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TECNOLOGIA
PIX
CRONOGRAMA DO OPEN BANKING
FABIANO FERREIRA,
da Wiz B2Digital
CPF, tenho conta corrente em um banco
e produtos financeiros. A maioria dos segurados
possui um conjunto de produtos
com uma série de informações. O brasileiro
comum não se lembra exatamente do
que possui”, brinca Ferreira.
A partir de outubro do próximo
ano, obrigatoriamente, todas as informações
dos clientes ficam disponíveis para
todas as empresas de tecnologia do país,
bastando o cliente ter uma carteira digital
que organizará os dados. “Com isso
em mãos, estas empresas conseguem visualizar
de forma completa todos os produtos
que o consumidor possui e pode
oferecer soluções customizadas e com
custos mais baixos”, adianta Ferreira.
A concorrência a partir do próximo
ano virá não apenas dos corretores de seguros,
mas também de fintechs, startups
MARTA SCHUH,
da Marsh Brasil
O processo do open banking será implementado em quatro
fases. Começa em 30 de novembro de 2020 e vai até outubro
de 2021. “Ao final de 2021, o open banking estará operando
plenamente no Brasil”, disse o diretor de Regulação do BC.
Na primeira fase, os participantes devem divulgar
informações dos produtos e serviços que oferecem. Terceiros
poderão consultar as informações, reunir as informações e
comparar.
Na segunda fase, haverá o compartilhamento dos dados
dos clientes. Os clientes devem autorizar. Só depois os dados
podem ser compartilhados. Esta fase deve ser finalizada até maio
de 2021 para a divulgação das transações dos clientes.
Na terceira fase, ocorre a iniciação de transações de
pagamentos. Será finalizada até agosto de 2021.
Na quarta fase, ocorre a expansão dos serviços, até outubro
de 2021.
de todos os gêneros e categorias, empresas que consigam condições
melhores para o cidadão, de seguros a produtos de crédito.
A premissa é que para alguém ter acesso a seus dados é
necessária uma autorização. Marta Schuh, líder de cyber da Marsh
Brasil, enxerga novas possibilidades com a chegada do Pix, e afirma
que a revolução digital provocada pelo Pix também deve trazer novos
riscos para os quais as instituições financeiras devem se atentar,
especialmente em relação aos dados pessoais dos indivíduos, que
estarão mais expostos perante à Lei Geral de Proteção de Dados. Há
também a resolução 4658, do Bacen, que, consequentemente, implica
em um cumprimento. “Aumentou a procura pelo seguro ciber,
mas, em paralelo, vemos também um possível aumento das fraudes,
com a migração dos crimes para o âmbito digital”.
Na avaliação da especialista, o mercado segurador deve observar
uma alavancagem nestas áreas, com consequente aumento
dos sinistros também. Haverá um período de adaptação, após a evolução
do Pix. Depois dos ajustes, será possível verificar como será o
desafio para os bancos, que farão transações 24 x 7.
Se por um lado haverá a vantagem da queda do custo de
pagamento, por outro, o charge back (quando há pagamento fraudulento)
pode aumentar. “As empresas cadastradas estarão sujeitas
junto às instituições bancárias, que serão os sponsors desta nova
fase. Elas terão que entrar com níveis de adequações de segurança
para tornar o processo operacional. As grandes empresas devem ser
as primeiras a aderirem ao Pix”, prevê Marta.
O Pix teve origem na China, lugar em que as pessoas praticamente
não utilizam mais dinheiro em espécie. O usuário deve se
atentar ao seu cadastro, porque o banco não irá se responsabilizar
pelas possíveis fraudes.
No Brasil, as seguradoras ainda têm restrições para produtos
com coberturas contra fraudes, como já existe na Europa, por exemplo.
Segundo dados publicados pela Federação Brasileira de Bancos,
as fraudes que utilizam nomes de bancos e instituições financeiras
aumentaram 44% durante a pandemia.
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