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sejam satanistas. Uma missa negra é, essencialmente, uma
paródia dos rituais religiosos da Igreja Católica Romana, mas
pode ser livremente aplicada para satirizar qualquer cerimônia
religiosa.
Para o satanista, a missa negra, em sua blasfêmia dos
ritos ortodoxos, nada mais é do que uma redundância. Os ritos
de todas as religiões estabelecidas são atualmente paródias de
rituais antigos realizados pelos adoradores da Terra e da
carne. Na tentativa de assexualizar e tirar o aspecto humano
dos credos pagãos, mais tarde o homem de fé espiritual
ocultou os significados honestos por detrás dos rituais, através
de suaves eufemismos agora considerados como a
“verdadeira missa”. Mesmo se o satanista viesse a gastar
todas as noites realizando uma missa negra, ele não estaria
realizando uma caricatura mais do que o devoto paroquiano
que, inconscientemente, assiste sua própria “missa negra” —
sua trapaça aos honestos e emocionalmente sonoros ritos da
antiguidade pagã.
Qualquer cerimônia considerada missa negra deve
efetivamente chocar e ultrajar, pois é isso que parece ser a
medida de seu sucesso. Na Idade Média, blasfemar a Santa
Igreja era terrível. Agora, de qualquer modo, a Igreja não
apresenta uma imagem que inspire a reverência feita durante
a inquisição. A tradicional missa negra não é mais do que um
ultrajante espetáculo para o padre diletante ou renegado que
uma vez foi. Se o satanista deseja criar um ritual para
blasfemar uma instituição para o propósito de psicodrama, ele
é cuidadoso em escolher uma que não esteja em voga para
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