Elas por elas 2010
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
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[ Capa ]
Marina Silva
Divulgação
Entrevista exclusiva para a
Revista Elas por elas
Desafios de ser uma mulher candidata à
Presidência da República
Marina: M inha candidatura se dá em um
momento em que o país tem abertura para conceber
uma mulher na Presidência. Portanto, não tenho mais
que romper uma barreira de gênero, mas tenho que
demonstrar que as mulheres podem governar tão bem
quanto os homens, com as vantagens de um modelo
mais integrador e inclusivo. Meu diferencial é mais de
percepção das urgências do planeta do que uma
emanação da condição feminina. Mas acredito que a
gestão das mulheres – embora algumas apenas repliquem
o modelo masculino – tende a ser mais
cuidadosa com as pessoas, mais negociadora do que de
dominação, a fazer mais esforço para incluir do que para
disputar, ou seja, aplica uma democracia humanizada
e não a fria matemática da maioria impondo as coisas
para a minoria.
Nascida em 8 de fevereiro de 1958, em Seringal Bagaço, no
Acre, Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima trabalhou na extração
de látex e na plantação de roças. Aos 16 anos, muda-se
para Rio Branco, em busca de tratamento para a hepatite que contraíra.
Passa a trabalhar como empregada doméstica. Aprende a
ler e escrever no Mobral e conclui o ensino médio através de supletivos.
Cursa História na Universidade Federal do Acre. Atua no
Partido Revolucionário Comunista (PRC), organização política
clandestina. Funda a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no
Acre, ao lado de Chico Mendes.
Em 1988, já integrada ao PT, foi a vereadora mais votada para
a Câmara Municipal de Rio Branco. Em 1990, elege-se deputada
estadual. Aos 36 anos, torna-se a senadora mais jovem da história
da República. Em 2002, com a eleição de Lula, foi nomeada ministra
do Meio Ambiente, cargo em que ficou até 2008. Marina Silva é a
candidata do PV às eleições presidenciais de 2010.
Enfrentamento de preconceitos
Sempre fui muito respeitada em minha trajetória
pública. Tive debates duros, adversários ferrenhos, tanto
na Câmara de Rio Branco quanto no Senado, mas nada
que levasse para os preconceitos de gênero, cor ou social.
Ultimamente, na condição de candidata à Presidência,
tenho sentido discriminação pela fé que professo, e isso
me surpreende porque desde a Constituição de 1988
estão asseguradas todas as garantias para a liberdade
religiosa.
Propostas para o Brasil
Temos a necessidade urgente de fazer uma
proposta para o país que não seja apenas uma boa gestão
do que foi construído até o momento. É preciso melhorar
e avançar. O que me leva a concorrer à
Presidência da República é ter uma militância de 30 anos
26 ELAS POR ELAS - SETEMBRO DE 2010