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PANDEMIA
WEBINAR
negócios, nas mãos de milhares de pessoas que trabalham no setor
segurador.
Ainda não é possível prever como será o consumidor do futuro,
porque a sociedade tende a manter um viés de normalidade após
a crise. Não dá para saber qual será o novo normal. “O que sabemos
é que o corretor deverá fazer um assessoramento de risco para os
clientes e não apenas vender produtos. A ferramenta tecnológica é
fundamental, vinda de corretores ou dos seguradoras. Não acredito
na desintermediação”, sentenciou Franco.
JOSÉ ADALBERTO FERRARA,
da Tokio Marine
e o mercado estarão mais dispostos a
escutar sobre produtos de seguro, mas
outra coisa é procurar a conversa. Estar
junto ao cliente para fazer oferta e o assessoramento
para descobrir o que ele
necessita será o foco dos corretores de
seguros”, garantiu.
O CEO da Mapfre destacou que é
necessário perceber que o mundo está
mudando e a tecnologia tem que servir
para ajudar no contato com o cliente. “O
cliente precisa da venda consultiva, mas
temos que chegar até ele”. Para ele, a sociedade
está mais aberta mas ela guarda
sua memória, portanto, é difícil dizer
quais serão as suas necessidades.
Os corretores de seguros e todos
os prestadores estão demonstrando que
o setor é capaz de fazer muito mais coisas
do que sabia. Temos que ter capacidade
de nos reinventar e realizar novos
EDSON FRANCO, da Zurich
CRESCIMENTO DO MERCADO
Eis a pergunta mais frequente no webinar: como será o crescimento
do mercado? José Ferrara espera uma queda entre 5% e 10%
nas vendas da companhia em 2020, com retomada significativa já
em 2021. “Em automóvel há uma queda natural por conta das vendas
de carros novos, com recuo de 70% segundo dados da indústria
automobilística. O que se vende neste ano são caminhões, tratores
e equipamentos agrícolas. Mas todos sabem que o mercado de veículos
leves tem tudo para se recuperar. Com certeza, o Brasil vai ser
a bola da vez, e sair de 6% para 12% na penetração de seguros no
PIB”, afirmou.
Luis Gutiérrez afirmou ser muito difícil saber. “Vai depender
do impacto do confinamento. Qual vai ser a evolução do seguro
do jeito que conhecemos? Quais as oportunidades de um mercado
emergente, levando-se em consideração que há um grande núcleo
da população que não tem acesso. O brasileiro está mais disposto a
escutar sobre seguro. Mas tem de ter uma oferta ativa. Venda consultiva,
que analise as necessidades do cliente e não oferte o produto
que tem pronto. É preciso questionar: o consumidor precisa disso?
Escutemos os clientes para saber quais são as suas demandas. Temos
de pensar que o mundo está mudando. E precisamos mudar junto
para crescer”.
Edson Franco também afirmou ser muito difícil saber qual
será o percentual de queda nas vendas em 2020. “Não sabemos a extensão,
a duração da quarentena, ou se teremos agravamento de lockdown.
Naturalmente, hoje todos nós estamos fazendo as nossas
projeções e dependendo do mix de cada seguradora o impacto será
diferente. O efeito em resultado acaba sendo amortecido, mas tende
a durar mais tempo. Nos cabe ser realistas no planeamento e otimistas
na execução. Vamos nos planejar para diferentes cenários”.
Marcio Coriolano lembrou que no ano passado o setor avançou
12,2% em termos nominais, o que significa 8,7% em termos
reais. “A maioria dos setores econômicos não conseguiu isso”, ressaltou.
Em fevereiro deste ano, na análise de doze meses, o setor
cresceu 12,7%. “É certo que a partir do segundo semestre veremos
uma outra tendência. Mas o setor vai ter o benefício do carregamento
de contratos feitos no ano passado, o que vai nos ajudar a ter um
bom desempenho no primeiro semestre. Mas o segundo semestre é
a grande incógnita, pois ainda não sabemos o tamanho da queda da
produção, emprego e renda, que são os combustíveis dos seguros,
nem quanto tempo vai durar o distanciamento”, comentou.
*com informações da CNseg
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