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Gestão Hospitalar N.º 21 2020

Despacho não, despachem-se! Tudo mudou. Portugal recomeçou Recuperar, reorganizar e reconstruir: saúde de novo a prioridade Uma visão sustentável da saúde com bem-estar Retoma do sistema de saúde: antigas e novas preocupações Planeamento: uma necessidade premente! Resposta à Covid-19: o que foi feito e o que há para fazer O laboratório militar no apoio ao SNS e à sociedade civil A resposta da emergência médica e os impactos no tempo com a Covid-19 SNS24: a porta aberta do SNS Utopia ou não utopia, eis a questão Arrumar a casa depois do tsunami Covid Covid-19 e doença cardiovascular: da pandemia, um olhar para o futuro? A integração de cuidados pós-Covid-19: do “novo normal” a um “normal novo” “Fique em casa” tornou-se viral e resultou Diabetes e Covid-19: cronologia de uma relação pouco feliz Operação Luz Verde: hospitais mais próximos dos doentes Persistir em devir. Do Éden ao purgatório? A oportunidade dos CRI no pós-Covid-19 Contributos da Coordenação Nacional de Emergência da Cruz Vermelha na resposta à pandemia Estimativa de custos dos internamentos potencialmente evitáveis em Portugal Modelos de acesso ao sistema de saúde em situações de urgência 7ª edição do prémio vai distinguir projetos desenvolvidos no âmbito da resposta à pandemia Participação do cidadão na era da Covid-19 APAH lança academia de formação em formato digital

Despacho não, despachem-se!
Tudo mudou. Portugal recomeçou
Recuperar, reorganizar e reconstruir: saúde de novo a prioridade
Uma visão sustentável da saúde com bem-estar
Retoma do sistema de saúde: antigas e novas preocupações
Planeamento: uma necessidade premente!
Resposta à Covid-19: o que foi feito e o que há para fazer
O laboratório militar no apoio ao SNS e à sociedade civil
A resposta da emergência médica e os impactos no tempo com a Covid-19
SNS24: a porta aberta do SNS
Utopia ou não utopia, eis a questão
Arrumar a casa depois do tsunami Covid
Covid-19 e doença cardiovascular: da pandemia, um olhar para o futuro?
A integração de cuidados pós-Covid-19: do “novo normal” a um “normal novo”
“Fique em casa” tornou-se viral e resultou
Diabetes e Covid-19: cronologia de uma relação pouco feliz
Operação Luz Verde: hospitais mais próximos dos doentes
Persistir em devir. Do Éden ao purgatório?
A oportunidade dos CRI no pós-Covid-19
Contributos da Coordenação Nacional de Emergência da Cruz Vermelha na resposta à pandemia
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7ª edição do prémio vai distinguir projetos desenvolvidos no âmbito da resposta à pandemia
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GH comunicação<br />

"FIQUE EM CASA" tornou se<br />

viral e resultou<br />

Dulce Salzedas<br />

Jornalista<br />

Olhando quatro meses para trás, a<br />

frase "fique em casa" é muito provavelmente<br />

o que melhor caracteriza<br />

a forma como vivemos os<br />

meses de fevereiro, março e abril.<br />

As autoridades de saúde pediram-nos para nos afastarmos<br />

uns dos outros e nós cumprimos<br />

Os louros desse confinamento, que ajudaram a diminuir<br />

o número de infetados e a encontrar o tal<br />

planalto de que tantas vezes ouvimos falar, deve-se<br />

única e exclusivamente aos portugueses. E não foi<br />

porque, por sua iniciativa, decidissem ficar confinados.<br />

Foi porque o chavão comunicacional de "fique<br />

em casa" tornou-se de tal forma viral que resultou.<br />

O desconfinamento deveria também ter sido acompanhado<br />

de outros chavões, de outras mensagens fortes.<br />

Diferentes das que foram usadas na primeira fase da<br />

pandemia, mas igualmente eficazes para tornar fácil a<br />

compreensão do que estava e está a acontecer.<br />

Mas ao contrário do que aconteceu com o "fique em<br />

casa", ninguém se lembrará agora de nenhuma mensagem<br />

decorrente do desconfinamento. E não se<br />

lembra, pura e simplesmente porque ela não aconteceu.<br />

A única mensagem que tem passado e que<br />

está em cartazes, painéis informativos é o "protejase".<br />

Mas proteger pode querer dizer muitas coisas.<br />

A comunicação feita pelas autoridades de saúde durante<br />

o desconfinamento é confusa: fala-se em proibição<br />

de ajuntamentos de 10 ou 20 pessoas, mas<br />

depois os transportes públicos estão sobrelotados.<br />

E não se diz por exemplo que esses ajuntamentos<br />

obrigam ao uso de máscara e à distância social. Até<br />

os apelos iniciais à lavagem das mãos e à higienização<br />

dos teclados, telefones, mesas e outros objetos foram<br />

sendo abandonados.<br />

E já não falo da confusão gerada à volta do uso ou<br />

não de máscara. Com uns a dizerem que ela era imprescindível,<br />

outros a negligenciarem o seu uso.<br />

Por outro lado, há as dúvidas geradas sobre os números<br />

diários de infetados e as diferenças entre<br />

dados nacionais e dados por concelho. Não tenho<br />

qualquer dúvida de que não há nenhuma intenção<br />

da Direção Geral da Saúde ou até do Ministério em<br />

esconder números. Mas sei também que esta espécie<br />

de desarmonia entre uns e outros dados geram<br />

desconfiança e incerteza que desmotivam qualquer<br />

um a tomar medidas de redução de riscos.<br />

Sabemos que em Portugal os dados em saúde nunca<br />

foram o nosso melhor atributo: sempre houve atrasos<br />

e discrepâncias. De certa forma, sempre houve<br />

uma espécie de desarrumação nos dados, quer<br />

porque quem os devia notificar - centros de saúde,<br />

hospitais, administrações regionais de saúde, laboratórios<br />

- não tem tempo para o fazer, dada a complexidade<br />

dos formulários, quer porque quem os colige<br />

os recebe tarde e a más horas.<br />

É uma imperfeição do nosso sistema informação em<br />

saúde que tem de ser reconhecida e assumida.<br />

O Serviço Nacional de Saúde merece um sistema de<br />

informação simples, eficaz e capaz.<br />

Comunicar de outra forma valerá a pena? Trará ganhos?<br />

Sim porque é de ganhos em saúde que se trata<br />

quando se fala em comunicar saúde.<br />

Aliás, comunicação, prevenção e literacia estão profundamente<br />

ligadas quando se fala em saúde. E o<br />

capital investido numa comunicação adequada e diferenciada<br />

consoante o público/alvo que se pretende<br />

atingir é capital ganho na adesão a medidas de prevenção<br />

e de redução de riscos.<br />

A forma como comunicamos é essencial na obtenção<br />

de bons resultados.<br />

E numa pandemia, é mais do que essencial: pode<br />

mesmo salvar vidas. Ã<br />

Obrigado a todos<br />

pela partilha e troca<br />

de experiências nos últimos<br />

cinco meses, foram:<br />

+ de 30 parceiros envolvidos<br />

+ de 40 temas em discussão<br />

+ de 60 sessões de partilha conhecimento online<br />

+ de 200 peritos nacionais e internacionais<br />

+ de 500 mil visualizações no<br />

em + de 40 países<br />

Parceiros institucionais:<br />

Com o apoio:<br />

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