a Figura de destaquetante é que temos um CRM muito forte, sabemos tudosobre o cliente, temos um conjunto de informações sobreo ciclo e o customer journey, como se costuma dizer,e, por isso, é preciso ter um CRM bastante elaborado –não tem de ser complexo, mas tem que se ter uma boaleitura daquilo que sucede para a procura da satisfaçãodo consumidor. Ou seja, o grande foco é o foco cliente,colocar o cliente, de facto, na base de toda a estratégia.Muitas vezes, a procura do ganho muito rápido dodigital não é fácil, é preciso investimento. Por vezes,Paulo Mateus Pinto defende aposta digital focada no clienteconsoante os consumidores há lifetime values diferentese é preciso saber investir para o retorno do esforçoque é feito. Isso, muitas vezes nas estruturas portuguesasnão é entendido. Agora, há um aspeto muitopositivo para o digital no caso das PME portuguesas: éque nós que somos um país pequeno, que sempre andámosa queixar-nos do mercado pequeno que temose temos aqui, ao fim e ao cabo, o mundo inteiro à nossadisposição, porque os portugueses não têm problemascom línguas, falamos várias línguas. Adaptar um websiteao português, ao inglês e ao espanhol, que só essastrês línguas já terão uma abrangência enorme emtermos de consumidor final, é o que temos de fazer. Étermos uma estratégia focada para isso e entender queum mercado de dez milhões pode passar automaticamentepara 400 ou 500 milhões. E aí, ao estarmos em400 ou 500 milhões, o nosso concorrente não é o vizinhodo lado, é a organização em Londres, em Paris,em Nova Iorque, em Xangai e isso é que é importante etemos de ser eficientes. Para sermos eficientes, temosde ter um produto de qualidade, diferenciador ou nãoe, sobretudo, um serviço exímio, porque aquilo que aspessoas mais querem, muitas vezes, é um serviço dequalidade com um produto que venha corresponderàquilo que as pessoas querem. As pessoas compramum produto, compram um espírito, de facto, uma experiênciae é isso que temos de saber dar-lhes. Por isso,para as PME, é inequivocamente um mercado que se30abre e que permite uma janela de oportunidade, mastemos de saber estruturar-nos para isso. Quem já faziaexportação sabe o quão difícil é fazer exportação.O digital é isso! O digital é sermos perfeitos, é vermosum conjunto de variáveis que temos de dominar, não sóvariáveis de marketing, muitas variáveis operacionais,de logística, de distribuição e assim sucessivamente,para corresponder às necessidades que os consumidoresprocuram em nós.PME Mag. – A vossa aposta no CRM começamuito antes do digital?P. M. P. – É evidente que uma empresacomo a nossa sempre teve um data basemuito, muito forte e que evoluiu. O mundoda internet traz duas variáveis muito fortesà parte do CRM que é: a capacidadede tratarmos muitos dados e a velocidadede tratamento dos dados. Ou seja, a internetfornecia um conjunto de informações,precisávamos de armazenamento – eagora temos – e precisávamos de velocidadepara tratar os dados e foi o que sucedeu.Basicamente, foi capitalizar a tecnologia,porque já quase há 30 anos, emPortugal, utilizávamos técnicas de CRMmuito desenvolvidas.“O FIM DO CICLO”PME Mag. – A abertura de uma loja derua para um negócio 100% online é invulgar,o que significa no contexto estratégico damarca em Portugal?P. M. P. – Significa o fim do ciclo, fecharmos o cicloe corresponder às necessidades do consumidor, que éo seguinte: evidentemente, temos consumidores paraos produtos que vendemos que necessitam de os poderver. Estamos a falar cada vez mais de ambientesde casa, de salas ou de quartos e, inequivocamente, émuito mais fácil poder passar ao ato da compra vendo oproduto. Essa loja tem como objetivo apoiar caso hajadúvidas e consolidar a compra do consumidor, dando--lhe garantias, dando-lhe segurança. Temos de compreendero seguinte: uma peça de roupa tinha um preçode venda médio, uma peça de mobiliário é muito maiscara, o nível de risco é maior e é para, de facto, reduziresse risco e consolidar a expectativa que vamos abriressa loja. Estamos a fazer tudo para que a loja abra naúltima semana de outubro, entre dia 20 a 28 de outubroteremos a primeira loja aberta em Lisboa.PME Mag. – O que é que o consumidor La Redoutevai poder experienciar nesta loja de diferente?P. M. P. – Vai poder ter uma experiência de compra diferente,porque todas as dúvidas que tiver vão ser esclarecidas,vai ver o produto ao vivo, um conjunto deambientes que vamos colocar, ambientes de casa, desala, de quartos e vai poder esclarecer algumas dúvidase, sobretudo, sair sem receio de fazer uma compramais importante para ele.
INCLUI- Cinco e-books com entrevistas às primeirasfiguras de capa da PME MagazineOU- Sessão de consultoria de comunicação empresarialASSINE EM:PMEMAGAZINE.SAPO.PT/ASSINATURA/