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Revista Apólice #254

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ESPECIAL PME

RISCOS CIBERNÉTICOS

MARTA SCHUH, da Marsh Brasil

agilidade dos times de TI e cybersecurity,

para manter o ambiente atualizado,

seguro e para responder rapidamente a

qualquer evento suspeito”, recomenda

Freitas, da Kroll.

SEGURADORAS ATENTAS AOS

ATAQUES VIRTUAIS DURANTE

PANDEMIA

Superintendente de cyber da

Marsh Brasil, Marta Schuh explica que

ainda não é possível dimensionar financeiramente

o impacto da pandemia

do coronavírus, mas recomenda que as

empresas adotem medidas preventivas

diante do risco iminente de ataques cibernéticos:

“Estarem mais vigilantes

a possíveis tentativas de e-mails de

phishing (fraudes de roubos de dados

pessoais e financeiros das vítimas); prática

de boa higiene cibernética; instruir

funcionários para verificarem seus dispositivos,

incluindo o roteador da Internet;

estando sempre atualizados com a proteção

antivírus, atualizações de patches;

uso de VPN e de ferramentas de autenticação

de acesso; lembrar funcionários

que usem o mesmo cuidado ou mais

com informações confidenciais como

usariam se estivessem no escritório. O

e-mail pessoal não deve ser usado para

assuntos corporativos”, lista Marta.

A Tokio Marine vem fazendo o dever,

literalmente, de casa. A seguradora

alerta com frequência seus funcionários

sobre os cuidados redobrados que todos

precisam ter para evitar ameaças virtuais

durante o trabalho remoto e recomenda atenção redobrada das

empresas com seus dados corporativos durante a quarentena.

“Especificamente sobre o seguro Tokio Marine Riscos Digitais,

desenvolvemos um produto que garante cobertura para a responsabilidade

que pode ser imputada à empresa por conta de danos

causados por ataques virtuais como custo de reconstrução da rede,

extorsão cibernética com pagamento ou remediação sem pagamento,

perda ou suspeita de perda de informações não-públicas,

violação de privacidade ou transmissão de códigos maliciosos através

dos sistemas do segurado. O seguro também inclui cobertura

para os danos sofridos pelo próprio cliente, como custo de defesa,

indenização e acordo”, diz Caroline Ayub, da Tokio Marine.

A executiva também antecipa que houve aumento na demanda

de apólices do Tokio Marine Riscos Digitais. Apenas no primeiro

trimestre, a seguradora superou o volume de prêmios emitidos do

produto em 2019. “Neste cenário de pandemia, no qual existe uma

necessidade de manter os negócios de forma remota para preservar

a saúde das pessoas, o seguro é fundamental, especialmente para as

pequenas e médias empresas”, destaca Caroline.

Com a Marsh não é diferente, explica Marta Schuh: “Apesar do

cenário econômico adverso, temos sentindo que as empresas continuam

buscando o seguro cyber. Se antes o movimento estava por

conta da entrada da LGPD, que deve ser postergada para o próximo

ano, cada vez mais empresas entendem que os impactos vão muito

além de uma nova questão regulatória e que os prejuízos podem ser

tão severos quanto de um incidente operacional (incêndio, quebra

de maquinas etc,). Em algumas indústrias, inclusive, o risco cibernético

pode ter até maiores consequências que um incêndio e, assim,

estão buscando através do seguro cyber uma ferramenta de transferência

de prejuízos, uma vez que no último mês houve incidentes

que se tornaram públicos no Brasil, com grande repercussão.”

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS REALMENTE PREPARADAS?

As pequenas e médias empresas passaram a procurar a cobertura

do seguro para garantir seus dados remotos. Isso se deve

ao fato de o Brasil ser um dos países mais expostos a esse tipo de

crime, como mostram estudos especializados, e a disseminação de

conhecimento sobre os benefícios da contratação do seguro são fatores

que já estão contribuindo para o aculturamento dos pequenos

e médios empresários sobre esse tema, como salienta Caroline, da

Tokio Marine.

“Temos feito um trabalho intenso de conscientização dos

corretores a respeito da importância da oferta desta proteção

para as PME’s, que sem dúvida estão mais expostas aos riscos digitais,

muitas vezes por falta de conhecimento ou por não possuírem

uma estrutura dedicada de tecnologia”, frisa Caroline.

Marta, da Marsh, afirma que as PME’s — antes mesmo de a

Covid-19 espalhar-se pelo mundo — já buscavam a cobertura do

seguro de riscos cibernéticos por conta da entrada da LGPD, já que

a lei possui responsabilização solidária e empresas contratantes de

serviços prestados por elas. “É valido ressaltar que as apólices, em

sua maioria, amparam incidentes que se originam em trabalho remoto”,

conclui a executiva.

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