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abordar para pedir ao seu marido a estrada

para um determinado sítio? Há recados

lá para casa?

E.: Sim. Até há quem diga que se não for este

a fazer, ninguém vai fazer. E quando vou

pagar a luz ou fazer outra coisa qualquer,

há sempre alguém com «olhe, não se esqueça

de dizer ao seu marido que ainda estou à

espera...». As pessoas confundem as coisas.

Vamos projectar a vossa vida para daqui

a dez anos.

E.: Já vais estar reformado nessa altura?

[para o José António]. Daqui a dez anos ele já

irá estar reformado. [risos]

Onde é que vai querer que os vossos filhos

estejam nessa altura?

E.: A viver a vida deles. Na universidade.

O que é que projeta em termos de vida

profissional para os seus filhos?

E.: O mais velho ontem dizia-me que queria

ser investigador. Já me disseram que queriam

ser médicos para tratarem as dores da

avó, já me disseram que queriam ser veterinários

por causa do cão. Eles vão ser aquilo

que quiserem ser e os pais vão apoiar.

José António, para final de conversa, qual

era a secretaria regional que gostaria de

liderar?

J.A.: [risos] Não tenho essa questão em mente.

Como disse anteriormente, a vida é feita

de desafios e os desafios ou nos identificamos

com eles ou não, aceitamo-los ou não,

tem sido sempre assim. Relativamente ao

Governo Regional é uma questão que não se

coloca no presente. No presente os objectivos

estão bem definidos e passam por cumprir

o que me propus e foi delineado para

o concelho de São Vicente, a minha terra.

Cumprir com o que me comprometi com as

pessoas e com a minha terra e sair no final

do mandato com a consciência tranquila de

que fiz o melhor que pude e que soube pela

minha terra e pelas pessoas da minha terra.

Isso é garantido. A partir daqui tudo o que

possa acontecer ao destino pertence.

Vou colocar-lhe a questão de outra forma:

já pensou na sua mulher em termos

de Primeira Dama da RAM?

J.A.: A resposta é igual. Neste momento, o Dr.

Miguel Albuquerque é o presidente do GR e

irá continuar a ser. Considero que o Governo

está muito bem entregue e acho que as

coisas quando têm que acontecer, acontecem.

Mas acho que não vai ser esse o meu

caminho.

O meu filho dizia-me que queria ser presidente

da Câmara e eu «não queres ser outra

coisa? Não queres ser médico?». E ele «sim,

ser médico é bom. Assim eu podia ajudar a

avó...». E eu «e ajudavas as pessoas que não

podiam pagar a consulta». E ele «sim, mas

pagavam mais tarde...». «Então não vás para

médico, vai para gestor!» [risos]

Daqui a 50 anos, como é que gostaria que

os seus filhos a recordassem?

E.: Que me recordem da forma como eles

próprios fazem questão de me dizer, que sou

a melhor mãe do mundo. s

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saber junho 2022

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