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Arquivo do Trabalho - IAG - USP

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┌ Capítulo 4 ┐4. Anomalias de Precipitação e Temperatura em baixa-freqüênciaAnomalias de Precipitação e Temperatura em baixa-freqüênciaAs anomalias de precipitação e temperatura em baixa-freqüência (GPCP LF e T850 LF )sobre o centro-leste da América <strong>do</strong> Sul são investigadas com o objetivo de elucidar a respeito <strong>do</strong>spadrões da variabilidade interanual que contribuem para anomalias totais (GPCP TA e T850 TA ) duranteo perío<strong>do</strong> sazonal de monções de verão sobre a América <strong>do</strong> Sul. Em relação às monções da América<strong>do</strong> sul, Zhou e Lau (1998) mostraram que sobre o Atlântico equatorial a mudança no vento de lesteem baixos níveis não é observada porque há o pre<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> fluxo <strong>do</strong>s alísios durante to<strong>do</strong> o ano.Entretanto, quan<strong>do</strong> a média anual é removida, a reversão sazonal torna-se aparente. A Fig. 4.1mostra o padrão anômalo da precipitação juntamente ao vento em 850 hPa, representada pelaclimatologia <strong>do</strong>s meses de outubro (primavera) e janeiro (verão) removi<strong>do</strong> a média anual. Nessesperío<strong>do</strong>s sazonais são observa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is estágios distintos. Em mea<strong>do</strong>s de outubro, a Zona deConvergência Inter-tropical (ZCIT) encontra-se ao norte <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r, dirigin<strong>do</strong> um fluxo de ventoanômalo de sul na região equatorial, e assim causan<strong>do</strong> a estação seca no norte da Amazônia enordeste <strong>do</strong> Brasil (Fig. 4.1a). Nesse momento, há um aquecimento anômalo sobre o Brasil central(Fig. 4.2a), embora ainda permaneça um padrão de resfriamento em torno dessa região devi<strong>do</strong> àincursão de sistemas frontais, acompanha<strong>do</strong>s de massas de ar frias de médias e altas latitudes, esoma<strong>do</strong> a inércia <strong>do</strong>s oceanos, como reflexo <strong>do</strong> inverno no Hemisfério Sul. Assim, no sudeste ecentro-oeste <strong>do</strong> Brasil precipitações convectivas ocorrem no início da estação úmida associadas aoaquecimento da superfície por radiação solar. Da primavera para o verão, o maior aquecimento dasuperfície migra para os subtrópicos e no sudeste e centro-oeste <strong>do</strong> Brasil observa-se intensaprecipitação relacionada ao padrão de circulação estabeleci<strong>do</strong> sobre essa região.Quan<strong>do</strong> o verão já está estabeleci<strong>do</strong> (Fig. 4.2b), um fluxo anômalo de norte, que aopenetrar na América <strong>do</strong> Sul dirige-se para sudeste depois de cruzar o equa<strong>do</strong>r. Além disso, há umforte gradiente térmico dirigi<strong>do</strong> para médias latitudes intensifica<strong>do</strong> pela subsidência <strong>do</strong> ar a leste daCordilheira e conseqüente compressão adiabática. Esse direcionamento para sudeste é relaciona<strong>do</strong>17

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