sentimentos-que-aprisionan-a-alma
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COMENTÁRIO
Palavra introdutória
A baía de Guantánamo é uma base naval norte-americana, no
território de Cuba, a 645Km de Miami, destinada a receber suspeitos
de terrorismo, depois dos ataques de 11 de setembro de
2011 aos Estados Unidos da América. Os presos podem ficar lá
perpetuamente, sem direito a julgamento, e podem ser submetidos
à tortura e a toda espécie de violação aos direitos humanos.
A cobiça, em muitos aspectos, assemelha-se aos mais bárbaros
sistemas penitenciários do mundo: ela aprisiona a alma
e submente o ente humano às paixões mais mesquinhas, degradantes
e cruéis.
1. ETIMOLOGIA E CONCEITUAÇÃO DO TERMO
Nos originais do Antigo Testamento e do Novo Testamento,
vários vocábulos constituem-se em um auxílio muito
eficaz na compreensão da palavra cobiça, a saber:
avvah — este vocábulo da língua hebraica significa desejo
por si mesmo. Ele descreve o sentimento em que a pessoa
volta-se de maneira egoísta para dentro de si e de seus
apetites, sem importar-se com qualquer outra pessoa ou
regra moral (Dt 5.21; Pv 21.26; 23.3);
chamad — este verbo hebraico, que significa desejar, designa
alguém que, tomado por um desejo contumaz, sai em
busca de algo (Êx 20.17; Js 7.21; Jó 20.20; Mq 2.2; Is 1.29);
batsa — esta palavra aparece oito vezes no Antigo Testamento
e tem o sentido de ganhar, adquirir de forma injusta
ou ilegalmente, impulsionado pela cobiça (Hc 2.9; Pv
1.19; 15.27);
epithuméo — esta é uma palavra grega com mais de uma
dezena de aparições nos livros do Novo Testamento, que
significa fixar a mente sobre. Dá a ideia de desejo descontrolado
em buscar um objetivo ou meta (Mt 5.28; Lc 15.16;
16.21; At 20.33; Rm 13.9; 1 Co 10.6; Gl 5.17; Tg 4.2; Ap 9.6);
pleoneksía — este é um substantivo grego que aparece por
uma dezena de vezes nas páginas do Novo Testamento. Dá
a ideia de um ciclo interminável de busca por mais e mais,
sem a completa satisfação (Mc 7.22 – NVI; Ef 5.3 – NVI; 2
Pe 2.3 – NVI).
2. AFORISMO ESCRITURÍSTICO
A cobiça desconhece limites. Os que por ela são dominados
expressam grande anseio por obter riquezas, prestígio,
honras e glórias. Quanto mais o indivíduo amealha para si,
mais ele deseja, sem necessariamente importar-se com os
meios necessários à sua obtenção, e sem jamais contentar-se
com o que possui.
70 Lições da Palavra de Deus PROFESSOR 48