SCMedia News | Revista | Novembro & Dezembro 2022
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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SCM Supply Chain Magazine 29<br />
numa perspetiva geral, que os retalhistas dão<br />
avaliações mais altas aos fornecedores que<br />
o inverso. Nos últimos 10 anos de estudo, a<br />
avaliação média dos fornecedores tem vindo<br />
a ser mais elevada, indicando uma melhoria<br />
geral dos temas relevantes para a operação<br />
com os retalhistas.<br />
Para a atribuição das classificações, é feita<br />
uma avaliação bidirecional entre retalhista e<br />
fornecedor. “A base desta avaliação assenta<br />
na definição das prioridades de cada lado<br />
da cadeia e posteriormente a atribuição<br />
de cada parceiro”, comenta o responsável.<br />
Depois, são geradas médias de avaliação<br />
ponderadas pela importância, face às<br />
prioridades definidas, garantindo que os temas<br />
mais relevantes têm um maior impacto na<br />
definição do posicionamento das empresas<br />
participantes. “Nos relatórios os resultados<br />
deste projeto são transpostos em rankings<br />
para gerar competitividade e para que os<br />
participantes trabalhem na eficiência da sua<br />
logística e operações, não perdendo o foco nas<br />
prioridades dos seus parceiros”.<br />
“Observávamos algumas oscilações nas<br />
importâncias já desde os resultados do<br />
estudo do ano anterior, muito impactado pelo<br />
período pandémico e escassez de algumas<br />
matérias-primas e materiais. Vimos a alteração<br />
das importâncias e o foco na colaboração<br />
e capacidade de reação”, nota. “Não<br />
antecipámos que as prioridades se focassem<br />
exclusivamente nos temas mais operacionais<br />
e de base, para garantir que existe produto na<br />
prateleira. Os temas que focam o contacto do<br />
dia-a-dia, e a colaboração com o fornecedor<br />
passaram para segundo plano dando lugar<br />
ao ter o produto em boas condições, na<br />
quantidade e no dia certo”.<br />
Nos próximos estudos, João de Castro<br />
Guimarães antecipa que temas como o<br />
cumprimento dos pedidos e entregas seja<br />
sempre dos temas prioritários para o retalho,<br />
por estar na base da garantia da atividade.<br />
“Quando já se atingir um nível de maturidade e<br />
eficiência nesta ordem, fará sentido uma maior<br />
aposta em desmaterialização dos documentos,<br />
em processos mais automatizados, na garantia<br />
de processos ‘mais verdes’, entre outros”,<br />
comenta o responsável, passando a dar<br />
prioridade às novas ferramentas de eficiência<br />
nas cadeias de abastecimento.<br />
Face a estes desafios, a GS1 Portugal<br />
continua a apostar na oferta de serviços<br />
para ajudar as empresas a superar estas<br />
dificuldades ao longo da cadeia de<br />
abastecimentos, e aponta que o Benchmarking<br />
Supply Chain é ‘a ponta do iceberg’, “um<br />
instrumento de diagnóstico que pode e<br />
deve ser um primeiro passo no caminho da<br />
otimização da eficiência”.<br />
COMPREENDER A EVOLUÇÃO E<br />
DEFINIR UM FOCO<br />
Por parte da Delta, a primeira classificada<br />
ao nível dos fornecedores, considera que a<br />
participação no estudo de Benchmarking<br />
Supply Chain os tem ajudado, ao longo dos<br />
anos, a compreender a evolução do setor e<br />
quais as áreas em que os clientes esperam<br />
que eles se foquem melhor. “Tem também um<br />
papel importante de compilação de feedback<br />
dos nossos clientes, que de uma forma<br />
construtiva e independente nos avaliam nas<br />
diversas áreas, em comparação com outros<br />
fornecedores no mercado”, considera João<br />
Nunes, diretor industrial da empresa.<br />
Sobre os insights que retira do estudo,<br />
o responsável destaca desde logo as<br />
tendências de evolução da logística da grande<br />
distribuição, e numa análise mais detalhada,