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sobre a iminência de um determinado fenômeno natural potencialmente
catastrófico, “Também atuamos no plano de contingência e os
ajudamos a se recuperarem mais rapidamente por meio de soluções
de seguro paramétrico. Essas soluções são ferramentas poderosas de
mitigação de riscos. Desde que sejam acionados pela medida direta
do clima ou índice Nat Cat, são extremamente rápidas, transparentes
e totalmente ajustáveis às necessidades do cliente”, afirma Godier.
SEGUROS PARAMÉTRICOS
Com a tecnologia, os seguros paramétricos - cobertura personalizada
que utiliza um parâmetro independente, geralmente um
índice meteorológico, para correlacionar fenômenos ambientais
com o fluxo de receitas ou a estrutura de custos – passaram a ser
uma alternativa interessante para diversas indústrias como a de produção
de energia, o agronegócio, o turismo e da moda, entre outras.
“O produto paramétrico oferecido pela Swiss Re Corporate
Solutions para os segmentos agrícola e de energia tem um conceito
simples”, explica Perondi. “A seguradora, o cliente e o seu corretor
acordam um parâmetro que vai disparar o gatilho de cobertura da
apólice. Esse parâmetro normalmente é ligado a variáveis climáticas,
como por exemplo excesso ou falta de chuva ou vento ou ainda
variações não esperadas em níveis de vazão de rios ou temperatura.
O contrato de seguro define o período em que o parâmetro precisa
ser atingido, a localização de cobertura e a empresa especializada
que determinará um parâmetro externo, o que assegura independência
no critério de apuração. Se, durante o período de vigência da
apólice, o parâmetro for atingido no período e localização contratados,
a indenização é feita conforme o contratado.”
O seguro paramétrico não indeniza a perda pura, mas antecipadamente
concorda em efetuar um pagamento na ocorrência de
um evento desencadeante. O “gatilho” é a expectativa de prejuízo,
e não o dano material direto. “O seguro paramétrico é uma solução
de gestão de risco que pode ser customizada para atender setores
como de energia, seja hidráulica ou eólica, setor agro, ou qualquer
outro setor que possa ser impactado por variações inesperadas”, informa
Eduardo Lucena, CEO da THB Brasil.
A THB Brasil possui um divisão específica para oferecer seguros
em agro e entre as soluções alternativas de transferência de riscos
oferecidas, a empresa inclui o seguro paramétrico. “Atualmente
as taxas praticadas pelo mercado tem sido uma barreira para as vendas”,
explica Lucena.
Perondi, da Swiss Re, lembra que o seguro paramétrico foi
originalmente concebido para o segmento de empresas médias e
grandes que, em geral, tem um nível do conhecimento técnico mais
amplo das soluções de transferência de risco que o segmento de
seguros oferece. “Porém existem esforços concretos para ampliar a
adoção do produto e vale a pena destacar a iniciativa brasileira de
permitir que os recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do
Seguro Rural (PSR) do governo federal sejam destinados também ao
seguro paramétrico”, informa.
Desde setembro, após autorização da Superintendência de
Seguros Privados (Susep), o Comitê Gestor Interministerial do Seguro
Rural aprovou a Resolução nº 79, que estabeleceu o percentual
STÉPHANE GODIER,
da AXA Climate
de subvenção ao prêmio de 20% para o
seguro paramétrico, para qualquer atividade.
“Trata-se de uma decisão inovadora
e muito pertinente e que deve impulsionar
o produto em novos segmentos de
empresas”, comemora.
Com dezenas de programas de
seguros paramétricos no Brasil e na
América Latina, a AON acredita que este
tipo de cobertura é viável para várias
atividades, como Energias Renováveis,
Agricultura, Infraestrutura & Construção,
Turismo e Hotelaria, Transportes, entre
outras. “Tudo que tenha um parâmetro
com histórico confiável, mensurável por
entidades independentes, e que tenha
uma boa correlação entre as perdas ocorridas
no passado com os interesses seguráveis,
é viável para seguro. Exemplos de
parâmetros possíveis e que podem gerar
perdas aos clientes são os extremos de
alta ou baixa temperatura, a falta ou excesso
de chuvas, a velocidade dos ventos
e falta de irradiação solar”, comenta
Lang. “Caso o índice alcance um gatilho
predeterminado, o segurado recebe o
pagamento acordado, de forma rápida e
praticamente automática, uma vez que
os parâmetros envolvem medições objetivas
e independentes, sem necessidade
de vistoria de regulação em campo. Isso
ajuda o segurado a ter um melhor fluxo financeiro,
ajudando-o a restabelecer suas
operações mais rapidamente e evitando
um impacto negativo a seus colaboradores
e à comunidade”.
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