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MARLENE<br />
(para Pío)<br />
Fica na tua você, Pío. Grandes abusos, hein... também tá nessa, seu<br />
gentinha!<br />
PÍO<br />
(para Marlene)<br />
Você é pesadinha, sabia? Nem me deixou completar a frase. Respira, vai!!<br />
MARLENE<br />
(para Pío)<br />
Não sou tua parente, seu lokeiro!!<br />
MIADO<br />
(sussurrando, para a plateia)<br />
Ajudar é também não atrapalhar.<br />
PÍO<br />
(para o Miado)<br />
Melhor você também não se intrometer.<br />
MIADO<br />
(com trejeitos, para Pío)<br />
Ah Pío, irônico como sempre, porém só escarra e cospe no chão em sinal<br />
de desagrado. Esse solo já fora limpo um dia antes da vinda desse tipo de<br />
‘civilidade’, e a atitude de Pío reforça a interferência predatória dessas<br />
pessoas. Ele ainda é audacioso em sua última declaração, agora dirigida à<br />
Marlene: “Você se descontrolou, mulher.”<br />
[Marlene ri, depois Pío também, balançando o rosto. Logo, “Sombra do Deserto” se<br />
levanta e enxota os três para fora do palco, à direita. Ele volta sozinho e fala ao público, na<br />
borda.]<br />
<strong>Atos</strong> <strong>II</strong> <strong>Beijo</strong> <strong>técnico</strong> (<strong>Adaptação</strong> <strong>teatral</strong>) 93