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A LITURGIA NO CONTEXTO URBANO - Livros Grátis

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·rea. No entanto este programa de urbanizaÁ„o n„o se destinava a todas as<br />

favelas da cidade, ele somente se aplicava onde existissem condiÁıes jurÌdicas,<br />

fÌsicas e sociais permitissem o seu desenvolvimento operacional, o que restringia<br />

um grande n˙mero de ·reas ocupadas pelos trabalhadores de baixa renda. A<br />

regularizaÁ„o da posse e uma definiÁ„o jurÌdica tornavam-se uma necessidade<br />

para que o programa fosse implantado maciÁamente, o que n„o ocorreu, o PrÛ-<br />

Favela atendeu somente 3,4% do total dos moradores de favelas. O PrÛ-Favela<br />

visava muito mais fortalecer o nome de Reynaldo de Barros a candidato a<br />

sucess„o de Paulo Maluf no governo do Estado de S„o Paulo, do que<br />

necessariamente solucionar o problema de moradia na cidade 183 .<br />

A organizaÁ„o popular tendia a crescer na medida em que os problemas<br />

n„o eram resolvidos e tratados com seriedade, aliada as insatisfaÁıes populares<br />

e uma maior intensificaÁ„o das aÁıes das Igrejas, principalmente atravÈs das<br />

Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e uma parcela de membros de Igrejas<br />

Protestantes. Esta situaÁ„o levou ‡ organizaÁ„o do I Encontro Nacional Contra a<br />

Carestia e direitos humanos, em 1979. Em agosto do mesmo ano tem inicio as<br />

atividades do Movimento das favelas de S„o Paulo, que reunia 70 favelas da<br />

Regi„o Sul. Deste movimento saem muitas reivindicaÁıes que chegam atÈ a<br />

prefeitura atravÈs de in˙meros atos p˙blicos em frente ‡ prefeitura, a press„o<br />

exercida pelo Movimento das Favelas, leva o Prefeito Reynaldo de Barros a<br />

declarar novamente apoio ao povo mais sofrido, como estratÈgia de neutralizar a<br />

organizaÁ„o popular, como salienta Sampaio:<br />

80<br />

Na gest„o Reynaldo de Barros, falava-se muito em ìparticipaÁ„oî,<br />

mas o termo tinha conotaÁ„o particular. N„o significava tomar<br />

parte no projeto e nem significava opinar, escolher, discutir, poder<br />

alterar, influir no projeto em seu todo ou nas partes 184 .<br />

A real participaÁ„o que a prefeitura propunha tinha o sentido de cooptaÁ„o<br />

das lideranÁas, e se preciso fosse com a troca de favores e ofertas de emprego.<br />

Esta forma de ìparticipaÁ„oî acontecia em todos os programas da prefeitura.<br />

183 SAMPAIO, Maria Ruth Amaral. op.cit., p. 46.<br />

184 Idem, p. 52.<br />

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