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BDI-International Magazine - Inaugural Issue

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E como é que eles influenciam a nossa memória?<br />

A<br />

nossa memória também está<br />

intimamente associada aos<br />

nossos neurotransmissores.<br />

Um estudo feito pela PUC-RS em parceria<br />

com a Universidade de Buenos Aires,<br />

cientistas fizeram uma série de<br />

experimentos em ratos, nos quais eles<br />

tinham acesso a uma recompensa que, no<br />

entanto, também resultava em uma<br />

descarga elétrica contro os corpos<br />

dos animais. Entre os vários<br />

neurotransmissores envolvidos no<br />

processo, a dopamina chamou a atenção<br />

dos cientistas. Isso porque, após a<br />

assimilação da descarga elétrica, os ratos<br />

permaneciam afastados da recompensa por<br />

algumas horas, até se esquecerem totalmente<br />

do ocorrido e repetirem o processo.<br />

No entanto, após aplicarem, em sessões<br />

diferentes, fármacos que simulavam a<br />

dopamina e inibiam a dopamina do<br />

corpo, os animais tiveram fixadas as<br />

memórias por prazos muito maiores, e<br />

simplesmente a ignoravam poucos<br />

momentos após a descarga elétrica,<br />

respectivamente.<br />

Dessa maneira, quando somos<br />

confrontados com uma experiência que<br />

nos cria uma memória, seja ela a de uma<br />

situação específica ou de um estudo<br />

qualquer, a longevidade dessa recordação<br />

está diretamente associada aos níveis de<br />

alguns neurotransmissores presentes<br />

naquele momento, a exemplo da<br />

dopamina. Assim, problemas relacionados<br />

a determinados neurotransmissores<br />

podem influenciar no nosso poder de reter<br />

informações, especialmente, quando nos<br />

referimos as memórias a longo prazo.<br />

Entretanto, como dissemos no decorrer<br />

deste artigo, houve muitos avanços na<br />

tecnologia, na psicologia e na medicina<br />

que permitiram desenvolver técnicas e<br />

tratamentos auxiliares para os casos mais<br />

diversos de desequilíbrio de<br />

neurotransmissores. Assim, trazemos<br />

aqui a mais simples e efetiva forma de<br />

encontrar o ponto saudável de produção<br />

e de neurotransmissores e os seus efeitos<br />

positivos no fortalecimento da nossa<br />

memória e do combate a:problemas<br />

emocionais como a ansiedade<br />

exagerada: a meditação.<br />

O papel dos neurotransmissores na<br />

meditação e no combate à ansiedade<br />

Um estudo realizado por várias<br />

instituições acadêmicas<br />

estadunidenses e canadenses<br />

revela que a prática de meditação<br />

mindfulness aumenta a produção de<br />

GABA, resultando em maiores<br />

capacidades de lidar com algumas<br />

sensações, como a ansiedade.<br />

O neurotransmissor em questão é, de fato,<br />

um daqueles entendidos como inibitórios,<br />

e que estimula as atividades ocorridas no<br />

córtex frontal, de forma a aumentar a<br />

produção de GABA. Este, por sua vez,<br />

inibe a excitação cerebral – do córtex -,<br />

além da plasticidade neural. O estudo<br />

trouxe um experimento com 70 pessoas,<br />

separadas em dois grupos, um que utilizou<br />

a prática de meditação e outro que não –<br />

foi designado a assistir a TV. O prazo<br />

utilizado foi uma sessão de 60 minutos<br />

de meditação.Os resultados<br />

demonstraram que o grupo submetido à<br />

prática de meditação mindfulness teve<br />

um grande aumento do tempo de silêncio<br />

do córtex, sigla CSP em Inglês, num limite<br />

de P=0,02. Essa descoberta vem<br />

sedimentar que os processos de meditação<br />

estão diretamente ligados ao incentivo e<br />

ao controle de determinados<br />

neurotransmissores, possuindo efeitos,<br />

muitas vezes, mais significativos do que<br />

intervenções feitas por meio de<br />

medicamentos.<br />

Segundo esse estudo, o principal<br />

neurotransmissor associado é o GABA,<br />

que já foi previamente relacionado à<br />

inibição GABA, um mecanismo que<br />

aumenta a produção e performance<br />

cognitiva, além de aumentar a regulação<br />

emocional. Em linhas menos científicas,<br />

isso quer dizer controlar as reações<br />

químicas responsáveis por desencadearem<br />

sensações que despertam algum tipo de<br />

ansiedade exagerada, como falar em<br />

público para algumas pessoas, ou lidar<br />

com desafios fora da zona de conforto para<br />

outras.<br />

Agora que você já conhece a importância<br />

dos neurotransmissores, assim como o<br />

que são neurotransmissores, continue<br />

lendo os nossos artigos relacionados a<br />

meditação e descubra melhores formas<br />

de lidar com as suas emoções e se<br />

desenvolver como pessoa.<br />

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