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ESPECIAL SEGURO DE VIDA
TECNOLOGIA
das insurtechs”, diz o executivo da Distrito Dataminer, pontuando
como exemplos os wearables baseados na internet das coisas, que
possibilitam uma coleta em tempo real da saúde e comportamentos
dos clientes e, consequentemente, uma avaliação do risco mais
precisa e precificação mais adequada para um determinado perfil.
ADRIANO FERNANDES,
da Tuia
Melhorar a experiência do usuário
com o setor é um dos principais focos
das insurtechs. Nesta trabalhosa jornada,
as startups que conseguem se diferenciar
no mercado são aquelas que desenvolvem
suas vantagens competitivas
através da aplicação e manejo de dados,
construção de processos mais eficientes
e uma experiência do usuário digital e
desburocratizada, explica Ávila. “O uso
de dados para a construção de modelos
de risco mais assertivos e consequentemente
uma precificação mais adequada
dos produtos e serviços é essencial no
setor. Para trabalharmos com dados,
entretanto, precisamos coletá-los, tratá-
-los e aplicá-los e é neste processo que
estão algumas das inovações tecnológicas
que serão decisivas para o sucesso
BERNARDO PIZZATTO,
da Onli
PLANOS SOB DEMANDA, UMA TENDÊNCIA
Sob uma avalanche tecnológica e de estreitamento com o
cliente, começam a ganhar contornos mais definidos e se tornam
tendência na carteira de Vida os planos sob demanda caracterizados
por apólices com validade temporária de poucos meses e dias
ou mesmo personalizado para jornadas específicas e viagens, ou
seja, longe do perfil das tradicionais cláusulas anuais e rigorosamente
padronizadas.
Nos Estados Unidos, a Fabric usa um processo de planejamento
colaborativo para orientar os clientes da maneira correta. Erlebacher
explica como funciona o mecanismo: “O Fabric foi criado para
colaborar com as pessoas que estão mais próximas de você. Convide
seu cônjuge ou parceiro para que possam cuidar do bem-estar financeiro
de sua família juntos. O aplicativo Fabric começa fazendo
perguntas para entender sua vida familiar e situação financeira e
determina quais ferramentas podem ajudar. Elas são apresentadas
como uma lista de verificação simples para que você possa lidar com
cada item, um por um. Isso inclui informações sobre se você pode
precisar de seguro de vida ou testamento e dicas de como você e
seu cônjuge possam organizar melhor as contas financeiras e documentos
importantes de sua família”, ilustra o executivo americano.
QUANDO O PASSADO ABRE-SE AO NOVO
É quase unanimidade no mercado securitário brasileiro que
as insurtechs começaram a se expandir devido à demanda pela desburocratização
no segmento e por serviços mais simples e com custos
menores, especialmente na carteira de vida.
“Todas as iniciativas de desburocratização no setor securitário
e de redução da intervenção do órgão regulador em assuntos
que não promovam o desenvolvimento do mercado são extremamente
necessárias para que o Brasil tenha uma poupança interna
mais líquida com a contratação de seguros”. Essa é ipsis litteris a
visão de Fernandes, da insurtech Tuia, para quem essas iniciativas
são de médio e longo prazo e ainda não impactaram diretamente,
gerando custos menores. Fernandes conclui a observação: “O
aumento de iniciativas de insurtechs está muito mais ligado ao capital
disponível para investir do que efetivamente ao sucesso na
desburocratização do segmento. Com a Selic a 2,75% ao ano e com
a projeção de fechar 2021 a 4%, com o dólar alto, gerou-se uma
maior procura e liquidez nos fundos de investimentos. Com esse
cenário, é melhor para o fundo de investimento alocar os recursos
em várias empresas com uma boa solução e uma boa equipe do
que deixar o dinheiro parado no CDI ou arriscar no mercado volátil
de ações. Com essa liquidez de capital nos fundos de venture
capital e private equity, o mercado tem sido beneficiado e cresce,
e acho que seria maior sem a pandemia, que aumentou o risco e a
incerteza em muitos modelos de negócios.”
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