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vida e benevolência, e Arimã, a serpente, o deus das trevas,
destruição, morte e mal. Estes e inúmeros outros exemplos
não somente representam os Demônios humanos como
animais, mas também mostram sua necessidade de sacrificar
os animais divinos originais e rebaixá-los a Demônios.
No tempo da Reforma, no século dezesseis, um
alquimista, Dr. Johann Faustus, descobriu um método de
invocar um Demônio do Inferno — Mefistófeles — e fazer
um pacto com ele. Assinou um contrato em sangue para
vender sua alma a Mefistófeles em retorno ao estado de
mocidade, e voltou a ser jovem. Quando o momento de
morrer veio para Faustus, ele retirou-se para o quarto e tentou
evitar, mas o laboratório explodiu. Essa história é um protesto
dos tempos (século dezesseis) contra ciência, química e
magia.
Para se tornar um Satanista, não é necessário vender
sua alma ao Demônio ou fazer um pacto com Satã. Essa
ameaça foi inventada pelo Cristianismo para aterrorizar as
pessoas, assim elas não se afastariam do caminho. Com dedos
repressivos e vozes tremidas, ensinaram seus seguidores que,
caso cedessem as tentações de Satã e vivessem suas vidas de
acordo com as suas predileções naturais, teriam de pagar por
seus pecados prazerosos entregando suas almas a Satã e
sofrendo no Inferno por toda a eternidade. Pessoas
começaram a acreditar que a alma pura era o passaporte para
a vida eterna.
Profetas piedosos ensinaram o homem a temer Satã.
Mas, e os termos como “temente a Deus”? Se Deus é tão
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