sentimentos-que-aprisionan-a-alma
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C. S. Lewis afirmou: nenhum
homem sabe o quanto é mau
até que tenha tentado de
toda maneira ser bom. Da
mesma forma, talvez nunca
saibamos o quanto precisamos
de liberdade até tentarmos
desfazer-nos de nosso fardo de
pecados (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE. Central Gospel,
2010b, p. 724).
mos de ocultar: todos nós pecamos
(Rm 3.23). João diz isso da seguinte
forma: se dissermos que não temos
pecado, enganamo-nos a nós mesmos,
e não há verdade em nós (1 Jo
1.8) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE.
Central Gospel, 2010b, p. 724).
Significa dizer que, para nós,
cristãos, a conscientização de culpa
pode advir da ação do Espírito
Santo, que convence o mundo do
pecado, e da justiça, e do juízo (Jo
16.8), exigindo de cada um de nós
arrependimento, que leva à salvação
(2 Co 7.9).
3. CONSEQUÊNCIAS DA CULPA
Como vimos no tópico anterior, as pessoas não procuram
ajuda terapêutica por conta de culpas objetivas, mas
porque: (1) desenvolvem mecanismos de defesa (modos de
pensar, que tendem a distorcer a realidade); ou (2) em se
sentindo inferiores, passam a reagir de modo autocondenatório.
Vejamos a seguir.
3.1. Adoção de mecanismos de defesa
Com vistas a reduzir a ansiedade, a frustração e o estresse,
decorrentes dos sentimentos de culpa, muitas pessoas desenvolvem
mecanismos de defesa mentais. Geralmente quem
se utiliza de tais recursos não tem consciência do fato. Dentre
os vários mecanismos de defesa observados, destacamos:
fantasia — espécie de teatro mental em que o indivíduo cria
uma situação (total ou parcialmente) distinta da realidade;
negação — neste, a dor (ou o fato gerador desta) não é
admitida;
regressão — neste, há um retorno a fases anteriores do desenvolvimento,
onde o indivíduo não tinha sobre si o fardo
pesado da culpa.
3.2. Atitudes autocondenatórias
Pessoas que nutrem culpas subjetivas geralmente desenvolvem
ansiedade, baixa autoestima e sentimentos de inadequação;
além disso, tendem a ser pessimistas e inseguras —
todos esses sintomas são formas de autocondenação.
Pesquisas revelam que os efeitos da culpa acumulam-se
no corpo e, se não aliviados ou extintos, podem colapsar o organismo
— alguns psiquiatras acreditam que esta é, também,
uma forma inconsciente de autopunição.
58 Lições da Palavra de Deus PROFESSOR 48