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Revista Apólice #260

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um pouco mais de risco na carteira. Nesse ponto, o trabalho do

assessor de investimentos se torna bem importante para auxiliar o

cliente a montar a carteira mais diversificada”, ensina Tatiane.

Para o diretor de Mercado da MAG Seguros, Alfeo Marchi,

os planos de previdência seguem sendo uma importante forma de

as pessoas planejarem o futuro. Mas ele alerta para dois aspectos

que precisam ser observados nesse cenário: o perfil de investidor

da pessoa e, consequentemente, os fundos nos quais as contribuições

previdenciárias estarão alocadas: “Os analistas de mercado da

MAG Investimentos, gestora de ativos do Grupo Mongeral Aegon,

sempre comentaram que era fácil ser conservador quando tínhamos

uma Selic a 14%. É preciso agora correr mais riscos, mas sem

comprometer a formação de reserva.”

Quanto menor a taxa de juros, maior é a importância do diferimento

tributário dos planos de previdência PGBL, é o que endossa

Lacerda, da Bradesco Vida e Previdência. Ele recomenda esse investimento

a todos que pagam Imposto de Renda. “Certamente não existe

melhor”, garante ele. Outro ponto destacado por Lacerda é que,

com a redução dos juros, para obter-se o rendimento com o qual

o investidor estava acostumado, será necessário correr maior risco.

“Por isso, montamos um portfólio de produtos completo para atender

essa demanda dos clientes. Obviamente, a oferta de produtos

de maior volatilidade exige o adequado suitability, ou seja, a correta

avaliação do perfil de risco do cliente, conclui o executivo.

NOVOS HÁBITOS FINANCEIROS DAQUI EM DIANTE

Ao que tudo indica, a crise econômica deflagrada pela pandemia

está mexendo profundamente com os hábitos financeiros

dos brasileiros. Recente pesquisa do Ibope Inteligência mostra

que nove entre dez brasileiros mudaram a gestão de suas rendas.

Para a pesquisa foram ouvidas 2 mil pessoas das classes A, B e C

com acesso à internet. Do total de entrevistados, 51% afirmam terem

reduzido gastos e 27% agora guardam recursos para possíveis

intempéries futuras. Esse cenário mostra-se favorável para que o

mercado diversifique ainda mais a carteira de produtos previdenciários,

afinal as pessoas estão vivendo mais e a oferta de previdência

deve ser precisamente desenhada e estruturalmente bem

direcionada.

Para Marchi, esse é o ponto-chave da história: “As pessoas

estão vivendo cada vez mais. Esta vida mais longa exige, no entanto,

um planejamento financeiro mais assertivo. É nesta fase da vida,

a da aposentadoria, que os custos se tornam ainda mais elevados.

Precisamos considerar, ainda, que viveremos por mais tempo. Portanto

é de extrema relevância pensar no futuro por meio de um plano

de previdência privada o quanto antes, principalmente quando

também incluímos a este contexto a reforma da previdência social,

aprovada há um ano".

Na mesma linha de raciocínio, Ana Rita ressalta que o aumento

exponencial na expectativa de vida dos brasileiros demandará

mais cuidado com a construção financeira do futuro. O cenário é,

portanto, favorável para que o produto previdência privada se destaque,

justamente por ser uma ferramenta de planejamento financeiro

pessoal que visa a manutenção do padrão de vida no futuro.

TATIANE PORTO,

da Órama Investimentos

“Esse alargamento da expectativa de vida

também traz muitas preocupações, eis

que, ao longo do tempo, o contrato deverá

passar por reavaliações, adequações e

atenção máxima ao equilíbrio necessário

e tão delicado que acontece nos contratos

de longa duração, seja do ponto de

vista econômico ou social”, abrevia a advogada,

que complementa: “Importante

lembrar que não existe um produto ideal,

essa definição é bastante subjetiva. O melhor

produto é aquele que se enquadra

nas características e objetivos pessoais do

contratante, portanto, o aconselhamento

de um especialista faz toda a diferença na

hora da escolha.”

Para Sacchetto, a previdência

pública, que já não era suficiente no

passado, evidenciou, sobretudo após a

recentemente aprovada reforma, a necessidade

de se construir uma reserva

para o futuro: “Ao mesmo tempo em

que vivemos mais também somos produtivos

por mais tempo. O que conta

mesmo é começar o quanto antes a formação

da reserva para a aposentadoria,

com o objetivo de construir a independência

financeira e preservar o padrão

de vida. Vamos considerar, por exemplo,

a idade mínima de 65 anos para se aposentar

pela previdência pública e que

seja essa a mesma idade para usufruir de

uma previdência privada. O esforço para

quem começa a se planejar aos 20 anos

será muito menor de quem começar aos

50 anos. Não é o fato de estar vivendo

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