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traído, mesmo que não haja qualquer evidência ou qualquer

motivo para desconfiança. Dentro dessa categoria, enquadra-

-se o ciúme projetivo, no qual o ciumento acusa o parceiro de

fazer aquilo que ele (o ciumento) faria.

O ciúme neurótico é prejudicial, pois mantém aquele que

o nutre em um permanente estado de angústia, tensão, instabilidade,

insegurança e fragilidade — o que o faz sentir-se

constantemente culpado.

Quando se fala em ciúme neurótico, a linha divisória entre

fantasias e certezas costuma ser bastante imprecisa. Muitas

vezes, o ciumento hipervaloriza situações, transformando-as

em verdadeiros delírios. Quando isso acontece, na tentativa

de comprovar ou extirpar a fixação da ideia, o ciumento é levado

à checagem compulsória de suas dúvidas, que, grande

parte das vezes, não ameniza o mal-estar da dúvida.

2.3. Paranoico (ou delirante)

Tanto o ciúme neurótico

quanto o paranoico são

considerados patológicos

e ambos são igualmente

prejudiciais para o

relacionamento conjugal.

O ciúme paranoico é considerado

o mais grave de todos, pois atinge

níveis insuportáveis de tensão

interna, fazendo com que o indivíduo

ciumento fantasie uma possível

traição. Quando isso acontece, ele

pode, inclusive, cometer insanidades

contra seu parceiro (como homicídio

e ataques à sua integridade

física).

3. CAUSAS DO CIÚME PATOLÓGICO

O sociólogo e filósofo francês Roland Barthes, em seu

livro intitulado Fragmentos de um Discurso Amoroso, escreveu:

Como ciumento, sofro quatro vezes: porque sou ciumento,

porque me reprovo de sê-lo, porque temo que meu ciúme

machuque o outro, porque me deixo dominar por uma banalidade.

Sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco

e por ser comum.

Os agentes propulsores do ciúme são diversos, mas, de

modo geral, estão associados às motivações particulares da

pessoa ciumenta. Vejamos duas causas comuns.

3.1. Vivências traumáticas da primeira infância

De acordo com especialistas, quando excessiva e irracional,

essa emoção pode ter sua origem marcada nas vivências

traumáticas da primeira infância — o estado que caracteriza

essa fase do desenvolvimento humano (primeira infância) é a

dependência (do bebê à mãe e da mãe ao bebê). Como não é

possível à criança garantir a presença contínua de sua geni-

86 Lições da Palavra de Deus PROFESSOR 48

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