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Revista Analytica Ed. 107

Revista Analytica Edição 107 - Junho / julho 2020

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Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação<br />

2. Sistema de Detecção – Os exemplos mais<br />

comuns são a Espectroscopia no Ultravioleta-Visível,<br />

Espectrometria de Massas, Fluorescência,<br />

Índice de Refração, Dispersão de Luz por Evaporação<br />

“Light Scattering” – ELSD, Detector de Aerosol<br />

Carregado – CAD, entre outros. A escolha<br />

deve ser baseada nas características moleculares<br />

dos analitos e vinculadas ao propósito da metodologia,<br />

seja qualitativa ou quantitativa.<br />

3. Coluna (Fase Estacionária) - Sua escolha<br />

depende das características físico-químicas dos<br />

analitos, da fase móvel, da complexidade da<br />

matriz analítica, do mecanismo de separação<br />

(líquido-líquido, líquido-sólido, troca iônica,<br />

exclusão, afinidade ou quiralidade) e das interações<br />

desejadas entre este fatores para pesquisa<br />

e definição do recheio/fase estacionária mais<br />

adequada ao método proposto. Além do tipo de<br />

recheio, as dimensões da coluna, tamanho de<br />

partícula (quando aplicável) e porosidade, por<br />

exemplo.<br />

4. Fase Móvel – A seleção deve ser feita<br />

analisando as interações dos analitos com a<br />

fase estacionária, polaridade, pH, força de diluição<br />

e outras características físico-químicas<br />

que irão auxiliar no processo de separação. O<br />

emprego de Solução Tampão pode resultar<br />

em melhor eficiência analítica (simetria do<br />

sinal analítico, fator cauda, resolução entre<br />

sinais, reprodutibilidade).<br />

5. Modificadores Orgânicos – São solventes<br />

orgânicos polares utilizados com o propósito de<br />

otimizar o método a partir da redução do tempo<br />

da corrida cromatográfica e do aumento a seletividade.<br />

Comumente utilizado, quando um dos<br />

parâmetros físico-químicos utilizado para separação<br />

é a polaridade.<br />

6. Pareadores Iônicos - Usados quando precisa-se<br />

modular o fator de retenção dos analitos<br />

de interesse com a fase estacionária com o<br />

propósito de solucionar o problema da falta de<br />

simetria dos picos de interesse. Entretanto, deve-se<br />

avaliar os potenciais impactos do emprego<br />

de pareadores iônicos na fase móvel e na coluna<br />

cromatográfica.<br />

Outras configurações do equipamento e análises<br />

preliminares que fazem parte do desenvolvimento<br />

de métodos, também são imprescindíveis<br />

para configuração correta do equipamento,<br />

como a seleção do fluxo, o modo de eluição (isocrático<br />

ou gradiente), volume de injeção, seletividade<br />

e avaliação do perfil cromatográfico.<br />

A validação do método deve ser uma etapa<br />

posterior ao desenvolvimento, principalmente,<br />

para comprovar cientificamente que a pergunta<br />

realizada durante o desenvolvimento foi respondida<br />

adequadamente, confiabilidade, robustez e<br />

atestar a adequabilidade do método ao que foi<br />

proposto.<br />

Desta maneira, o setor de P&D analítico envolve<br />

estudos, avaliações e otimizações de<br />

vários parâmetros e fatores analíticos, desde o<br />

levantamento de hipóteses científicas e busca<br />

de referências em bancos de dados, até o preparo<br />

de amostras, configuração e adequação do<br />

sistema cromatográfico e estudos in sílico, desde<br />

que todas as etapas sejam fundamentadas em<br />

conhecimentos científicos.<br />

Referências<br />

BLYSTONE, Robert V.; BLODGETT, Kevin. WWW:<br />

the scientific method. Cbe—life Sciences<br />

<strong>Ed</strong>ucation, [s.l.], v. 5, n. 1, p. 7-11, mar. 2006.<br />

American Society for Cell Biology (ASCB). http://<br />

dx.doi.org/10.1187/cbe.05-12-0134.<br />

DOLAN, John W.; SNYDER, Lloyd R.. Method<br />

development in liquid chromatography. Liquid<br />

Chromatography, [s.l.], p. 375-388, 2017. Elsevier.<br />

http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-<br />

805393-5.00014-2.<br />

LAKKA, Narasimha S.; KUPPAN, Chandrasekar.<br />

Principles of Chromatography Method Development.<br />

Dna Sequencing - Molecular Analysis Tools<br />

[working Title], [s.l.], 26 out. 2019. IntechOpen.<br />

http://dx.doi.org/10.5772/intechopen.89501.<br />

Ingrid Ferreira Costa<br />

Mestranda em Ciências Farmacêuticas (UNIFESP) atuando na linha de pesquisa de Desenvolvimento e Inovação Farmacêutica focado no<br />

estudo metabolômico de microrganismos e plantas medicinais. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas (UNIFESP e FASB).<br />

CEO da Biochemie Consultoria, Empreendedora Científica, Especialista em P&D, sobretudo, em executar investigações analíticas e<br />

know-how em desenvolver novas metodologias analíticas.<br />

E-mail: cif.ingrid@gmail.com<br />

Carlos <strong>Ed</strong>uardo Rodrigues Costa<br />

Graduado em Farmácia – Habilitação Industrial pela UFMG, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui<br />

mais de 15 anos de experiência na gestão de laboratórios analíticos (Controle de Qualidade, Estabilidade e Desenvolvimento e Validação<br />

Analítica). Já atuou como gestor das áreas de Desenvolvimento Farmacêutico e Validação de Processos de na Indústria Farmacêutica.<br />

Atualmente, atua como gestor de Controle de Qualidade (Físico-químico, Microbiológico, Embalagem, Estabilidade e P&D Analítico),<br />

P&D Farmacêutico e Validação de Processos. Interessa-se por gestão de pessoas e projetos, EAD, Análise Instrumental<br />

E-mail: cif.ingrid@gmail.com<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Jun/Jul 2020<br />

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