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Artigo 1<br />
Imagem Ilustrativa<br />
14<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Jun/Jul 2020<br />
litando a verificação da concentração com<br />
a estabelecida pela ANVISA. Neste caso,<br />
para o método 1 de Cu, a concentração<br />
calculada é 0,83 mg L -1 e para o método<br />
2, é de 1,95 mg L -1 . A legislação permite<br />
100 mg L -1 , portanto está dentro do valor<br />
permitido. Para os teores de Pb, a legislação<br />
permite 20 mg L -1 como sendo o valor<br />
máximo, e a concentração do analito presente<br />
na amostra B foi calculada em 1,02<br />
mg L -1 , também está dentro do permitido.<br />
A amostra de sombra C, considerada a de<br />
melhor qualidade (devido ao valor comercial),<br />
apresentou concentração de Cu dentro<br />
dos valores aceitáveis, de 0,49 mg L -1 .<br />
Apesar das amostras não terem apresentado<br />
valores acima do limite permitido<br />
pela legislação, a ANVISA, não significa<br />
que a preocupação e atenção devam diminuir<br />
para produtos de cosméticos que<br />
costumam apresentar concentrações traços<br />
de metais. Como já citado, o excesso<br />
desses metais traz malefícios ao organismo<br />
humano, principalmente considerando<br />
que seu consumo e exposição podem<br />
advir de outros produtos e objetos.<br />
4. Conclusão<br />
Conclui-se que foi possível determinar e<br />
quantificar os metais chumbo e cobre em<br />
amostras de sombras em pó de maquiagem<br />
através da análise de espectrometria<br />
de absorção atômica com chama (EAA) e<br />
verificar os resultados detectados com os<br />
valores permitidos pela legislação vigente<br />
RDC Nº 79/2000 para cosméticos usados<br />
na região dos olhos, que limita o uso em<br />
até 20 ppm (mg L-¹) para o chumbo e 100<br />
ppm (mg L-¹) para o cobre.<br />
As amostras foram tratadas por meio de<br />
dois métodos: por suspenção e digestão<br />
ácida, denominados como métodos 1 e<br />
2, respectivamente. Os resultados obtidos<br />
mostraram que o método por digestão<br />
ácida foi mais eficiente para analisar os<br />
metais chumbo e cobre no espectrômetro<br />
de absorção atômica em chama, que apresentou<br />
melhores resultados.<br />
Como resultado do trabalho, a amostra<br />
A (qualidade baixa) apresentou concentração<br />
abaixo do LQ em todos os métodos<br />
para todos os metais, portanto não<br />
foi possível quantificar os metais nessa<br />
amostra. A amostra B (qualidade média)<br />
se destacou em ambos os métodos<br />
e metais, pois apresentou concentrações<br />
acima do LQ, resultando 0,83 % de cobre<br />
na amostra total pelo método 1 e 1,95<br />
% pelo método 2 e para o chumbo, resultou<br />
em 5,12 % da amostra total pelo<br />
o método 2. Já a amostra C (qualidade<br />
alta), apresentou concentração acima do<br />
LQ apenas para o cobre e pelo método 2,<br />
foi registrado pelo aparelho 0,49 % desse<br />
metal em toda a amostra.<br />
Todas apresentaram concentração dos<br />
metais em estudo abaixo dos limites permitidos<br />
pela ANVISA, o que é uma boa informação<br />
para quem faz uso diariamente<br />
desses produtos analisados, porém mesmo<br />
assim é possível observar e concluir<br />
que as empresas de cosméticos ainda<br />
fazem uso dos metais pesados, mesmo<br />
que as concentrações sejam baixas, o que<br />
é preocupante para os consumidores que<br />
fazem uso diário destes produtos.<br />
Agradecimentos<br />
As autoras agradecem ao IFRJ – Instituto<br />
Federal do Rio de Janeiro de Nilópolis<br />
pela oportunidade de realizar as análises<br />
em seu laboratório. Ao Laboratório<br />
de Química Analítica da Universidade<br />
Federal Fluminense de Volta Redonda e<br />
seus técnicos pela disposição de tempo<br />
e materiais.<br />
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