SCMedia News | Revista | Novembro & Dezembro 2022
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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SCM Supply Chain Magazine 19<br />
Atualmente, para além das tradicionais<br />
preocupações com os patrimónios, bens e<br />
responsabilidade civil, algumas das maiores<br />
preocupações sentidas pelas empresas são os<br />
aspetos ambientais, as catástrofes naturais e<br />
os riscos cibernéticos. “Uma empresa que não<br />
faz a gestão desses riscos está fora do conceito<br />
global atual”, conclui Daniel Sanches.<br />
Daniel Sanches, regional head of Marine<br />
operações, estando também encarregue de<br />
realizar uma análise prévia das principais<br />
exposições e riscos de contratação do seguro,<br />
como cargas, pessoas, responsabilidade civil,<br />
cibernéticos, ambientais, entre outros. Ao nível<br />
da sua obrigatoriedade, esta está dependente<br />
da legislação de cada país, e Daniel Sanches<br />
explica que “atualmente todos os players<br />
do setor que fazem uma gestão de risco<br />
consciente, não atuam sem seguro”.<br />
“Nas exportações o seguro é imprescindível”,<br />
defende, “os contratos de compra e venda<br />
definem a responsabilidade de contratação,<br />
e um eventual imprevisto que não possua a<br />
garantia de seguro, poderá ocasionar o fecho<br />
da indústria, dependendo do montante da<br />
perda”.<br />
Ao nível dos seguros de bens, a inflação<br />
reflete-se no ajuste regular das quantias<br />
seguradas, “sendo necessário garantir a<br />
proteção adequada e ajustar automaticamente<br />
a base de cálculo do prémio”, como tem sido<br />
o caso do conflito na Ucrânia, impactando<br />
o mundo todo em termos económicos e<br />
logísticos.<br />
REDUZIR RISCO E INCERTEZA<br />
A corretora de seguros F.REGO dá uma<br />
contextualização histórica dos serviços de<br />
seguros, nas palavras de Pedro Rego, CEO<br />
da empresa portuguesa: “a sua génese está<br />
curiosamente relacionada com a garantia dos<br />
transportes de mercadorias no século XIII,<br />
quando surgiram os contratos de mercadores<br />
italianos ligados ao comércio marítimo para se<br />
protegerem de naufrágios, pirataria e roubos.<br />
Em Portugal, no final do mesmo século, o rei D.<br />
Dinis ordenava aos mercadores que criassem<br />
um fundo de proteção às vítimas de perdas de<br />
navios e/ou produtos”, explica.<br />
A intervenção da corretagem de seguros<br />
tem início logo no começo do processo, como<br />
explicava anteriormente Daniel Sanches,<br />
através da análise das necessidades e riscos<br />
de cada cliente, para “de forma customizada<br />
encontrar as melhores soluções no mercado<br />
para transferência do risco”. Depois existe todo<br />
o acompanhamento dos processos, “sendo parte<br />
de toda a vida dos contratos, assegurando a sua<br />
gestão administrativa, a gestão dos sinistros,<br />
bem como o acompanhamento permanente<br />
e próximo da vida dos seus clientes”, explica<br />
Pedro Rego. “O propósito da nossa oferta<br />
é após a realização de um mapeamento de<br />
risco, identificar a gravidade de cada um e<br />
em consequência desenhar e apresentar um<br />
programa de seguros global que assegure que<br />
nenhuma área seja deixada ao acaso”.