25.02.2022 Views

metallica-a-biografia-mick-wall

metallica-a-biografia-mick-wall.pdf

metallica-a-biografia-mick-wall.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

de Lars ir para o Reino Unido. Isso bateria com o fato de Brian Tatler se lembrar de Lars leválo

para ver o Motörhead durante sua estada naquele verão, quando a banda foi a atração

principal no estádio de Port Vale, onde, ao contrário do que acontecia nos Estados Unidos,

Ozzy Osbourne era o “convidado especial” para abrir o show. “[Lars] disse que conhecia o

Lemmy e que descolaria umas credenciais”, relatou Tatler. Assim, eles pegaram o trem para

Stoke-on-Trent, onde Lars falou mesmo com Lemmy e conseguiu credenciais para que ambos

assistissem ao show dos bastidores.

“Conheci Lars por volta de 1981”, confirmou Lemmy. “Com certeza foi antes de o

Metallica existir. A primeira vez foi no meu quarto de hotel em Los Angeles. Ele se apresentou

como o cara que cuidava do fã-clube do Motörhead nos Estados Unidos — no fim das contas,

tratava-se de uma divisão não oficial dos Motörheadbangers, e ele era o único membro. Na

verdade, ele nunca teve nada a ver com o fã-clube oficial, embora claramente adorasse a banda.

Nunca vou me esquecer do encontro porque ele quis beber comigo, e estava na cara que não

conseguia me acompanhar, e aí vomitou. Não foi tão ruim, nem o fiz limpar ou coisa do

gênero, mas insisti para que usasse um babador enquanto ficasse comigo no quarto.” Com um

sorriso, continuou: “Curiosamente, ele também vomitou na vez seguinte em que nos

encontramos. Ele não tinha melhorado em nada seus hábitos de beber. Talvez eu devesse ter

dado umas aulas para ele. Ou então se trata de algum cumprimento dinamarquês estranho.

Lembro-me de uma noite — deve ter sido por volta de 1985 — quando me encontrei com Lars

no St. Moritz Club [centro de Londres]. Quem me conhecia sabia que eu estaria lá embaixo no

caça-níqueis. Ele chegou e insistiu que fôssemos beber — e acho que ele pagou a maior parte

da conta. Então, fomos beber e ele acabou desmaiando. Mas reconheço seu valor, porque ele

não desistia...”.

Outra banda com quem Lars Ulrich certamente fez amizade no verão de 1981 foi o Iron

Maiden, só que não na Grã-Bretanha, e, sim, durante o show num pequeno clube em

Copenhague, onde ele fez uma parada estratégica para vê-los antes de voltar para os Estados

Unidos. “Conheci Steve Harris [baixista e fundador da banda] em 1981.” Eles estavam tocando

“num lugar do tamanho de uma sala de estar”. Todavia, para o garoto rico de dezessete anos e

aspirante a superastro, naquele momento o “Iron Maiden era a melhor banda de rock do

mundo”. Segundo ele, a importância “não se resumia à música”. Havia quantidade e qualidade;

fatores que mais tarde ele usaria deliberadamente no Metallica. O Maiden punha “nos discos

dez minutos a mais de música do que qualquer outra banda de rock”. Eles tinham “o melhor

visual, as camisetas mais legais, tudo”. Havia uma “sagacidade em sua organização que era

fantástica para fãs como eu, sendo uma grande inspiração para nós no Metallica. Eu queria

oferecer a mesma coisa aos garotos que curtiam nossa banda”. Aquele show também seria a

última vez que Paul Di’Anno, então vocalista, cantaria com o grupo. Ele foi cortado para que o

vício em drogas não atrapalhasse a escalada meteórica do Maiden. Quando foi aos bastidores

depois do show para cumprimentar os caras e pegar autógrafos, Lars reparou que havia um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!