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um pouco mais de risco na carteira. Nesse ponto, o trabalho do
assessor de investimentos se torna bem importante para auxiliar o
cliente a montar a carteira mais diversificada”, ensina Tatiane.
Para o diretor de Mercado da MAG Seguros, Alfeo Marchi,
os planos de previdência seguem sendo uma importante forma de
as pessoas planejarem o futuro. Mas ele alerta para dois aspectos
que precisam ser observados nesse cenário: o perfil de investidor
da pessoa e, consequentemente, os fundos nos quais as contribuições
previdenciárias estarão alocadas: “Os analistas de mercado da
MAG Investimentos, gestora de ativos do Grupo Mongeral Aegon,
sempre comentaram que era fácil ser conservador quando tínhamos
uma Selic a 14%. É preciso agora correr mais riscos, mas sem
comprometer a formação de reserva.”
Quanto menor a taxa de juros, maior é a importância do diferimento
tributário dos planos de previdência PGBL, é o que endossa
Lacerda, da Bradesco Vida e Previdência. Ele recomenda esse investimento
a todos que pagam Imposto de Renda. “Certamente não existe
melhor”, garante ele. Outro ponto destacado por Lacerda é que,
com a redução dos juros, para obter-se o rendimento com o qual
o investidor estava acostumado, será necessário correr maior risco.
“Por isso, montamos um portfólio de produtos completo para atender
essa demanda dos clientes. Obviamente, a oferta de produtos
de maior volatilidade exige o adequado suitability, ou seja, a correta
avaliação do perfil de risco do cliente, conclui o executivo.
NOVOS HÁBITOS FINANCEIROS DAQUI EM DIANTE
Ao que tudo indica, a crise econômica deflagrada pela pandemia
está mexendo profundamente com os hábitos financeiros
dos brasileiros. Recente pesquisa do Ibope Inteligência mostra
que nove entre dez brasileiros mudaram a gestão de suas rendas.
Para a pesquisa foram ouvidas 2 mil pessoas das classes A, B e C
com acesso à internet. Do total de entrevistados, 51% afirmam terem
reduzido gastos e 27% agora guardam recursos para possíveis
intempéries futuras. Esse cenário mostra-se favorável para que o
mercado diversifique ainda mais a carteira de produtos previdenciários,
afinal as pessoas estão vivendo mais e a oferta de previdência
deve ser precisamente desenhada e estruturalmente bem
direcionada.
Para Marchi, esse é o ponto-chave da história: “As pessoas
estão vivendo cada vez mais. Esta vida mais longa exige, no entanto,
um planejamento financeiro mais assertivo. É nesta fase da vida,
a da aposentadoria, que os custos se tornam ainda mais elevados.
Precisamos considerar, ainda, que viveremos por mais tempo. Portanto
é de extrema relevância pensar no futuro por meio de um plano
de previdência privada o quanto antes, principalmente quando
também incluímos a este contexto a reforma da previdência social,
aprovada há um ano".
Na mesma linha de raciocínio, Ana Rita ressalta que o aumento
exponencial na expectativa de vida dos brasileiros demandará
mais cuidado com a construção financeira do futuro. O cenário é,
portanto, favorável para que o produto previdência privada se destaque,
justamente por ser uma ferramenta de planejamento financeiro
pessoal que visa a manutenção do padrão de vida no futuro.
TATIANE PORTO,
da Órama Investimentos
“Esse alargamento da expectativa de vida
também traz muitas preocupações, eis
que, ao longo do tempo, o contrato deverá
passar por reavaliações, adequações e
atenção máxima ao equilíbrio necessário
e tão delicado que acontece nos contratos
de longa duração, seja do ponto de
vista econômico ou social”, abrevia a advogada,
que complementa: “Importante
lembrar que não existe um produto ideal,
essa definição é bastante subjetiva. O melhor
produto é aquele que se enquadra
nas características e objetivos pessoais do
contratante, portanto, o aconselhamento
de um especialista faz toda a diferença na
hora da escolha.”
Para Sacchetto, a previdência
pública, que já não era suficiente no
passado, evidenciou, sobretudo após a
recentemente aprovada reforma, a necessidade
de se construir uma reserva
para o futuro: “Ao mesmo tempo em
que vivemos mais também somos produtivos
por mais tempo. O que conta
mesmo é começar o quanto antes a formação
da reserva para a aposentadoria,
com o objetivo de construir a independência
financeira e preservar o padrão
de vida. Vamos considerar, por exemplo,
a idade mínima de 65 anos para se aposentar
pela previdência pública e que
seja essa a mesma idade para usufruir de
uma previdência privada. O esforço para
quem começa a se planejar aos 20 anos
será muito menor de quem começar aos
50 anos. Não é o fato de estar vivendo
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