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Não há lugar para constrangimento no local do ritual, a
menos que o próprio constrangimento seja uma parte
integrante do papel a ser realizado e possa ser usado com
grande vantagem — por exemplo, a vergonha sentida por uma
mulher prudente servindo como um altar, que, através do seu
ruborescer, sente estimulação sexual.
Contudo, mesmo em um ritual totalmente
personalizado, as invocações preliminares padronizadas e os
estratagemas deveriam ser empregados antes que fantasias
íntimas e dramatizações ocorram. A parte formal do ritual
pode ser realizada no mesmo quarto ou câmara que o trabalho
personalizado — ou, a cerimônia formal num lugar, a pessoal
em outra. O início e o fim do ritual precisam ser conduzidos
dentro dos limites da câmara do ritual, contendo os objetos
simbólicos (altar, cálice, etc.).
Formalizar o início e o fim dos atos cerimoniais com
dogmáticos símbolos antiintelectuais, tem o propósito de
dissociar as atividades e conjunto de ideias quanto ao mundo
externo da câmara do ritual, onde a absoluta vontade deve ser
empregada. Tal faceta da cerimônia é mais importante para o
intelectual, à medida em que ele especialmente requer o efeito
da “câmara de descompressão” de cantos, sinos, velas e
outras pompas, antes que possa colocar seus desejos puros e
obstinados a trabalhar para si, na projeção e utilização da sua
imagem. 50 A “câmara de descompressão intelectual” do
50 LaVey explicita nesse caso que o uso de instrumentos, cânticos ou quaisquer
outras coisas para indicar o início e o término do ritual pode ser feito, mas
normalmente o é apenas para cumprimento de fausto.
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