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Elas por elas 2010

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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A ONU aponta a desigualdade de gênero e todas

as formas de violência contra as mulheres como

fatores determinantes para o aumento da

vulnerabilidade feminina à doença. Ou seja, as mulheres

muitas vezes são forçadas a ter relações

sexuais não desejadas e desprotegidas com seus

parceiros. Além da violência física, outras formas

sutis de opressão, como o preceito da fidelidade matrimonial,

concorrem para a proliferação do vírus.

Diante desse quadro, as campanhas educativas

passaram a focar com mais ênfase as mulheres. Além

da prevenção, outro viés tem sido o de orientar

aquelas que tiveram relações sexuais sem preservativo

a realizarem o teste de aids. Não saber que tem o vírus

pode levar o portador a continuar contaminando as

pessoas que ele gosta. E, segundo os especialistas,

quanto mais cedo for diagnosticada a doença, a

pessoa pode desfrutar dos avanços que a ciência e a

medicina proporcionam para os soropositivos.

No artigo científico aids e feminização: os

contornos da sexualidade (publicado na Revista Malestar

e Subjetividade – Fortaleza, Vol. VI, Nº 1, p. 103-

118, mar/2008), as autoras Maria Lúcia Chaves

Lima e Ana Cleide Guedes Moreira (professoras da

Universidade Federal do Pará) defendem que a

discussão sobre a aids deve passar também pelo

debate sobre a sexualidade humana.

O artigo cita as considerações do professor Paulo

Roberto Ceccarelli, que avalia a “educação sexual”

como uma importante contribuição para a prevenção

contra a aids. “Educação, não no sentido de

normatização, de imposição de uma regra, mas

sim, no sentido de informação eficaz, que não

apenas ensine a usar o preservativo (como

frequentemente se faz demonstrando em uma

banana), mas se discuta e dê atenção às manifestações

singulares da sexualidade. Esta seria uma maneira

de tornar a sexualidade familiar para as pessoas, pois,

dessa forma, elas estariam mais preparadas ao se defrontar

com situações de exposição ao risco de

contaminação da aids”, diz um trecho do artigo

disponível na internet.

Aids em números

• Mundialmente são 7,4 mil novos casos por

dia, dentre eles 6,2 mil adultos dos quais 48% são

mulheres.

• Em 2008, o número estimado de novas infecções

por HIV foi 30% menor que em 1996. O

número estimado de óbitos relacionados à aids em

2008 é aproximadamente 10% inferior ao de 2004.

• No período de 1995 a 2005, houve um

crescimento de 44% na infecção por HIV entre

mulheres.

• Além dos casos notificados (cerca de 630

mil brasileiros), estima-se que existam mais

250.000 pessoas infectadas pelo vírus HIV, que

não sabem que são portadoras, pois ainda não realizaram

o teste.

• No Brasil, as mulheres infectadas representam

um pouco mais de um terço dos casos. Mas o

que preocupa é a faixa etária: entre 13 e 19 anos,

para cada 8 meninos infectados, 10 meninas contraem

a doença.

• Há cerca de 3,2 milhões de pessoas infectadas

pelo vírus HIV no mundo. No Brasil, de 1980

a junho de 2007, foram notificados 474.273 casos

de aids.

• Na década de 80, havia em média um caso

em mulheres para cada 26,5 em homens. Com o

passar dos anos, a proporção foi caindo e em 2007

chegou a 1 caso de infecção em mulheres, para

cada 1,5 caso em homens.

Fontes:

- Relatório global sobre a epidemia de AIDS 2009 do Programa

Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UN-

AIDS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

- Ministério da Saúde e Secretaria de Política para as Mulheres

(SPM).

- Programa Nacional de Doenças Sexualmente

Transmissíveis/AIDS, de 2007.

ELAS POR ELAS - SETEMBRO DE 2010 31

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