E agora, Schaeffer, Nizan e Fabra? ESPECIAL 55 ANOS DO PROPMARK. FAÇA PARTE DESTA EDIÇÃO HISTÓRICA. O PROPMARK está completando 55 anos. São mais <strong>de</strong> 5 décadas cobrindo cada passo da indústria da comunicação, marketing e mídia. E num momento tão importante como esse, vamos <strong>de</strong>ixar a celebração um pouco <strong>de</strong> lado e propor uma conversa, uma troca, uma reflexão para o nosso mercado. Nossa edição <strong>de</strong> aniversário vai trazer 55 lí<strong>de</strong>res e seus pontos <strong>de</strong> vista sobre como serão os próximos anos, a partir <strong>de</strong> agora. Data <strong>de</strong> Circulação: 15/6 • Reserva: 9/6 • Material: 11/6 • comercial@editorareferencia.com.br 55 ANOS. DE VIDA.
editorial Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br Chamada com atraso para o ano 56 Com cerca <strong>de</strong> 50 páginas (até aqui) <strong>de</strong> anúncios <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s marcas, *** prestigiando mais um aniversário do PROPMARK (agora são 55 anos consecutivos), sentimo-nos felizes por esse reconhecimento do mercado a um trabalho jornalístico não apenas sério (nada mais que obrigação), mas também completo na cobertura dos fatos e razões que impulsionaram a propaganda e o marketing brasileiro a estarem em companhia <strong>de</strong> países mais <strong>de</strong>senvolvidos que o nosso no setor. São poucos, temos <strong>de</strong> reconhecer, mas existem e muito nos ensinam a melhorar, tornando-nos sérios concorrentes às suas gran<strong>de</strong>s e respeitadas li<strong>de</strong>ranças mundiais. A propaganda e o marketing praticados em nosso país vieram se juntar a outros paradigmas que nos fazem conhecidos e respeitados no planeta, colocando-nos em posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque quando <strong>de</strong>les se fala e pratica, elevando ainda mais a ban<strong>de</strong>ira brasileira. Ao completarmos, no último 21 <strong>de</strong> maio, 55 anos <strong>de</strong> circulação ininterrupta (a edição comemorativa foi adiada para 15 <strong>de</strong> <strong>junho</strong>, <strong>de</strong>vido à pan<strong>de</strong>mia, como se recordam nossos leitores) <strong>de</strong>paramo-nos com um setor completamente diferente daquele on<strong>de</strong> nasceu o PROPMARK (então Asteriscos), on<strong>de</strong> os meios eram poucos (em relação aos dias <strong>de</strong> hoje) e facilmente <strong>de</strong>corados pelas pessoas. Até antes do digital, já tínhamos um avanço nesse sentido, com novas mídias inundando as cida<strong>de</strong>s (algumas com exagero) e dificultando o trabalho dos profissionais do setor nas agências, que passaram a se especializar cada vez mais para melhor aten<strong>de</strong>r e programar os meios que pu<strong>de</strong>ssem rapidamente satisfazer os objetivos <strong>de</strong> vendas dos clientes- -anunciantes. Até que entra em ação um novo sistema, novíssimo, que se aperfeiçoa a cada dia, exigindo agora <strong>de</strong> todos os publicitários e não apenas dos profissionais <strong>de</strong> mídia, além dos próprios clientes-anunciantes, não simplesmente um aumento <strong>de</strong> conhecimento em relação a todo o conjunto da obra que <strong>de</strong>nominamos meios, mas uma gran<strong>de</strong> expertise em diversas outras disciplinas para melhor se lidar com o que po<strong>de</strong>ríamos chamar <strong>de</strong> revolucionário mundo digital. Os meios tradicionais lutam como nunca para se manterem, utilizando- -se inclusive do digital para suas versões mais ágeis. Mas nesse mercado em rápida transformação ocorreu e prossegue ocorrendo um fato incomum quando um novo e mo<strong>de</strong>rno equipamento (em qualquer setor) surge: geralmente o que ocorre é que o novato vai custar mais caro, às vezes muito mais caro. Com o digital tem sido o contrário e esta é uma das suas múltiplas revoluções: em média ele custa menos e na teoria oferece mais. Dizemos na teoria, porque felizmente para os <strong>de</strong>mais não po<strong>de</strong> ocupar todos os lugares on<strong>de</strong> antes se sentavam o que hoje chamamos <strong>de</strong> meios tradicionais. Há ainda algumas funções e objetivos da publicida<strong>de</strong> (e da comunicação em geral) que necessitam das antigas ferramentas para obterem senão o melhor resultado, ao menos o da certeza mais concreta. Afirmam alguns experts que em um futuro breve só haverá o digital. É o tipo da previsão difícil <strong>de</strong> se apostar, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> chegarmos lá adiante para checar essa afirmação. Porém, resta a dúvida sobre em qual geração a previsão se concretizará. Enquanto isso, apesar do inegável crescimento do digital, como ocorreu ainda que em menor escala e em um mundo menor com a televisão, continuaremos repartindo o nosso dia a dia com todas as mídias, que até curiosamente não só não param <strong>de</strong> se reinventar (as existentes), como a terem novos rebentos no que ainda po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> universo analógico. Um dos fatores que merecem aplausos no combate ao coronavírus em nosso país está em São Paulo (tanto estado como capital), por saber usar (e bem) a comunicação para melhor instruir a população no resguardo à terrível pan<strong>de</strong>mia. As peças publicitárias <strong>de</strong>ssa campanha, se não são exatamente <strong>de</strong> ganhar prêmios (talvez uma heresia), merecem <strong>de</strong>staque pelo esforço dos seus responsáveis em esclarecer <strong>de</strong> forma bastante acessível, pois aí se lida com todos os públicos ao mesmo tempo, com variadas dicas visando minimizar os efeitos terríveis <strong>de</strong>sse inimigo oculto. Curiosamente, São Paulo é o sítio brasileiro com maior número <strong>de</strong> infectados e vítimas fatais. É <strong>de</strong> se perguntar, porém, se não houvesse o suporte publicitário no combate ao inimigo invisível, quanto ainda mais subiriam os números <strong>de</strong> vítimas, infectadas e fatais, <strong>de</strong>sse gran<strong>de</strong> mal do século 21, que ainda em seu primeiro quinto assusta e prossegue assustando a todos, transformando-se em um gran<strong>de</strong> mal ainda difícil <strong>de</strong> ser calculado, pelos estragos que prossegue fazendo mundo afora. Não apenas o cidadão comum, mas também os cientistas estão perplexos com os estragos produzidos por essa pan<strong>de</strong>mia verda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>moníaca, que a todos assusta e teve o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mudar o comportamento diário e normal da natureza humana. Nem as Sagradas Escrituras previram sequer algo parecido, com a peste negra virando quase que uma doença grave, porém comum, se comparada a essa invasão <strong>de</strong> até então um vírus <strong>de</strong>sconhecido, produzindo um estrago sanitário e econômico no planeta, do qual nem mesmo a Segunda Gran<strong>de</strong> Guerra (1939/1945) foi capaz. *** Enquanto os governos do estado e do município <strong>de</strong> São Paulo merecem palmas por recorrerem maciçamente à comunicação, melhor <strong>de</strong>talhando o combate à Covid-19, o governo fe<strong>de</strong>ral pouco faz em comunicação a respeito, ele que dispõe <strong>de</strong> verbas gigantescas <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> e ainda <strong>de</strong> muitos ministérios, empresas e autarquias, que durante o ano <strong>de</strong>sempenham o seu papel utilizando-se também do arsenal da comunicação publicitária. É realmente <strong>de</strong> se lamentar. *** É a nossa editora-chefe, Kelly Dores, quem nos chama a atenção para três dos muitos <strong>de</strong>staques <strong>de</strong>sta edição do PROPMARK: - Investimentos em mídia caem no primeiro trimestre, revela Cenp- -Meios. Comparado a 2019, levantamento mostra queda <strong>de</strong> 22%: <strong>de</strong> R$ 3,7 bilhões para R$ 2,9 bi. - Globo e SBT criam soluções self-service para a compra <strong>de</strong> anúncios. Ferramentas são voltadas para empresas <strong>de</strong> pequeno e médio porte e visam <strong>de</strong>mocratizar acesso a veiculação na TV e plataformas digitais. - Band unifica venda <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> para todos os veículos do grupo. Comando estratégico da área comercial terá a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Cris Moreira; jornalismo também será centralizado sob li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Rodolfo Schnei<strong>de</strong>r. *** Encerramos este Editorial agra<strong>de</strong>cendo à colaboração da agência F&Q Brasil, por ter criado voluntariamente toda a campanha publicitária da edição comemorativa dos nossos 55 anos <strong>de</strong> circulação ininterrupta. Um elogiável trabalho <strong>de</strong> profissionais e artistas. jornal propmark - 8 <strong>de</strong> <strong>junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2020</strong> 3