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mais fascinante. Não havia acesso imediato, em termos de presença física. Era muito fácil se

imaginar em meio àquilo tudo. E a New Wave of British Heavy Metal proporcionou isso para

muitos de nós.”

“Achávamos que ele era um metaleiro europeu maluco”, contou Ron Quintana, que

conheceu Lars no fim de 1980. Contudo, segundo Ron: “Meus amigos do parque Golden Gate

e eu logo passamos a respeitar o conhecimento de Lars relacionado a bandas sobre as quais só

tínhamos lido a respeito ou, o mais comum, só havíamos visto os logotipos e suspeitávamos

que fossem pesadas... [Lars] conhecia essa parada desde o comecinho e, para mim, era um

especialista em bandas novas”. Brian Slagel, que hoje cuida do bem-sucedido selo Metal Blade,

descobriu a NWOBHM no esquema de troca de fitas, no qual se envolveu no colegial,

trocando suas fitas cassete caseiras com uma lista cada vez maior de amigos fanáticos. No fim

das contas, “comecei a trocar fitas ao vivo [com gente] do mundo inteiro”, contou. Um de seus

correspondentes era da Suécia e mandou uma fita de um show do AC/DC, na qual também

gravou algumas faixas “de uma banda nova chamada Iron Maiden” no final. “Era The

soundhouse tapes, três músicas na sequência do fim do material do AC/DC. Pirei! Era

fantástico! O que é isso?” Brian pediu ao correspondente sueco informações sobre a

NWOBHM e depois passou a adquirir edições importadas da Sounds, “que conseguia comprar

numa das lojas locais de disco”, para saber mais. Logo ele havia reunido um conhecimento

impressionante sobre a emergente cena britânica e começou a compartilhar suas descobertas

com os amigos. Para começar, “havia eu, meu amigo John Kornarens e Lars”. Uma vez por

semana eles se encontravam para percorrer todas as lojas de discos independentes que

vendiam cópias importadas desse rock decididamente não americano. “Só havia umas três ou

quatro lojas e elas ficavam a uma hora de distância uma da outra [de carro]. Havia a Zed

Records [em Long Beach]. A Moby Disc [em Sherman Oaks] ficava mais perto de onde eu

morava. E havia algumas outras de cujos nomes não me lembro agora”, incluindo “uma loja em

Costa Mesa, que ficava bem longe. Íamos todos num carro só e tínhamos de pegar Lars onde

ele morava [Newport Beach]. Como Lars tinha vindo da Europa, conhecia coisas que

ignorávamos, e tínhamos coisas que ele não tinha, assim nós três nos tornamos bons amigos

por causa do nosso amor pela NWOBHM”. Lars tinha dezesseis anos; Brian e John, dezoito.

Mas era Lars quem parecia ter a vantagem. “Ele era um moleque pirado cheio de energia.

Quando visitávamos essas lojas, Lars saía do carro e entrava na seção de metal antes que eu

pudesse desligar o motor. Quando gostava de alguma coisa, ele mergulhava de cabeça.” Lars

curtia tanto a NWOBHM “que queria fazer parte dela”.

Patrick Scott, um ano mais novo que Lars, mas — por causa do sistema escolar da

Dinamarca — da mesma série que ele no colegial, tinha ouvido falar do “moleque

dinamarquês” muito antes de conhecê-lo. “Todos nós frequentávamos um lugar chamado

Music Market.” Scott e o amigo Bob Nalbandian também iam e “perguntávamos se a nova

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