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NUTRIÇÃO

Alison Karina

de Jesus

Alison Karina de Jesus

Nutricionista (2874N)

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instagram.com/nutricionalmentebem

info@nutricionalmentebem.com

https://nutricionalmentebem.com/

HypeScience.com

Depressão e peso corporal

Adepressão é uma doença psiquiátrica

em que as células do cérebro

não comunicam de forma adequada,

e, consequentemente, algumas

mensagens que deviam ser transmitidas ao

longo do sistema nervoso, acabam por não

chegar ao destino. O que determina se uma

pessoa engorda, emagrece, ou mantém o

peso estável é a diferença entre a quantidade

de energia que é consumida e a quantidade

de energia que é gasta no dia-a-dia. Ou

seja, para eu engordar, tenho que consumir

mais calorias do que as que gasto. Nesse

sentido, facilmente se percebe que a depressão,

por si só, não faz engordar nem emagrecer,

tudo vai depender do balanço entre a

alimentação e o gasto energético diário. No

entanto, há algumas particularidades nessa

doença que podem, de facto, fazer com

que possa ocorrer um aumento de peso,

nomeadamente o facto da depressão estar

associada a uma menor atividade física,

seja, por desmotivação, falta de resposta do

corpo, ou mesmo porque a pessoa prefere

resguardar-se de contactos sociais. Convém

realçar que há pessoas que, num quadro

depressivo, tendem a comer mais, e, consequentemente,

o risco de engordar aumenta.

Contudo, também há pessoas que tendem a

comer menos. Por último, a própria medicação

pode afetar o apetite, sendo que nalguns

casos o doente sente mais vontade de comer.

Já são vários os estudos que têm vindo

a revelar que um padrão alimentar menos

saudável aumenta o risco de depressão. Falo

do consumo de refrigerantes, alimentos refinados,

fritos, carnes processadas e alimentos

ricos em gordura (nomeadamente bolachas

e produtos de pastelaria). Por outro

lado, o consumo de fruta, hortícolas, azeite,

frutos secos, laticínios e peixe parecem ter

o efeito contrário. Convém também não esquecer

que a aparência física e, em particular,

o peso, estão muitas vezes intimamente

relacionados com a depressão, pois podem

promover a baixa autoestima. Neste contexto,

manter um peso adequado pode ser um

fator decisivo para evitar a depressão. Do

ponto de vista nutricional e de uma maneira

geral, o consumo adequado de magnésio,

cálcio, ferro e zinco parece diminuir o aparecimento

da doença, e dos seus sintomas.

Também o consumo de ácidos gordos ómega-3,

têm sido associados a um menor risco

de depressão. O crómio é um mineral que

está relacionado no metabolismo dos hidratos

de carbono e, consequentemente, poderá

ter um papel importante na depressão.

O consumo de quantidades adequadas de

cálcio, assim como vitamina D, tem também

sido sugerido como um elemento importante

para prevenir casos de depressão. O consumo

de antioxidantes, nos quais se inclui

a vitamina C, bem como outros compostos

bioativos, parecem ser importantes aliados

nalguns contextos de depressão. s

saber ABRIL 2022

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