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se lembrou da cena. “Eles gravaram a música num pequeno Fostex de quatro canais. Não era

uma gravação para lançar, mas era tudo que conseguiram. Eles praticamente a fizeram na noite

anterior, somente Lars e James. Coube a Lloyd Grant, professor de guitarra de James, tocar a

guitarra solo.”

Para que a gravação entrasse no disco finalizado, ela precisava ser transferida para uma

fita de rolo, serviço pelo qual o estúdio cobrava cinquenta dólares. Mais problemas. De acordo

com Slagel, “Lars não tinha o dinheiro e eu também não. Por sorte, meu amigo John tinha a

quantia, então ele emprestou a grana para que a música fosse transferida, masterizada e

finalizada”. Brian afirmou não saber se John voltou a ver a cor do dinheiro. Como Kornarens

contou mais tarde, “Lars começou a entrar em pânico, todo agitado, olhou para mim e

perguntou: ‘Cara, você tem cinquenta paus?’, E cinquenta dólares era bastante dinheiro então.

Peguei minha carteira e havia 52 dólares, uma quantia alta para ficar carregando de bobeira em

1982, mas eu tinha, então dei para o Lars, que falou: ‘Você vai ficar conhecido como John

Kornarens, o 50 Bucks,[2] em todos os lançamentos do Metallica no futuro!’. De qualquer

modo, ele conseguiu que a música entrasse na Metal massacre.”

“Hit the lights”, a faixa que Lars e James gravaram juntos para a coletânea de Slagel,

embora creditada unicamente a Hetfield/Ulrich, pode bem ter sido, como outras pessoas

sugeriram, uma antiga música do Leather Charm originalmente composta por Hugh Tanner.

Porém, o que a dupla fez com ela sob a influência da NWOBHM levou a canção a uma

direção totalmente diferente, incluindo o digno vocal agudo de Hetfield, ao estilo do Diamond

Head. A principal diferença, porém, estava na velocidade e na força, e, comparada a qualquer

outra faixa de Metal massacre — que contava com bandas mais experientes como Ratt, Malice

e Black ’N Blue, que fechariam contratos com grandes gravadores —, “Hit the lights”, do

Metallica, saltava aos olhos. Apesar da letra trivial (“When we start to rock / We never want to

stop...”)[3] e da melodia primária, bastante repetitiva, a canção explodia dos alto-falantes num

borrão de velocidade e barulho, soando como um longo crescendo, fazendo as outras faixas de

Metal massacre parecerem horrivelmente tediosas, irritantemente lentas e imediatamente

datadas. Com Ulrich na bateria, Hetfield na guitarra, baixo e vocal, a música também trazia um

solo de guitarra da única outra pessoa a participar da faixa e que também desempenhou um

papel pequeno, mas importante, no início do Metallica — um guitarrista jamaicano, alto e

negro chamado Lloyd Grant, que Lars e James haviam testado para a banda alguns meses

antes. Como Grant contou depois, “respondi a um anúncio do Recycler que dizia: ‘Procura-se

guitarrista de heavy metal para música mais pesada do que a do cenário de Los Angeles’”. Mais

tarde, Lars o qualificaria como “um Michael Schenker negro”. Embora Lloyd “soubesse tocar

guitarra solo como um filho da puta”, de acordo com James, ele não foi aceito principalmente

porque “não era muito preciso no ritmo”.

Mas James considerou Lloyd bom a ponto de fazer algumas aulas de guitarra com ele.

Poucas horas antes de Lars entregar a fita de “Hit the lights” para Brian Slagel, James decidiu

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