A LITURGIA NO CONTEXTO URBANO - Livros Grátis

More documents

Recommendations

Info

126 Cerca de 35% da populaÁ„o residente na regi„o nasceu fora do Estado de S„o Paulo, notadamente em estados da Regi„o Nordeste do paÌs. Desse contingente, 17,2% moravam h· menos de trÍs anos no mesmo municÌpio, proporÁ„o menor que a registrada no interior do Estado. Outra informaÁ„o relevante diz respeito ao dimensionamento dos fluxos de pessoas que trabalhavam em municÌpios diferentes daqueles em que residiam. Entre os indivÌduos residentes na RMSP que trabalhavam 17,8% o faziam em municÌpio distinto daquele em que moravam, o que corresponde a um contingente prÛximo a 1.300.000 pessoas 292 . Como se pode constatar o perfil dos habitantes da cidade de S„o Paulo vem se transformando ao longo das ˙ltimas dÈcadas, o que exige uma adaptaÁ„o e planejamento pastoral visando uma intervenÁ„o mais eficiente da aÁ„o pastoral, visando o exercÌcio da cidadania, compreendendo que este exercÌcio requer uma pr·xis pastoral capaz de participar, preferencialmente, das lutas da classe trabalhadora. A cidade possui uma din‚mica que pode, ao mesmo tempo, que promover o desenvolvimento, promover tambÈm elementos de destruiÁ„o e definhamento de seus espaÁos e instituiÁıes. Disto resulta a necessidade de uma intervenÁ„o h·bil por parte da igreja visando resgatar desenvolver a pr·xis lit˙rgica em meio ‡s angustias e dilemas em que vivem os habitantes da cidade, buscando as transformaÁıes sociais, econÙmicas e polÌticas que proporcionem a cidadania. V·rias s„o as questıes que demandam uma aÁ„o efetiva da Igreja. Ao ocupar o espaÁo urbano a Igreja È desafiada a inserir-se em todas as camadas e segmentos da sociedade, a expressar uma verdadeira fÈ cidad„ 293 , ou seja, uma 292 FundaÁ„o Sistema Estadual de An·lise de Dados (SEADE) - http://www.seade.gov.br/. 293 Conforme conceito desenvolvido pelo Professor Dr. ClÛvis Pinto de Castro, compreende-se que ìas Igrejas podem participar na construÁ„o de cidades mais justas e inclusivas por meio do exercÌcio de uma fÈ cidad„. O exercÌcio da cidadania vista como mediadora na relaÁ„o entre a vida p˙blica e privada, È um espaÁo singular para a concretizaÁ„o da fÈ cidad„. A cidadania requer a fÈ em aÁ„o, que transcende a dimens„o privatizante (sem desprez·-la) e incorpora a dimens„o p˙blica. A fÈ cidad„ concretiza-se na esfera p˙blica, no mundo da polÌtica. Para tornarse uma realidade na esfera p˙blica, a fÈ cidad„ pressupıe pastorais (ad intra e ad extra) que incentivem e possibilitem a vivÍncia de uma espiritualidade que considere a perspectiva polÌtica e pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now!
127 fÈ que se envolve e penetra na din‚mica da cidade. Para tanto È necess·rio o desenvolvimento de uma pastoral lit˙rgica para o contexto urbano, fundamentada na pr·xis, como fundamentaÁ„o para a reflex„o, libertaÁ„o e exercÌcio da fÈ cidad„. 3.2.2 Pastoral lit˙rgica para o contexto urbano A sociedade urbana, com suas caracterÌsticas plurais, vive os dilemas da secularizaÁ„o, da apatia religiosa e sem projetos de transformaÁıes sociais e esperanÁas para o ser humano. Diante disto, se observa a necessidade de refletir sobre uma pastoral lit˙rgica que atenda ‡s necessidades humanas sendo instrumento pelo qual o ser humano celebre a vida e encontre motivaÁıes e esperanÁas em suas lutas cotidianas, encontrando meios para a superaÁ„o da desesperanÁa e forÁas para criar uma sociedade centrada nos valores de igualdade e justiÁa. 3.3 Liturgia: serviÁo feito para o povo O termo liturgia deriva do grego leitourgia (ÎÂÈÙÔıÒ„fl·), e significa ìserviÁo p˙blicoî. O termo n„o possui origem religiosa, provÈm do meio secular e È composto de duas palavras: trabalho (ergon) e povo (laÛs). Historicamente a palavra liturgia se relaciona com o trabalho p˙blico, com as atividades em benefÌcio da cidade ou do Estado grego. James F. White, afirma que: ìseu sentido equivalia a pagar imposto, embora a liturgia pudesse implicar tanto serviÁo doado quanto tributos 294 î. O apÛstolo Paulo, no Livro de Romanos 13.6 295 , fala articule a experiÍncia da fÈ entre o privado e o p˙blicoî. (ESPA«O CIDADANIA. Instituto Metodista de Ensino Superior - Ano 2 - N˙mero 15 - Dezembro de 2004. (www.metodista.br/comunicacao/espcidadania/numero15/feecid.php). 294 WHITE, James F. IntroduÁ„o ao culto crist„o. S„o Leopoldo/RS: IEPG / Sinodal, 1997, p. 20. pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click “print”, select the “Broadgun pdfMachine printer” and that’s it! Get yours now!
Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE METODISTA DE S O PAULO
Page 3 and 4:
Banca Examinadora Prof. Dr. Geoval
Page 5 and 6:
4 ì... toda aÁ„o principia mesm
Page 7 and 8:
SANTOS JR., Oswaldo de Oliveira. A
Page 9 and 10:
SUM¡RIO INTRODU« O ..............
Page 11 and 12:
3.4.1 Elementos para uma pr·xis pa
Page 13 and 14:
profundas dos dilemas humanos torna
Page 15 and 16:
A pesquisa est· estruturada em tr
Page 17 and 18:
Os trÍs capÌtulos desenvolvidos s
Page 19 and 20:
Neste espaÁo s„o realizadas as c
Page 21 and 22:
1.1. A quest„o urbana em Milton S
Page 23 and 24:
elemento numa variedade de processo
Page 25 and 26:
Mais tarde no sÈculo XIX, j· com
Page 27 and 28:
1.1.2. O processo de urbanizaÁ„o
Page 29 and 30:
Dentre um destes elementos situa-se
Page 31 and 32:
A ind˙stria provoca a urbanizaÁ
Page 33 and 34:
A concentraÁ„o populacional no B
Page 35 and 36:
de projetos individuais: È o prima
Page 37 and 38:
Compreende-se que o ser humano vale
Page 39 and 40:
unÌvoco. De forma ampla, a palavra
Page 41 and 42:
era a de Montaigne que afirmava que
Page 43 and 44:
eclesi·sticos 90 . O principal pap
Page 45 and 46:
ìEm Feuerbach o materialismo tem s
Page 47 and 48:
VIII 47 Qualquer vida social È ess
Page 49 and 50:
escravizam o homem permaneÁam na s
Page 51 and 52:
executa 118 . As aÁıes e pr·xis
Page 53 and 54:
da pr·xis em si, tornando a possib
Page 55 and 56:
A Igreja Metodista em HeliÛpolis s
Page 57 and 58:
elaÁıes entre classe, renda e lug
Page 59 and 60:
migrante, que ocupou as periferias
Page 61 and 62:
2.1.3. As lutas populares por morad
Page 63 and 64:
sociedade que deram apoio e assesso
Page 65 and 66:
planejamento urbano, com uma gest
Page 67 and 68:
Luta Por moradia Popular ñ Quadro
Page 69 and 70:
cidad„os 161 î. A luta pela mora
Page 71 and 72:
Origem da PopulaÁ„o residente em
Page 73 and 74:
Mapa do Complexo HeliÛpolis - S„
Page 75 and 76: aos interesses da especulaÁ„o im
Page 77 and 78: dados no Censo Demogr·fico que ana
Page 79 and 80: atendia aos interesses imobili·rio
Page 81 and 82: A Comunidade de HeliÛpolis na gest
Page 83 and 84: para a obtenÁ„o da casa prÛpria
Page 85 and 86: O papel das comissıes foi de funda
Page 87 and 88: de favela, pois estas recebiam a co
Page 89 and 90: moradores 199 . Ela se forma a part
Page 91 and 92: Comunidade: ìNa UNAS È onde o Hel
Page 93 and 94: Barracos de madeira ñ Avenida Almi
Page 95 and 96: 95 igreja È uma amiga. Na dÈcada
Page 97 and 98: CAPÕTULO III APONTAMENTOS PARA UMA
Page 99 and 100: 99 medida em que impıe um sistema
Page 101 and 102: 101 palco da histÛria sob um disfa
Page 103 and 104: 103 descrever o mundo em todos os s
Page 105 and 106: 105 consigo as sementes da pr·xis,
Page 107 and 108: 107 espaÁos locais, determinando s
Page 109 and 110: 109 religiosa, preocupaÁ„o com o
Page 111 and 112: 111 Com uma compreens„o de FÈ, q
Page 113 and 114: 113 Certamente a fÈ È uma ìporta
Page 115 and 116: 3.1.6 A quest„o da secularizaÁ
Page 117 and 118: 3.2 A igreja no contexto urbano 117
Page 119 and 120: 119 aÁ„o da igreja È por assim
Page 121 and 122: 121 A cidade deve ser resgatada com
Page 123 and 124: 123 A populaÁ„o da cidade de S
Page 125: 125 As lutas pelos recursos que est
Page 129 and 130: 129 culto crist„o, ele compreende
Page 131 and 132: 131 lugares. White destaca, a parti
Page 133 and 134: 133 celebrante e pela congregaÁ„
Page 135 and 136: 135 O objetivo da inculturaÁ„o d
Page 137 and 138: 137 na Igreja, tambÈm faz liturgia
Page 139 and 140: 139 processo atinge tambÈm a igrej
Page 141 and 142: 3.4.1 Elementos para uma pr·xis pa
Page 143 and 144: 143 leitura popular da BÌblia, 2.
Page 145 and 146: 145 As aÁıes que se relacionam
Page 147 and 148: 147 A globalizaÁ„o neoliberal em
Page 149 and 150: 149 cotidiano. Diante desta quest
Page 151 and 152: REFER NCIA BIBLIOGRAFICA 151 ALBUQU
Page 153 and 154: 153 FALCOSKI, Luiz Antonio. ìEstat
Page 155 and 156: 155 M…SZ¡ROS, Istv·n. O sÈculo
Page 157 and 158: ________. Teologia sistem·tica. 2e
Page 159 and 160: FundaÁ„o SEADE - http://www.sead
Page 161 and 162: Categoria de moradores (2) Lutas (4
Page 163: Baixar livros de Literatura Baixar
show all

A LITURGIA NO CONTEXTO URBANO - Livros Grátis

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?