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Revista Newslab 162

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Autores: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce Carvalho Negreiros;<br />

Kelen Cristina da Silva.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

influenciador no resultado do exame.<br />

O laboratório deveria se certificar<br />

de que o paciente compreendeu as<br />

instruções recomendadas. Os laboratórios<br />

fornecem as instruções impressas,<br />

sendo essa a preferência de<br />

57,4% dos pacientes entrevistados.<br />

A Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica, no livro de recomendações<br />

para exames de sangue, salienta que<br />

as instruções devem ser transmitidas<br />

de forma verbal ou escrita em<br />

linguagem simples para que haja a<br />

compreensão do paciente.<br />

As instruções de coleta disponíveis na<br />

internet tem a preferência de 33,3%<br />

dos entrevistados sendo um recurso<br />

moderno que pode auxiliar se as fontes<br />

de procura forem confiáveis. Vale<br />

ressaltar que 29,8% afirma que em algumas<br />

situações as instruções não são<br />

apresentadas de maneira esclarecedora.<br />

Ainda sobre esta questão 93,6%<br />

declara que as ilustrações e desenhos<br />

contribuiriam no entendimento das<br />

instruções.<br />

Na fase pré analítica há algumas condições<br />

de variações que podem interferir<br />

na exatidão dos resultados, por isso<br />

é importante que se conheça, controle<br />

e se evite essas interferências. (Fatores<br />

pré Analíticos e Interferentes em ensaios<br />

laboratoriais, SBPC). Neste item<br />

55,3% afirma buscar esclarecimentos<br />

em caso de dúvidas em exames que<br />

apresentam regras sobre jejum, como<br />

a ingestão de água, que para 51,1%<br />

dos participantes interfere nos resultados<br />

de exames laboratoriais. Quando a<br />

orientação não é seguida integralmente,<br />

80,9% comunicam ao laboratório;<br />

10,6% às vezes e 8,5% não comunicam<br />

o ocorrido.<br />

De forma habitual o jejum é solicitado<br />

nos exame de sangue. O período<br />

indicado é de 8 horas, podendo<br />

ser reduzido a 4 horas na maioria dos<br />

exames e em casos especiais sendo<br />

em crianças de baixa idade, se reduz<br />

a uma ou duas horas. Realizar um<br />

exame após uma refeição pode alterar<br />

a turbidez do soro, o que pode interferir<br />

em algumas metodologias. O<br />

jejum prolongado acima de 16 horas<br />

deve ser evitado. (Recomendações<br />

da Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica para Coleta de Sangue<br />

Venoso, página 4). Nos exames para<br />

diagnóstico do diabetes é necessário<br />

jejum de 8 horas. Para o perfil lipídico<br />

é de 12 horas devido a dosagem<br />

de triglicerídeos.<br />

Em relação a água, 51,1% dos<br />

entrevistados acredita que há inteferência<br />

no jejum, enquanto que<br />

48,9% não concorda (Gráfico 2).<br />

A água, de acordo com o Instituto<br />

de Análises Clínicas de Santos, não<br />

interfere no jejum para exames de<br />

sangue, inclusive é recomendada,<br />

pois hidrata enchendo as veias facilitando<br />

a punção sanguínea. A água<br />

deve ser tomada pura e de forma<br />

moderada. Já em exames de urina<br />

não deve ser ingerida pois pode<br />

ocorrer a diluição da amostra.<br />

Sobre os dados patológicos, 80,9%<br />

não possui doenças crônicas ou agudas<br />

enquanto 19,1% possui. Não foi questionado<br />

quanto ao uso de medicamentos<br />

contínuos. Em alguns exames eles<br />

devem ser interrompidos ou informado<br />

sobre o uso ao laboratorista pois podem<br />

causar variações nos resultados dos exames.<br />

Eles podem causar efeitos fisiológicos<br />

na indução e inibição de enzimas,<br />

pode haver competição metabólica, e a<br />

própria ação farmacológica. Do ponto de<br />

vista da análise da amostra os medicamentos<br />

podem causar reações cruzadas.<br />

O uso do cigarro no dia da coleta<br />

pode interferir no resultado de alguns<br />

exames. Sobre os entrevistados, 100%<br />

relata suspender o uso quando solicitado<br />

nas instruções. Entretanto no<br />

artigo escrito por Ramos Ludimila et<br />

al; intitulado: “Avaliação de variáveis<br />

pré-analíticas em exames laboratoriais<br />

de pacientes atendidos no Laboratório<br />

Central de Vitória da Conquista, Bahia,<br />

Brasil” foi constatado que 84,2% dos<br />

pacientes fumaram no dia da coleta ou<br />

no dia anterior. No exame foi identificado<br />

o possível aumento de eritrócitos<br />

em pacientes tabagistas. Isso se deve<br />

a afinidade do monóxido de carbono<br />

e a hemoglobina, desta forma o organismo<br />

produz mais eritróxitos para<br />

aumentar os sítios de ligação entre o<br />

oxigênio. De acordo com SBPC o uso do<br />

cigarro pode elevar a concentração de<br />

leucócitos, o nível de adrenalina, aldosterona,<br />

antígeno carcinoembriônico,<br />

cortisol bem como reduzir a concentração<br />

de colesterol bom, o HDL.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020

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