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Anton-Szandor-LaVey-A-Biblia-Satanica

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A terceira força de motivação é a da destruição. Tratase

de uma cerimônia realizada em virtude de raiva,

aborrecimento, desprezo, desdém ou, simplesmente, ódio

manifesto. É conhecido como praga, maldição ou agente

destruidor.

Uma das grandes falácias acerca da prática do ritual

mágico é a noção de que alguém deve antes acreditar nos

poderes da magia para conseguir ser ferido ou destruído por

eles. Nada poderia estar mais distante da verdade, pois as

vítimas mais receptivas das maldições sempre foram os

grandes zombadores. A razão é espantosamente simples. O

indígena não-civilizado é o primeiro a correr até o pajé ou

xamã mais próximo quando sente que uma maldição foi

lançada sobre ele por um inimigo. A ameaça e a presença do

mal estão com ele coincidentemente, e a crença no poder da

maldição é tão forte que ele tomará qualquer precaução contra

ela. Deste modo, através da aplicação da magia complacente,

ele frustrará qualquer ameaça que possa vir no seu caminho.

Tal homem está vigiando seu passo e não lhe dando quaisquer

chances.

Por outro lado, o homem “iluminado”, que não dá

espaço a nenhuma superstição, relega o seu medo instintivo

da maldição para o inconsciente, deste modo alimentando-o

dentro de uma força fenomenal destrutiva que se multiplicará

com cada infortúnio bem-sucedido. É claro, todo instante em

que um novo revés ocorre, o não-crente automaticamente

condenará qualquer conexão com a maldição, especialmente

para si mesmo. Essa condenação consciente é enfática quanto

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