<br />
bom gosto quanto existe de sobra muita farra... com jogos e diversões. Se<br />
esbaldam em licores e cantam e dançam até que o amanhã seja outro dia;<br />
por qual motivo se preocupar com o passado e com o que já foi iniciado,<br />
não é? Isso aí. É o que raciocinavam. E já é muito, já que nem saem do<br />
automático!<br />
Saíam, quer dizer... eu friso.<br />
GENTIL<br />
(sorridente, para Jonh)<br />
<strong>Atos</strong> <strong>II</strong> <strong>Beijo</strong> <strong>técnico</strong> (<strong>Adaptação</strong> <strong>teatral</strong>) 96