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Elas por elas 2010

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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[ História ]

Adriana Borges

Novos movimentos

Para a militante da Marcha Mundial das Mulheres

(MMM), Bernadete Esperança, a luta da mulher

ainda está só começando. O próprio MMM é

muito novo, surgiu em 2000 como um movimento

baseado na ação de marchar, fruto de uma grande

mobilização social que reuniu mulheres do mundo

todo em uma campanha contra a pobreza e a

violência, em Quebec, no Canadá.

Apesar de jovem, Esperança tem grande consciência

do papel da mulher na transformação da

sociedade. “Durante a faculdade de enfermagem,

comecei a questionar sobre o espaço que a mulher

ocupa. Na minha profissão, os salários são baixos e

o profissional é muito desvalorizado. Então, fui investigar

as causas de tanta exploração”, relembra.

Esperança encontrou as respostas no movimento

estudantil e ao discutir os problemas com os colegas

de curso. “As profissões ligadas ao cuidado e exercidas

pelas mulheres, em sua maioria, não têm reconhecimento

por causa da forma de organização da

nossa sociedade, baseada no patriarcado. A partir daí

comecei a ser feminista. O MMM veio como apoio

e uma forma de luta”, afirma.

Segundo Esperança, a Marcha Mundial das

Mulheres no Brasil consegue reunir muitas jovens,

principalmente estudantes do ensino médio e da

periferia. “Em Belo Horizonte, temos um comitê metropolitano

onde se reúnem núcleos divididos por

temáticas como o hip-hop, cultura afro, economia

solidária, luta por creches, por moradia e

sindicalismo”, explica.

“Hoje, um dos temas discutidos pelas jovens é

a mercantilização do corpo da mulher e a imposição

de um padrão de beleza pela mídia. Nós discutimos

a questão e problematizamos sobre a falta de

verdadeiros valores na sociedade, a questão do

consumo e da propaganda. É um debate importante

para as jovens”, diz Esperança.

O MMM é um movimento que retoma a ação

de ocupar as ruas através das marchas. Para

Esperança, ele é uma forma de dar visibilidade às

Para Bebela, coordenadora da UBM/MG e presidente do MPM, o

voto é a maior conquista da mulheres.

causas da mulher e de reforçar a ideia de reconstrução

de uma luta internacional. “No dia 08 de

março desse ano, cerca de três mil mulheres

comemoraram os 10 anos da Marcha, caminhando

Para Esperança, do MMM, a marcha tem conseguido elevar o nível

de consciência das mulheres

Adriana Borges

10 ELAS POR ELAS - SETEMBRO DE 2010

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