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Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação<br />
2. Sistema de Detecção – Os exemplos mais<br />
comuns são a Espectroscopia no Ultravioleta-Visível,<br />
Espectrometria de Massas, Fluorescência,<br />
Índice de Refração, Dispersão de Luz por Evaporação<br />
“Light Scattering” – ELSD, Detector de Aerosol<br />
Carregado – CAD, entre outros. A escolha<br />
deve ser baseada nas características moleculares<br />
dos analitos e vinculadas ao propósito da metodologia,<br />
seja qualitativa ou quantitativa.<br />
3. Coluna (Fase Estacionária) - Sua escolha<br />
depende das características físico-químicas dos<br />
analitos, da fase móvel, da complexidade da<br />
matriz analítica, do mecanismo de separação<br />
(líquido-líquido, líquido-sólido, troca iônica,<br />
exclusão, afinidade ou quiralidade) e das interações<br />
desejadas entre este fatores para pesquisa<br />
e definição do recheio/fase estacionária mais<br />
adequada ao método proposto. Além do tipo de<br />
recheio, as dimensões da coluna, tamanho de<br />
partícula (quando aplicável) e porosidade, por<br />
exemplo.<br />
4. Fase Móvel – A seleção deve ser feita<br />
analisando as interações dos analitos com a<br />
fase estacionária, polaridade, pH, força de diluição<br />
e outras características físico-químicas<br />
que irão auxiliar no processo de separação. O<br />
emprego de Solução Tampão pode resultar<br />
em melhor eficiência analítica (simetria do<br />
sinal analítico, fator cauda, resolução entre<br />
sinais, reprodutibilidade).<br />
5. Modificadores Orgânicos – São solventes<br />
orgânicos polares utilizados com o propósito de<br />
otimizar o método a partir da redução do tempo<br />
da corrida cromatográfica e do aumento a seletividade.<br />
Comumente utilizado, quando um dos<br />
parâmetros físico-químicos utilizado para separação<br />
é a polaridade.<br />
6. Pareadores Iônicos - Usados quando precisa-se<br />
modular o fator de retenção dos analitos<br />
de interesse com a fase estacionária com o<br />
propósito de solucionar o problema da falta de<br />
simetria dos picos de interesse. Entretanto, deve-se<br />
avaliar os potenciais impactos do emprego<br />
de pareadores iônicos na fase móvel e na coluna<br />
cromatográfica.<br />
Outras configurações do equipamento e análises<br />
preliminares que fazem parte do desenvolvimento<br />
de métodos, também são imprescindíveis<br />
para configuração correta do equipamento,<br />
como a seleção do fluxo, o modo de eluição (isocrático<br />
ou gradiente), volume de injeção, seletividade<br />
e avaliação do perfil cromatográfico.<br />
A validação do método deve ser uma etapa<br />
posterior ao desenvolvimento, principalmente,<br />
para comprovar cientificamente que a pergunta<br />
realizada durante o desenvolvimento foi respondida<br />
adequadamente, confiabilidade, robustez e<br />
atestar a adequabilidade do método ao que foi<br />
proposto.<br />
Desta maneira, o setor de P&D analítico envolve<br />
estudos, avaliações e otimizações de<br />
vários parâmetros e fatores analíticos, desde o<br />
levantamento de hipóteses científicas e busca<br />
de referências em bancos de dados, até o preparo<br />
de amostras, configuração e adequação do<br />
sistema cromatográfico e estudos in sílico, desde<br />
que todas as etapas sejam fundamentadas em<br />
conhecimentos científicos.<br />
Referências<br />
BLYSTONE, Robert V.; BLODGETT, Kevin. WWW:<br />
the scientific method. Cbe—life Sciences<br />
<strong>Ed</strong>ucation, [s.l.], v. 5, n. 1, p. 7-11, mar. 2006.<br />
American Society for Cell Biology (ASCB). http://<br />
dx.doi.org/10.1187/cbe.05-12-0134.<br />
DOLAN, John W.; SNYDER, Lloyd R.. Method<br />
development in liquid chromatography. Liquid<br />
Chromatography, [s.l.], p. 375-388, 2017. Elsevier.<br />
http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-<br />
805393-5.00014-2.<br />
LAKKA, Narasimha S.; KUPPAN, Chandrasekar.<br />
Principles of Chromatography Method Development.<br />
Dna Sequencing - Molecular Analysis Tools<br />
[working Title], [s.l.], 26 out. 2019. IntechOpen.<br />
http://dx.doi.org/10.5772/intechopen.89501.<br />
Ingrid Ferreira Costa<br />
Mestranda em Ciências Farmacêuticas (UNIFESP) atuando na linha de pesquisa de Desenvolvimento e Inovação Farmacêutica focado no<br />
estudo metabolômico de microrganismos e plantas medicinais. Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas (UNIFESP e FASB).<br />
CEO da Biochemie Consultoria, Empreendedora Científica, Especialista em P&D, sobretudo, em executar investigações analíticas e<br />
know-how em desenvolver novas metodologias analíticas.<br />
E-mail: cif.ingrid@gmail.com<br />
Carlos <strong>Ed</strong>uardo Rodrigues Costa<br />
Graduado em Farmácia – Habilitação Industrial pela UFMG, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Possui<br />
mais de 15 anos de experiência na gestão de laboratórios analíticos (Controle de Qualidade, Estabilidade e Desenvolvimento e Validação<br />
Analítica). Já atuou como gestor das áreas de Desenvolvimento Farmacêutico e Validação de Processos de na Indústria Farmacêutica.<br />
Atualmente, atua como gestor de Controle de Qualidade (Físico-químico, Microbiológico, Embalagem, Estabilidade e P&D Analítico),<br />
P&D Farmacêutico e Validação de Processos. Interessa-se por gestão de pessoas e projetos, EAD, Análise Instrumental<br />
E-mail: cif.ingrid@gmail.com<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Jun/Jul 2020<br />
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