Elas por elas 2010
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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do inconsciente coletivo, pois pouco a pouco vão se quebrando
os preconceitos quanto à participação da mulher
na política e em diversos papéis na sociedade”,
afirma a doutoranda em Ciência Política pela UFMG,
Ana Maria Prestes Rabelo. Segundo ela, como o Brasil
tem hoje muito prestígio internacional, “esta eleição
dará uma mensagem ao mundo de que uma mulher
tem plenas condições de dirigir um país grande, em
desenvolvimento e cada vez mais proeminente nas
relações internacionais. Será também um exemplo e um
alento para todas as mulheres do mundo”, completa.
“Elas abrem caminhos para
as mulheres brasileiras terem
sonhos mais ousados, para se
enxergarem em tarefas cada
vez mais desafiadoras.”
de sustentação. “Dilma projetou sua identidade no
aprofundamento das transformações promovidas
por Lula, e Marina na sua história de luta pelas causas
ambientais”, destaca. “O diferencial de Dilma é que,
desde a democratização, ela perseguiu o objetivo de
governar o país e, há oito anos, vem ajudando a transformar
positivamente o Brasil”, completa.
Esse debate parece apontar que o simples fato de
haver duas mulheres como principais candidatas à
presidência, mesmo que elas não empunhem
bandeiras especificamente femininas, já é algo
singular. No entanto, um questionamento paira no ar.
Para além de uma conquista simbólica, que tipo de
mudança social e política estas mulheres podem
empreender pelo simples fato de serem mulheres? De
acordo com Ana Prestes, o fato de elas serem mulheres
agrega ao debate político e às metas para o Brasil o
elemento da democracia de gênero. “Elas abrem
caminhos para as mulheres brasileiras terem sonhos
mais ousados, para se enxergarem em tarefas
cada vez mais desafiadoras, para ser em parte ativa
de um projeto transformador”.
Avanço histórico
Em um país em que uma mulher nunca esteve tão
perto do mais alto posto de poder, essas eleições já representam
um avanço histórico, pois os partidos
poderiam ter escolhido homens, mas escolheram duas
mulheres para representar seus projetos políticos para
a nação. Os movimentos progressistas no Brasil
sempre levantaram as bandeiras da participação da
mulher e do respeito à diversidade de credo, cor,
gênero e opção sexual. “Somente nesta frente
poderiam ter surgido duas mulheres com ampla
capacidade de se candidatarem e almejarem a
presidência do país, porque são fruto de uma cultura
democratizante, plural e avançada”, diz Ana.
Para ela, cada uma das candidatas defende um
projeto de país, de acordo com suas trajetórias e bases
Estímulo à participação política
A possibilidade de uma mulher chegar à
Presidência da República parece já estar estimulando
mais mulheres a disputarem as eleições. Segundo os
dados do TSE, as mulheres representam 22,33% das
candidaturas nas eleições 2010. São duas mulheres
candidatas à Presidência, uma candidata a vicepresidente,
18 candidatas aos governos estaduais, 40
a vice-governadoras, 35 postulantes ao Senado, 3246
às Assembleias Legislativas e 224 à Câmara Distrital.
As projeções de crescimento da participação
feminina são baseadas no aumento do número de
candidaturas ao cargo de deputada federal. O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) registrou 1345 candidaturas
femininas para as próximas eleições. Em 2002 e
2006, foram 490 e 737 candidatas, respectivamente.
De acordo com o site Mais Mulheres no Poder, com
essas projeções, pode-se esperar para a próxima
ELAS POR ELAS - SETEMBRO DE 2010 19