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Os índices indicam que a procura
por planos de saúde aumentou
durante a pandemia. Esses
novos usuários não podem sofrer
qualquer tipo de abusividade por
parte das operadoras e precisam
usufruir de todos os benefícios
contratados”
JULIANE TEDESKI MONTEIRO, Advogada
reajustes nos contratos até 29 vidas nos meses de maio, junho e
julho, com cobrança retroativa apenas a partir de outubro. “Essa é
uma medida importante, pois ampara os empreendedores que são
mais atingidos na questão financeira pelo atual momento. Para as
empresas acima de 29 vidas, continuamos com as regras vigentes
quanto ao reajuste, mas sempre atentos aos diversos fatores que
cercam esse momento tão delicado”.
“Diante de todo o contexto vivido atualmente, acredito fortemente
em um aumento nos processos judiciais contra as operadoras
de planos de saúde”, avalia Juliane Monteiro. “As abusividades por
parte das operadoras continuam e tem se intensificado no período
da pandemia. Negativas de atendimento e tratamento adequado,
prazo máximo de atendimento extrapolado, tudo isso, infelizmente,
é muito comum por parte das operadoras”, lamenta.
Em todos os setores a judicialização é um tema complexo,
especialmente na área da saúde. “É uma questão que fez com que
as operadoras/seguradoras se adaptassem a muitas situações e processos”,
diz o corretor Sócrates de Freitas.
“A judicialização na saúde já acontecia antes da pandemia da
Covid-19. Este é um grande problema na saúde suplementar. Não
se cumpre o que está firmado em contrato, infelizmente não existe
um juizado especial para tratar os assuntos referentes à saúde suplementar.
Muitos juízes decidem questões de saúde sem embasamento
contratual, técnico ou científico”, pondera a corretora Luciana.
Para evoluir, a Lei 9656/98 precisa de atualização. “Isso teria
um impacto relevante, pois existe um excesso de ações judiciais,
conflitos baseados nas exigências, sendo estas muitas vezes fora da
realidade, que tem gerado graves consequências para o mercado”.
“Nós entendemos que esse é um momento difícil e esse tema
permeia diversos setores. Estamos confiantes e seguros de que nossas
iniciativas para apoiar os segurados estão aderentes ao momento
crítico e vamos seguir atentos às necessidades de nossos milhares
de segurados”, garante o diretor da Porto Seguro.
Roberto Ranieri diz que, neste momento de pandemia, a Plena
está mais preocupada com a sustentabilidade financeira das pequenas
empresas, que muitas vezes são compostas por autônomos
que cresceram e estão impossibilitados de trabalhar e gerar renda
nesse momento. “Esperamos que possam voltar a trabalhar em breve
para que a economia e a saúde voltem à sua normalidade”.
O papel do corretor é fundamental para dar segurança para
os clientes em momentos de crise como este. “Com mais vendas
ou menos vendas é nessas horas que mostramos o quanto o nosso
setor é incrível e cheio de oportunidades”, diz Sócrates de Freitas.
“Acredito que em breve sairemos juntos dessa situação e retomaremos
com um aprendizado muito grande e uma nova forma de se
relacionar com todos os players. Ficou provado que ser digital não
é mais uma questão de inovação, é uma questão de sobrevivência”.
Luciana Soares concorda: “a pandemia da Covid-19 veio
inesperadamente e mudou toda a forma de consumo e comercialização
de planos de saúde no geral, com isso, os corretores devem
estar preparados para essa nova realidade. Chegamos mais
cedo na era digital. Mesmo sem tanto contato pessoal e físico os
corretores devem trabalhar com consultoria, focando as necessidades
especiais de cada cliente, cada
empresa de uma forma individual e personalizada”.
Para ela, haverá um grande
crescimento na aquisição de planos de
saúde em suas várias modalidades, pois
os clientes buscam segurança frente
ao crescente avanço do coronavírus no
país. Porém, diante de uma crise econômica
eminente, muitos empresários irão
buscar a melhor forma de alinhar custo x
benefício. “Vamos nos preparar, o futuro
chegou mais cedo”.
Sem dúvidas, a pandemia deixa
clara a importância da saúde, que ela é
universal, e que, por isso, precisa abranger
ricos e pobres para se consolidar
como uma proteção efetiva.
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