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ESPECIAL PME
RISCOS CIBERNÉTICOS
MARTA SCHUH, da Marsh Brasil
agilidade dos times de TI e cybersecurity,
para manter o ambiente atualizado,
seguro e para responder rapidamente a
qualquer evento suspeito”, recomenda
Freitas, da Kroll.
SEGURADORAS ATENTAS AOS
ATAQUES VIRTUAIS DURANTE
PANDEMIA
Superintendente de cyber da
Marsh Brasil, Marta Schuh explica que
ainda não é possível dimensionar financeiramente
o impacto da pandemia
do coronavírus, mas recomenda que as
empresas adotem medidas preventivas
diante do risco iminente de ataques cibernéticos:
“Estarem mais vigilantes
a possíveis tentativas de e-mails de
phishing (fraudes de roubos de dados
pessoais e financeiros das vítimas); prática
de boa higiene cibernética; instruir
funcionários para verificarem seus dispositivos,
incluindo o roteador da Internet;
estando sempre atualizados com a proteção
antivírus, atualizações de patches;
uso de VPN e de ferramentas de autenticação
de acesso; lembrar funcionários
que usem o mesmo cuidado ou mais
com informações confidenciais como
usariam se estivessem no escritório. O
e-mail pessoal não deve ser usado para
assuntos corporativos”, lista Marta.
A Tokio Marine vem fazendo o dever,
literalmente, de casa. A seguradora
alerta com frequência seus funcionários
sobre os cuidados redobrados que todos
precisam ter para evitar ameaças virtuais
durante o trabalho remoto e recomenda atenção redobrada das
empresas com seus dados corporativos durante a quarentena.
“Especificamente sobre o seguro Tokio Marine Riscos Digitais,
desenvolvemos um produto que garante cobertura para a responsabilidade
que pode ser imputada à empresa por conta de danos
causados por ataques virtuais como custo de reconstrução da rede,
extorsão cibernética com pagamento ou remediação sem pagamento,
perda ou suspeita de perda de informações não-públicas,
violação de privacidade ou transmissão de códigos maliciosos através
dos sistemas do segurado. O seguro também inclui cobertura
para os danos sofridos pelo próprio cliente, como custo de defesa,
indenização e acordo”, diz Caroline Ayub, da Tokio Marine.
A executiva também antecipa que houve aumento na demanda
de apólices do Tokio Marine Riscos Digitais. Apenas no primeiro
trimestre, a seguradora superou o volume de prêmios emitidos do
produto em 2019. “Neste cenário de pandemia, no qual existe uma
necessidade de manter os negócios de forma remota para preservar
a saúde das pessoas, o seguro é fundamental, especialmente para as
pequenas e médias empresas”, destaca Caroline.
Com a Marsh não é diferente, explica Marta Schuh: “Apesar do
cenário econômico adverso, temos sentindo que as empresas continuam
buscando o seguro cyber. Se antes o movimento estava por
conta da entrada da LGPD, que deve ser postergada para o próximo
ano, cada vez mais empresas entendem que os impactos vão muito
além de uma nova questão regulatória e que os prejuízos podem ser
tão severos quanto de um incidente operacional (incêndio, quebra
de maquinas etc,). Em algumas indústrias, inclusive, o risco cibernético
pode ter até maiores consequências que um incêndio e, assim,
estão buscando através do seguro cyber uma ferramenta de transferência
de prejuízos, uma vez que no último mês houve incidentes
que se tornaram públicos no Brasil, com grande repercussão.”
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS REALMENTE PREPARADAS?
As pequenas e médias empresas passaram a procurar a cobertura
do seguro para garantir seus dados remotos. Isso se deve
ao fato de o Brasil ser um dos países mais expostos a esse tipo de
crime, como mostram estudos especializados, e a disseminação de
conhecimento sobre os benefícios da contratação do seguro são fatores
que já estão contribuindo para o aculturamento dos pequenos
e médios empresários sobre esse tema, como salienta Caroline, da
Tokio Marine.
“Temos feito um trabalho intenso de conscientização dos
corretores a respeito da importância da oferta desta proteção
para as PME’s, que sem dúvida estão mais expostas aos riscos digitais,
muitas vezes por falta de conhecimento ou por não possuírem
uma estrutura dedicada de tecnologia”, frisa Caroline.
Marta, da Marsh, afirma que as PME’s — antes mesmo de a
Covid-19 espalhar-se pelo mundo — já buscavam a cobertura do
seguro de riscos cibernéticos por conta da entrada da LGPD, já que
a lei possui responsabilização solidária e empresas contratantes de
serviços prestados por elas. “É valido ressaltar que as apólices, em
sua maioria, amparam incidentes que se originam em trabalho remoto”,
conclui a executiva.
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