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Arquivo do Trabalho - IAG - USP

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4.7 Mo<strong>do</strong>s principais de variabilidadeEsta seção tem o propósito de comparar os padrões encontra<strong>do</strong>s anteriormente nascomposições de episódios anômalos com mo<strong>do</strong>s principais de variabilidade das GPCP LF e T850 LF , emostrar quanto representativos são esses padrões. Para tanto, utilizou-se <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de FunçõesOrtogonais Empíricas (Empirical Orthogonal Function – EOF) (e.g., Wilks, 1995) aplica<strong>do</strong>s a toda asérie temporal de GPCP LF e T850 LF em cada ponto de grade sobre a América <strong>do</strong> Sul (50°S a 10°N,80W° a 20W°). A análise de EOF ou Componentes Principais, essencialmente envolve a obtenção damatriz de covariância (ou correlação, quan<strong>do</strong> se trata de da<strong>do</strong>s heterogêneos), cálculo <strong>do</strong>sautovalores e autovetores, como uma transformação linear <strong>do</strong> conjunto de da<strong>do</strong>s. Assim sen<strong>do</strong>, asséries temporais em cada ponto de grade tem 1971 pêntadas, forman<strong>do</strong> uma matriz de da<strong>do</strong>s de1971 x 625 (tempo x espaço para o <strong>do</strong>mínio 50°S a 10°N, 80W° a 20W°). Neste estu<strong>do</strong>, a EOF foicalculada no espaço.A Figura 4.23a-d (coluna à esquerda) mostra os quatro primeiros mo<strong>do</strong>s ortogonais davariabilidade de GPCP LF através da correlação entre as séries temporais de GPCP LF e as EOFs, naqual a cor de fun<strong>do</strong> azul indica significância estatística ao nível de 95%. O primeiro padrão (Fig.4.23a) indica a variabilidade de GPCP LF com sinal oposto das correlações entre os trópicos e ossubtrópicos, cuja fração da variância <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s explicada pelos autovetores foi igual a 20%. Essepadrão sugere a influência <strong>do</strong> ENOS sobre a América <strong>do</strong> Sul, fenômeno que causa a maiorvariabilidade interanual na precipitação (e.g., Ropelewski e Halpert, 1987; Kousky e Kayano, 1994;Souza et al., 2000; Grimm, 2003; Muza e Carvalho, 2006). Esse padrão tem grande semelhançaentre as composições de episódios anômalos nas regiões P SEC e P SBR (compare Fig. 4.23a com Fig.4.21). O segun<strong>do</strong> mo<strong>do</strong> mostra um dipolo sobre o Atlântico tropical Norte e Sul (Fig. 4.23b), cujavariância explicada foi de 10%, e indica variabilidade em GPCP LF na região da ZCIT. Já o terceiromo<strong>do</strong> mostra um padrão de variabilidade com sinais opostos entre a região de atuação da ZCASdurante a monção de verão na América <strong>do</strong> Sul e uma região mais ao sul <strong>do</strong> Brasil (Fig. 4.23c), querelembra as características de gangorra de precipitação entre o sul e sudeste na variabilidadeinteranual (Muza, 2005), cuja variância explicada foi de 9% de toda a série. Esse padrão encontra<strong>do</strong>está de acor<strong>do</strong> com o terceiro mo<strong>do</strong> de baixa-freqüência encontra<strong>do</strong> por Kousky e Kayano (1994). Oquarto mo<strong>do</strong> (Fig. 4.23d) característico explica 7% da variabilidade e indica um padrão de sinaisopostos entre o sudeste <strong>do</strong> Brasil e regiões meridionais adjacentes, mais especificamente a costa46

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