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preferem usar cilício, 49 enquanto outras preferem usar veludos
ou seda. O que é prazeroso para um, é aflitivo para outro, e o
mesmo se aplica quanto ao “bem” e ao “mal”. Cada praticante
de feitiçaria está convencido de que ele ou ela está fazendo a
coisa “certa”.
A magia se encaixa em duas categorias: ritual (ou
“cerimonial”), e não-ritual (ou “manipulativa”). A magia
ritual consiste na realização de uma cerimônia formal,
tomando lugar, pelo menos em parte, dentro dos limites de
uma área colocada à parte para tais propósitos, em um
momento específico. A principal função é isolar de outro
modo a adrenalina dissipada e outra energia emocionalmente
indizida, e convertê-la em uma força dinamicamente
transmissível. Trata-se de um ato puramente emocional, ao
invés de intelectual. Toda e qualquer atividade intelectual
deve ter seu espaço antes da cerimônia, não durante ela. Esse
tipo de magia é eventualmente conhecido como “magia
maior”.
A magia não-ritual ou manipulativa, algumas vezes
chamada de “magia inferior”, consiste no vil e no ludibriante
obtidos a partir de diversas artimanhas e situações inventadas,
as quais, quando empregadas, podem “criar mudanças, de
acordo com a própria vontade”. Em tempos de outrora, essa
magia era chamada de fascinação, glamour ou de mau olhado.
49 Trata-se de uma túnica, cinto ou cordão de crina que se vestia com propósito
de penitência. O termo vem do latim cilicinus, que quer dizer "feito de pêlo de
cabra", ou cilicium, que refere-se a um tecido áspero ou grosseiro de pêlo de cabra
ou mesmo "vestido de gente pobre".
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