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disse Lars, “por causa destas três palavras que funcionaram durante nossa carreira toda: boca a

boca. Começaram a aparecer deslocados que gostavam de um som um pouco mais radical do

que o oferecido pelo mercado fonográfico norte-americano. Nós pegávamos as estruturas de

riffs do AC/DC e do Judas Priest e tocávamos com a velocidade do Motörhead. E depois

imprimíamos nosso diferencial — que ainda não sabemos qual é. Tínhamos som e atitude

europeus, mas éramos uma banda norte-americana, e não havia ninguém mais nos Estados

Unidos fazendo aquilo”.

Entrevistado pela Rolling Stone quinze anos depois, Lars diria que não conseguia “se

lembrar de pensar muito no futuro” quando o Metallica começou, que sempre “estava

concentrado no presente. De onde vim, a Dinamarca, esse lance norte-americano de objetivos

não tem muita importância. Nos Estados Unidos você aprende ainda criança que é importante

ter objetivos. Eu nunca acreditei nisso. Nós estávamos sempre à vontade no presente, em

nosso mundinho, concentrados no que queríamos”. Mas, em 1982, o Lars Ulrich de que todo

mundo se lembra era alguém que claramente havia encontrado seu caminho e que não

perderia tempo. Brian Tatler, do Diamond Head, se lembrou de Lars escrever contando sobre a

nova banda. “Recebi uma carta clássica dizendo ‘minha banda se chama Metallica, nós

ensaiamos seis noites por semana e está rolando muito bem’. Acho que ele escreveu ‘o

guitarrista é muito veloz, você gostaria dele’. Lars não mencionou o nome, mas presumo que

fosse o Dave Mustaine. A carta deve ser do começo de 1982. E acho que ele mandou uma

gravação em fita cassete de ‘It’s electric’ para o Sean [Harris] porque eles devem ter feito uma

demo dela [o que] nos deixava lisonjeados — que alguém tivesse se dado ao trabalho de gravar

uma de nossas músicas.” Ainda segundo ele, Mustaine tinha “tirado o solo nota por nota, uma

coisa impressionante”.

Certamente havia um novo foco na banda. Ron se lembrou de ele e James voltarem do

trabalho todo dia e encontrarem Lars, que ainda morava na casa dos pais, mas tinha começado

a trabalhar como caixa de um posto de gasolina para ajudar com as despesas da banda, e Dave,

que tinha apartamento próprio e “era um ‘vendedor’ autônomo, se é que você me entende”.

Com os quatro integrantes definidos, a banda se arriscou a fazer as primeiras apresentações,

começando com um repertório duvidoso no Radio City, na vizinha Anaheim, em 14 de março

de 1982. A apresentação foi baseada na fita demo de três faixas, além de outra original e covers

do Diamond Head apresentados como se fossem trabalhos próprios, entre eles “Helpless”,

“Sucking my love”, “Am I evil?” e “The Prince”, intercalados por “Hit the lights” e a única outra

música original da banda, “Jump in the fire”, que Mustaine trouxera com ele, além de pérolas

da NWOBHM, como “Blitzkrieg”, do Blitzkrieg, “Let it loose”, do promissor Savage, e “Killing

time”, da banda irlandesa Sweet Savage. Como Lars mais tarde confessaria, “nosso truque era

não dizer às pessoas que aquelas músicas eram covers; deixávamos que pensassem que eram

nossas. Não as apresentávamos, então nunca dizíamos que eram nossas, mas... Deu para

entender a ideia”.

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