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Revista Newslab 162

Revista Newslab Edição 162

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INFORME DE MERCADO<br />

Uso do marcador D-Dímero no diagnóstico de trombose em mulheres<br />

O marcador D-Dímero indica a formação<br />

de coágulos sanguíneos no<br />

organismo e é um importante teste<br />

complementar para diagnóstico de<br />

diversas doenças, inclusive COVID-19.<br />

Mas a sua principal utilização se dá na<br />

triagem e diagnóstico de pacientes<br />

com trombose. Pesquisas apontam<br />

que mulheres de 20 a 40 anos são<br />

as mais afetadas pela condição, pois<br />

estão mais expostas aos fatores de<br />

risco da doença. Desta forma, o teste<br />

D-Dímero é utilizado como uma das<br />

ferramentas para acompanhamento<br />

da saúde da mulher.<br />

D-dímero: o que é?<br />

O corpo humano possui um sistema<br />

de coagulação que permite estancar<br />

sangramentos de forma rápida e<br />

eficaz. Em caso de lesões, o fibrinogênio,<br />

uma proteína necessária para<br />

que as plaquetas se juntem e deem<br />

início ao processo de coagulação, é<br />

ativado. No processo de coagulação,<br />

ele se converte em fibrina. Quando<br />

a lesão é curada, outro elemento, a<br />

plasmina, digere a fibrina do coágulo<br />

(também chamado de trombo).<br />

Desse processo de degradação do<br />

coágulo, são liberados na corrente<br />

sanguínea alguns fragmentos, entre<br />

eles, o D-Dímero.<br />

Todo o processo de coagulação, assim<br />

como a liberação dos elementos<br />

bioquímicos relacionados, são normais<br />

ao organismo e importantes para seu<br />

funcionamento correto. Entretanto, distúrbios<br />

genéticos ou hábitos não saudáveis<br />

podem desencadear a produção<br />

de coágulos onde não há sangramentos.<br />

Sendo assim, a quantificação do<br />

D-Dímero no organismo pode auxiliar<br />

no diagnóstico de distúrbios relacionados<br />

à coagulação sanguínea.<br />

A formação de coágulos sanguíneos<br />

no organismo também é conhecida<br />

por tromboembolismo venoso<br />

(TEV). O termo inclui as condições<br />

Trombose Venosa Profunda (TVP) ou<br />

Embolia Pulmonar (EP).<br />

Importante apontar que níveis elevados<br />

de D-Dímero no organismo são<br />

comuns após cirurgias, traumas ou<br />

infecções. Entretanto, também podem<br />

indicar Trombose Venosa Profunda ou<br />

Embolia Pulmonar. Cabe ao profissional<br />

de saúde avaliar resultado do exame<br />

junto a outros fatores.<br />

Quantificação do D-Dímero e<br />

saúde da mulher<br />

A trombose é uma doença que pode<br />

atingir homens e mulheres. Entretanto,<br />

segundo o Ministério da Saúde, a condição<br />

tem maior incidência nas mulheres,<br />

considerando indivíduos de 20 a<br />

40 anos. Isso porque pessoas do sexo<br />

feminino, principalmente nessa faixa<br />

etária, têm maior exposição a alguns<br />

fatores de risco, como anticoncepcionais,<br />

gestações e reposição hormonal.<br />

Mulheres em idade reprodutiva que<br />

fazem uso de método contraceptivo<br />

como estrogênio podem ter risco aumentado<br />

de três a seis vezes. Durante<br />

a gestação, o risco de trombose aumenta<br />

seis vezes. No período até 40<br />

dias pós-parto, o risco pode ser 15<br />

vezes maior. Tendo em vista estes fatores,<br />

a quantificação do D-Dímero se<br />

torna uma importante ferramenta no<br />

processo de acompanhamento para<br />

mulheres com elevados fatores de<br />

risco. Busca-se, desta forma, diagnosticar<br />

o tromboembolismo venoso de<br />

forma antecipada, evitando que a doença<br />

avance e tenha riscos agravados.<br />

O tromboembolismo venoso pode<br />

ser completamente assintomático, assim<br />

como pode apresentar sintomas<br />

como inchaço, dor ou sensibilidade nos<br />

membros inferiores, pele vermelha ou<br />

arroxeada, aumento da temperatura e<br />

rigidez no local. É importante ressaltar<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020

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