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I. Gênese de uma obra, sagacidade em defesa da Igreja<br />
Arquivo <strong>Revista</strong><br />
Arquivo <strong>Revista</strong><br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> (em destaque), em 1934, com os membros da bancada paulista,<br />
por ocasião de um jantar solene no Hotel Copacabana, Rio de Janeiro<br />
Representavam uma grande avalanche<br />
a estender-se por todo o país.<br />
Uma comprovação característica<br />
dessa pujança é o fato de que, no início<br />
do movimento mariano, era considerado<br />
feio, vergonhoso, um homem<br />
ser católico praticante. A castidade<br />
masculina era tida como uma coisa<br />
abominável. Entretanto, alguns anos<br />
depois, o movimento mariano de tal<br />
Evento dos congregados marianos na Catedral da Sé, ainda<br />
em construção, em meados da década de 1930<br />
ACMSP (PF-04-01-30)<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> no Rio de Janeiro, durante<br />
seu mandato de deputado, em 1934<br />
maneira se impôs à admiração de todos,<br />
que ficou bonito ser congregado<br />
mariano. No começo, os congregados<br />
tinham a tentação de esconder que o<br />
eram; ao atingir esse apogeu, deu-se<br />
o contrário: quem não era procurava<br />
fingir-se de congregado.<br />
A Federação Mariana até precisou<br />
abrir um processo contra alguns<br />
comerciantes que falsificavam e vendiam<br />
o distintivo de congregado para<br />
qualquer um que não o fosse nem<br />
queria ser, devido ao ônus e à responsabilidade<br />
que tal estado implicava.<br />
Então, indivíduos assim compravam<br />
o distintivo para andar pela<br />
rua fingindo-se de congregados marianos.<br />
Era uma brilhante reviravolta<br />
da situação, uma vitória de primeira<br />
ordem.<br />
Vivia-se num período em que as<br />
crises internas da Igreja na Europa<br />
e um pouco nos Estados Unidos não<br />
tinham chegado ao Brasil. Reinava<br />
uma paz religiosa completa, numa<br />
inteira confiança e concórdia entre<br />
as diversas associações católicas e,<br />
por causa disso, uma total ausência<br />
de desconfianças.<br />
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