25.02.2022 Views

metallica-a-biografia-mick-wall

metallica-a-biografia-mick-wall.pdf

metallica-a-biografia-mick-wall.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

porcaria e não foi. Porém [James] ficou tão pouco à vontade lá em cima que deve ter sido por

isso que voltou imediatamente a tocar guitarra [no palco], porque se sentia melhor tendo outra

coisa a fazer, além de só cantar.”

Com a rápida ascensão que a banda estava prestes a vivenciar, eles também obtiveram a

primeira crítica na grande imprensa por causa dos shows do Saxon, nada mais nada menos do

que no LA Times, na qual o crítico musical Terry Atkinson foi preciso ao escrever: “Não faria

mal para o Saxon ter um guitarrista rápido e matador ao estilo de Eddie Van Halen. O quarteto

de abertura Metallica tinha um [Dave Mustaine], mas pouco mais. A banda local precisa de

um desenvolvimento considerável para superar a falta de jeito generalizada”. No diário das

apresentações, Lars, de maneira presunçosa, anotou que a banda recebeu um dólar a mais do

que no primeiro show, acrescentando, sem modéstia: “Ótimo som desta vez. Dave e eu fomos

ótimos. Ron e James mais ou menos. Rolou muito bem. Foi um barato, mas não conhecemos o

Saxon”.

De acordo com Brian Slagel, “logicamente, John [Kornarens] e eu éramos provavelmente

as únicas pessoas dali que conheciam as músicas que estavam tocando. O resto do pessoal

deve ter achado que eram composições próprias”. Com exceção do vocalista do Saxon, Biff

Byford, que os acompanhou da lateral do palco boquiaberto, “Biff ficava assim: ‘Quê? Quê? Por

que estão tocando músicas do Diamond Head?’”, lembrou-se Brian Tatler. Não seria por muito

tempo. Quando o Metallica estava pronto para voltar a tocar no Radio City no começo de

junho, eles contavam com mais duas composições próprias e haviam gravado uma série curta

de demos que, mesmo então, foram consideradas revolucionárias. A primeira veio em abril,

Power metal, com as quatro primeiras faixas inéditas: “Hit the lights”, “Jump in the fire”, “The

mechanix”, outro épico conduzido por Mustaine, e “Motorbreath”, de Hetfield. Mais tarde

regravada para a demo agora lendária No life ’til leather, o interessante em Power metal é como

essa compilação captura a banda antes de ela haver estabelecido seu estilo musical básico.

James, em particular, soa bastante diferente do valentão ranzinza, como em breve se

posicionaria, segurando as notas no refrão de “Jump in the fire”, por exemplo, bem ao estilo de

Sean Harris, do Diamond Head, embora com menos elegância.

“Depois ele viu que não soava como Sean Harris, assim decidiu cantar de modo mais

rude”, relembrou Ron McGovney, que inadvertidamente deu o título à demo quando decidiu

que o Metallica precisava de cartões de visita para entregar a possíveis promotores de shows.

“Era para o cartão ter apenas o logotipo do Metallica e um telefone de contato, mas achei que

ficou simples demais e decidi que deveria haver algo abaixo do logotipo. Eu não queria botar

‘hard rock’ nem ‘heavy metal’, então cunhei o termo ‘power metal’; achei que soava bem. Ele

não tinha sido usado por nenhuma banda antes, pelo que sei.” Mas quando mostrou com

orgulho os cartões para Lars, o baterista ficou horrorizado. “Ele perguntou: ‘O que você fez?

Que diabos é power metal? Não acredito que fez uma burrice dessas! Não podemos usar esses

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!