Chicos 56 - 20.03.2019
Chicos é uma e-zine que circula apenas pelos meios digitais. Envie-nos seu e-mail e teremos prazer de te enviar nossas edições. Neste número, a poeta da primeira página é Maria do Carmo Ferreira. Inédita em livro, a irmã de Celina Ferreira tem sua poesia espalhada pela internet e em publicações das mais variadas. Além de homenageá-la, oferecemos a vocês um pouco da obra dela dispersa por aí.
Chicos é uma e-zine que circula apenas pelos meios digitais. Envie-nos seu e-mail e teremos prazer de te enviar nossas edições.
Neste número, a poeta da primeira página é Maria do Carmo Ferreira. Inédita em livro, a irmã de Celina Ferreira tem sua poesia espalhada pela internet e em publicações das mais variadas. Além de homenageá-la, oferecemos a vocês um pouco da obra dela dispersa por aí.
- TAGS
- antonio-jaime-soares
- flauzina-marcia-da-silva
- acyr-simoes
- rachel-naveira
- jeova-santana
- andressa-barichello
- antonio-torres
- gisela-gracias-ramos-rosa
- inez-andrade-paes
- ronaldo-werneck
- ronaldo-cagiano
- jose-vecchi-de-carvalho
- luiz-ruffato
- emerson-teixeira-cardoso
- jose-antonio-pereira
- maria-do-carmo-ferreira
- chicos
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Chicos</strong><br />
Flausina Márcia<br />
Flausina Márcia da Silva poeta nascida em<br />
Cataguases e radicada em Belo Horizonte onde<br />
trabalhou na Secretaria de Cultura de Minas<br />
Gerais.<br />
Publicou entre outros: Vagalume (2002), Sua<br />
Casa Minha Cruz (2003) e Poemas Declives<br />
(2014).<br />
Ler é bom demais<br />
SÓ PARA MAIORES DE CEM ANOS,<br />
livro antologia (anti)poética do Nicanor Parra,<br />
com seleção e tradução de Joana Barossi e Cide<br />
Piquet, publicado, em edição bilíngue, pela Editora<br />
34, é precioso. Aproxima-nos da extensa<br />
obra desse poeta, que revolucionou a poesia<br />
chilena e latino-americana, em 1954, com a<br />
publicação de Poemas e antipoemas.<br />
Escolho o poema “Discurso do bom ladrão”<br />
para dizer que o poeta é, antes de tudo, um sábio.<br />
Sabemos quem é o bom ladrão, é aquele<br />
ao lado crucificado de Cristo. Pois bem, o Discurso,<br />
que, infelizmente, não podemos reproduzir<br />
aqui, pois não somos bons nem maus ladrões<br />
de direitos autorais, é uma súplica ao ascendente<br />
rei, pela nomeação a um cargo do<br />
reino. Foi publicado em 1969, ora vejam.<br />
E, se não der para diretor do zoológico, Glória<br />
ao Pai, nem embaixador em qualquer parte,<br />
Glória ao Filho, que seja diretor do cemitério,<br />
Glória ao Espírito Santo. Resumir assim é quase<br />
um pecado, perdoem-me. No entanto, Parra<br />
mesmo dizia que os poetas baixaram do Olimpo,<br />
se fazem de tonto e dizem uma coisa por<br />
outra.<br />
Mas não em “Defesa de Violeta Parra”, aí é<br />
Violeta Piedosa, a Viola Admirável, Dolente,<br />
Chilensis, Vulcânica, Funebris, Irmãzinha.<br />
“Ergue-te de corpo e alma do sepulcro<br />
E faz estalar as pedras com tua voz<br />
Violeta Parra”<br />
De volta ao ponto sabedoria, o poema<br />
“Solilóquio do Indivíduo”, me fez pensar em<br />
ciência, filosofia e no direito desse homem dizer<br />
que a vida não tem sentido, mesmo tendo<br />
alcançado mais de cem anos dela, com tudo<br />
sentido e sabiamente poesificado.<br />
Nicanor Parra nasceu no Chile, em 5 de setembro<br />
de 1914 e faleceu no dia 23 de janeiro de<br />
2018. Cursou matemática e física no Instituo<br />
Pedagógico da Universidade do Chile e mecânica<br />
avançada na pós-graduação da Universidade<br />
Brown, nos Estados Unidos. A partir de 1945,<br />
passa a lecionar na Universidade do Chile.<br />
Nota dos editores: No início do verão de<br />
2017, na edição 51 de 22/12/2017. Nicanor<br />
Parra foi o nosso poeta da Primeira Página.<br />
71